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Urgências psiquiátricas

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URGÊNCIAS PSIQUIÁTRICAS 
 
 
 
1 
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 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação - Brasil 
 Triagem Organização LTDA ME 
 Bibliotecário responsável: Rodrigo Pereira CRB 1/2167 
 Portal Educação 
P842u Urgências psiquiátricas / Portal Educação. - Campo Grande: Portal 
Educação, 2014. 
 200p. : il. 
 
 Inclui bibliografia 
 ISBN 978-85-8241-760-7 
 1. Emergências psiquiátricas 2. Intervenção em crises (Serviços de saúde 
mental) I. Portal Educação. II. Título. 
 CDD 616.89 
 
 
 
2 
SUMÁRIO 
 
1 EMERGÊNCIAS PSIQUIÁTRICAS ............................................................................................ 9 
1.1 DEFINIÇÃO ................................................................................................................................ 9 
1.2 AVALIAÇÃO DO PACIENTE NA EMERGÊNCIA PSIQUIÁTRICA ............................................ 11 
1.2.1 Anamnese ................................................................................................................................ 11 
1.2.2 Fatores de Risco ...................................................................................................................... 13 
1.2.3 Manejo ...................................................................................................................................... 14 
1.2.4 Comportamento Suicida ......................................................................................................... 15 
1.2.5 Epidemiologia .......................................................................................................................... 16 
1.2.6 Aspectos Psicossociais .......................................................................................................... 16 
1.2.7 Risco de Suicídio ..................................................................................................................... 17 
2 EMERGÊNCIA E URGÊNCIA PSIQUIÁTRICA ........................................................................ 18 
2.1 OBJETIVOS DE UM ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA ........................................................ 19 
2.2 MEDIDAS PARA APROXIMAR O PACIENTE DO EXAMINADOR ........................................... 20 
2.3 EMERGÊNCIAS CLÍNICAS ....................................................................................................... 21 
2.4 DOR TORÁCICA ....................................................................................................................... 22 
2.4.1 Causas de Dor Torácica .......................................................................................................... 23 
2.4.1.1 Pericardite aguda ..................................................................................................................... 24 
2.4.1.2 Tromboembolismo pulmonar ................................................................................................... 25 
2.4.1.3 Pneumotórax ............................................................................................................................ 26 
2.4.1.4 Dissecção aórtica ..................................................................................................................... 27 
2.4.1.5 Pneumonia ............................................................................................................................... 28 
2.5 TRANSTORNOS PSIQUIÁTRICOS .......................................................................................... 29 
2.6 GASTRITE, ESOFAGITE E ÚLCERA ....................................................................................... 30 
2.7 DOR MUSCULAR ..................................................................................................................... 32 
2.8 DOR ÓSSEA ............................................................................................................................. 33 
2.9 INVESTIGAÇÃO DA DOR TORÁCICA ..................................................................................... 34 
2.10 SÍNDROME DE TIETZE ............................................................................................................ 35 
2.11 HERPES ZOSTER .................................................................................................................... 36 
3 ÉTICA NAS EMERGÊNCIAS PSIQUIÁTRICAS ....................................................................... 37 
 
 
3 
4 A QUESTÃO DO RISCO ........................................................................................................... 38 
5 TIPOS DE INTERNAÇÕES PSIQUIÁTRICAS .......................................................................... 39 
6 CONTENÇÃO MECÂNICA E ISOLAMENTO ........................................................................... 40 
7 ALTA E PEDIDO ....................................................................................................................... 41 
8 ANSIEDADE ............................................................................................................................. 42 
9 AGITAÇÃO PSICOMOTORA ................................................................................................... 44 
10 PSICOSES ................................................................................................................................ 46 
11 MANIA ....................................................................................................................................... 47 
12 EPILEPSIA ................................................................................................................................ 48 
13 TRANSTORNO MENTAL ORGÂNICO E DELIRIUM ............................................................... 49 
14 FATORES DESENCADEANTES PARA UM COMPORTAMENTO AGRESSIVO ................... 50 
15 ATENDIMENTOS DE EMERGÊNCIA ....................................................................................... 52 
16 ABORDAGEM INICIAL JUNTO AO PACIENTE ...................................................................... 53 
17 OBSERVAÇÃO DO DOENTE MENTAL ................................................................................... 54 
18 ATENÇÃO ................................................................................................................................. 57 
19 MEMÓRIA ................................................................................................................................. 58 
20 SENSOPERCEPÇÃO ............................................................................................................... 59 
20.1 ALUCINAÇÕES ......................................................................................................................... 59 
20.2 ILUSÃO ..................................................................................................................................... 60 
20.3 SENSAÇÃO DE ESTRANHEZA ................................................................................................ 61 
20.4 TRANSFORMAÇÃO CORPORAL ............................................................................................. 62 
20.5 IMAGINAÇÃO ............................................................................................................................62 
20.6 FABULAÇÃO ............................................................................................................................. 63 
20.7 MITOMANIA .............................................................................................................................. 64 
21 PENSAMENTO ......................................................................................................................... 65 
22 ORIENTAÇÃO ................................................................................................................................ 66 
23 INSTINTO .................................................................................................................................. 67 
24 INTELIGÊNCIA ......................................................................................................................... 68 
25 JULGAMENTO ......................................................................................................................... 69 
26 SENSO ÉTICO .......................................................................................................................... 70 
27 AFETIVIDADE ........................................................................................................................... 71 
28 EMOTIVIDADE .......................................................................................................................... 72 
 
 
4 
29 CONSCIÊNCIA ......................................................................................................................... 73 
30 ESQUIZOFRENIA ..................................................................................................................... 74 
30.1 EPIDEMIOLOGIA ...................................................................................................................... 75 
30.2 CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS................................................................................................ 75 
30.3 SINTOMAS ................................................................................................................................ 75 
30.4 SINTOMAS NEGATIVOS .......................................................................................................... 76 
30.5 TIPOS DE ESQUIZOFRENIA .................................................................................................... 77 
30.5.1 Paranoide .................................................................................................................................. 77 
30.5.2 Hebifrênica ................................................................................................................................ 78 
30.5.3 Catatônica ................................................................................................................................. 79 
30.5.4 Simples ...................................................................................................................................... 80 
30.5.5 Residual ..................................................................................................................................... 81 
30.6 TRATAMENTO .......................................................................................................................... 82 
31 TRANSTORNOS DO HUMOR .................................................................................................. 83 
32 TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR ........................................................................................ 84 
33 MANIA ....................................................................................................................................... 85 
34 HIPOMANIA .............................................................................................................................. 86 
35 DEPRESSÃO ............................................................................................................................ 87 
35.1 DEPRESSÃO E TRISTEZA ....................................................................................................... 88 
35.2 TRATAMENTO DO QUADRO DEPRESSIVO ........................................................................... 89 
35.3 TRATAMENTO DA HIPOMANIA E MANIA ............................................................................... 90 
36 TRANSTORNOS ALIMENTARES ............................................................................................ 91 
36.1 BULIMIA .................................................................................................................................... 92 
36.2 ANOREXIA ................................................................................................................................ 93 
36.3 PERFIL DA PESSOA COM ANOREXIA E BULIMIA ................................................................. 94 
36.3.1 ANORÉXICO ............................................................................................................................. 94 
36.3.2 BULÍMICO ................................................................................................................................. 94 
37 TRANSTORNO DO COMER COMPULSIVO ............................................................................ 95 
38 TRANSTORNO OBSESSIVO COMPULSIVO .......................................................................... 96 
39 TRANSTORNOS ANSIOSOS ................................................................................................... 97 
39.1 FATORES QUE DESENCADEIAM A ANSIEDADE .................................................................. 98 
39.2 SINTOMATOLOGIA .................................................................................................................. 99 
 
 
5 
39.3 AGITAÇÃO MOTORA .............................................................................................................. 100 
39.4 ANSIEDADE FISIOLÓGICA ..................................................................................................... 101 
39.5 ANSIEDADE PATOLÓGICA ..................................................................................................... 102 
39.6 TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA ................................................................ 103 
40 TRANSTORNO DO PÂNICO ................................................................................................... 104 
41 FOBIAS .................................................................................................................................... 106 
41.1 FOBIA SIMPLES ...................................................................................................................... 107 
41.2 FOBIA SOCIAL ......................................................................................................................... 108 
42 TRANSTORNOS DISSOCIATIVOS ......................................................................................... 110 
43 TRATAMENTO ........................................................................................................................ 112 
44 DEPENDÊNCIA QUÍMICA ....................................................................................................... 113 
44.1 DROGA .................................................................................................................................... 114 
44.2 DEPENDÊNCIA QUÍMICA ....................................................................................................... 114 
44.3 ABUSO DE DROGAS ............................................................................................................... 115 
44.4 USO DE DROGAS ................................................................................................................... 116 
45 CLASSIFICAÇÃO DO GRUPO DE DROGAS ......................................................................... 11746 ANFETAMINAS ....................................................................................................................... 118 
47 TRANSTORNO MENTAL ORGÂNICO .................................................................................... 119 
48 ESQUIZOFRENIA .................................................................................................................... 121 
48.1 SINTOMAS ............................................................................................................................... 121 
48.1.1 Sintomas Positivos ................................................................................................................... 122 
48.1.2 Sintomas Negativos .................................................................................................................. 122 
48.2 CAUSAS ................................................................................................................................... 123 
48.2.1 Teoria Genética ....................................................................................................................... 123 
48.2.2 Teoria Neurobiológica ............................................................................................................ 124 
48.2.3 Teoria Psicanalítica ................................................................................................................ 125 
48.2.4 Teoria Familiar ........................................................................................................................ 125 
48.3 TIPOS DE ESQUIZOFRENIA ................................................................................................... 125 
48.3.1 Esquizofrenia Paranoide ........................................................................................................ 126 
48.3.2 Esquizofrenia Desorganizada ................................................................................................ 127 
48.3.3 Esquizofrenia Catatônica ....................................................................................................... 127 
48.3.4 Esquizofrenia Indiferenciada ................................................................................................. 128 
 
 
6 
48.3.5 Esquizofrênia Residual .......................................................................................................... 129 
49 EMERGÊNCIAS ASSOCIADAS AO ÁLCOOL E A DROGAS DE ABUSO ............................ 132 
49.1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 132 
49.2 COCAÍNA ................................................................................................................................. 133 
49.3 METANFETAMINA E ECSTASY (MDMA-3,4-METILENODIOX, METANFETAMINA) ............. 134 
49.4 MACONHA ............................................................................................................................... 135 
49.5 NICOTINA ................................................................................................................................ 136 
49.6 ÁLCOOL ................................................................................................................................... 137 
49.6.1 Risco de Criar Dependência .................................................................................................. 138 
49.6.2 Efeitos Deletérios do Álcool .................................................................................................. 139 
49.6.3 Síndrome de Dependência ..................................................................................................... 139 
49.6.4 Fenômeno da Dependência ................................................................................................... 141 
49.6.5 Fenômeno da Tolerância ....................................................................................................... 141 
49.6.6 Aspectos Gerais do Alcoolismo ............................................................................................ 142 
49.6.7 Aspectos Biológicos do Alcoolismo ..................................................................................... 143 
49.6.8 Estratégias do Tratamento .................................................................................................... 144 
49.6.9 Recaída .................................................................................................................................... 146 
49.7 VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E ABUSO DE ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS .............................. 146 
49.8 DEPENDÊNCIA ÀS DROGAS NA ADOLESCÊNCIA ............................................................... 147 
49.9 NÍVEIS DE PREVENÇÃO ........................................................................................................ 148 
49.10 OPIOIDES ................................................................................................................................ 149 
50 PSICOTRÓPICOS .................................................................................................................... 151 
50.1 CLASSIFICANDO AS SUBSTÂNCIAS PSICOTRÓPICAS ...................................................... 152 
50.1.1 Depressoras .......................................................................................................................... 1522 
50.1.2 Estimulantes ........................................................................................................................... 153 
50.1.3 Anorexígenos .......................................................................................................................... 154 
50.1.4 Perturbadoras ......................................................................................................................... 154 
51 TRANSTORNO DISSOCIATIVO .............................................................................................. 155 
51.1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 155 
51.2 AMNÉSIA DISSOCIATIVA ....................................................................................................... 156 
51.3 FUGA DISSOCIATIVA .............................................................................................................. 157 
51.4 DESPERSONALIZAÇÃO / DESREALIZAÇÃO ........................................................................ 158 
 
 
7 
51.5 PERSONALIDADE MULTIPLICA ............................................................................................. 160 
51.6 TRANSTORNO DISSOCIATIVO MOTOR ................................................................................ 161 
51.7 TRANSTORNO DISSOCIATIVO SENSITIVO .......................................................................... 162 
51.8 ALEXITIMIA .............................................................................................................................. 163 
51.9 ALEXITIMIA NA POLÍTICA E NO CRIME ................................................................................ 164 
52 OUTROS TEMAS LIVRES ....................................................................................................... 168 
52.1 CAUSA ..................................................................................................................................... 168 
52.2 TERAPIAS ................................................................................................................................ 168 
52.3 LUTO E PSIQUIATRIA ............................................................................................................. 169 
52.4 O EU DIANTE DA MORTE ....................................................................................................... 170 
52.5 OS 5 ESTÁGIOS DA PERSPECTIVA DE MORTE ..................................................................171 
52.5.1 Primeiro Estágio: Negação e Isolamento ............................................................................. 172 
52.5.2 Segundo Estágio: Raiva ......................................................................................................... 172 
52.5.3 Terceiro Estágio: Barganha ................................................................................................... 172 
52.5.4 Quarto Estágio: Depressão ................................................................................................... 173 
52.5.5 Quinto Estágio: Aceitação ..................................................................................................... 173 
53 A MEDICINA PALIATIVA ........................................................................................................ 174 
54 A QUALIDADE DA VIDA E DA MORTE .................................................................................. 176 
55 O PACIENTE TERMINAL ........................................................................................................ 178 
56 A FAMÍLIA NA VISÃO PALIATIVA ......................................................................................... 180 
56.1 O QUE PODEMOS FAZER ...................................................................................................... 183 
57 EMERGÊNCIA PSIQUIÁTRICA EM ADOLESCENTES .......................................................... 185 
57.1 O SUICÍDIO NA ADOLESCÊNCIA ........................................................................................... 185 
57.2 SUICÍDIO E DEPRESSÃO ....................................................................................................... 187 
57.3 ALÉM DA DEPRESSÃO ........................................................................................................... 187 
57.4 SUICÍDIO E A FAMÍLIA ............................................................................................................ 190 
57.5 SUICÍDIO E HOMOSSEXUALISMO ......................................................................................... 191 
58 PSICOSE INFANTIL ................................................................................................................ 193 
58.1 DESENVOLVIMENTO NORMAL E DESENVOLVIMENTO PATOLÓGICO ............................. 193 
58.2 CONCEITO DE PSICOSE INFANTIL ....................................................................................... 194 
58.3 CARACTERÍSTICAS DO PSICÓTICO INFANTIL .................................................................... 195 
58.4 INCIDÊNCIA ............................................................................................................................. 195 
 
 
8 
58.5 CLASSIFICAÇÃO ..................................................................................................................... 196 
59 INFORMAÇÕES ÚTEIS NA EMERGÊNCIA PSIQUIÁTRICA ................................................. 197 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................................. 199 
 
 
 
9 
1 EMERGÊNCIAS PSIQUIÁTRICAS 
 
 
“É vivenciando internamente a crise que o sujeito cria condições de 
transcendê-la: é preciso trazer o caos dentro de si para fazer nascer 
a estrela bailarina”. (F. W. Nietzsche). 
 
 
1.1 DEFINIÇÃO 
 
 
FIGURA 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.medicosdeportugal.saude.sapo>. Acesso em: 4 jun. 2009. 
 
 
A emergência psiquiátrica caracteriza-se por alguns sintomas distintos, ou seja, 
alteração no pensamento, sentimento ou comportamento para as quais se faz necessária 
intervenção imediata, por representar risco significativo para os pacientes ou para terceiros. Esse 
distúrbio afeta o pensamento, tornando o paciente incapaz de lidar com as situações da vida. 
É um fato imprevisto que necessita de uma intervenção imediata. A Emergência 
Psiquiátrica é um conjunto de interesses afetivos e práticos constantes, em que o paciente e sua 
crise são uma totalidade e não uma parte. É importante determinar se o paciente está, 
 
 
10 
atualmente, sobre tratamento psiquiátrico, de modo que possa ser feito o contato com o 
terapeuta ou médico que o atenda. 
A oportunidade proporcionada pela crise pode facilitar o crescimento e a percepção do 
paciente, o que não seria possível se a crise não tivesse ocorrido. Os principais objetivos de um 
atendimento emergencial, são: 
 
 Estabilização do quadro em que o paciente se encontra; 
 Estabelecer uma hipótese diagnóstica, caso o paciente não tenha história 
pregressa; 
 Excluir causas orgânicas; 
 Encaminhamento do paciente. 
 
Para que os objetivos sejam alcançados, ou seja, para que tudo ocorra de uma forma 
muito rápida e eficaz é necessária uma boa relação terapêutica médico/psiquiatra/paciente, já 
que o próprio ambiente não é propício, pois um ambiente emergencial dificulta a boa relação em 
razão de: 
 Ansiedade do profissional ali envolvido e do paciente; 
 Superlotação; 
 Diversidade de patologias. 
 
Podemos adotar algumas medidas para aproximar o paciente do médico examinador, 
para que haja uma melhora na avaliação: 
 
 Realizar perguntas que aproximem o paciente do examinador, exemplo: “como 
posso ajudá-lo?”; 
 Estabelecer metas de avaliação; 
 Conhecer a vida pregressa do paciente; 
 Não se “projetar” com o paciente, ou seja, paciente que apresenta um quadro de 
irritabilidade pode transferi-la facilmente para o examinador, como exemplo: “caso eu seja 
internado irei processá-lo”. 
 
 
 
11 
FIGURA 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE: Filme “Bicho de Sete Cabeças”. 
 
 
1.2 AVALIAÇÃO DO PACIENTE NA EMERGÊNCIA PSIQUIÁTRICA 
 
 
1.2.1 Anamnese 
 
FIGURA 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.neotecnologis.blogspot.com>. Acesso em: 4 jun. 2009. 
 
 
 
12 
 
A avaliação do paciente em crise não difere da avaliação convencional, mas devemos 
ficar atentos, por ser uma avaliação emergencial dentro de um contexto psiquiátrico o cuidado 
deve ser redobrado para que não haja risco para o paciente e nem para os demais. O 
relacionamento entrevistador/entrevistado vai depender muito da comunicação verbal e não 
verbal, ou seja, depende da empatia entre ambos, isso influencia diretamente no que o paciente 
diz ou não diz. 
É de extrema importância ser franco, honesto, nunca se deve enfrentar o paciente direta 
ou indiretamente por meio da equipe e nem tomar atitudes punitivas. Os diagnósticos que estão 
ligados diretamente à heteroagressividade ou a autolesão são, na grande maioria, os distúrbios 
psicóticos e orgânicos. 
 
 
GRÁFICO DEMONSTRANDO HETEROAGRESSIVIDADE E SUAS PATOLOGIAS 
 
 
FONTE: Disponível em: <www.scielo.org>. Acesso em: 4 jun. 2009. 
 
 
13 
O examinador precisa diferenciar causas orgânicas das causas funcionais, pois algumas 
causas orgânicas podem ser facilmente confundidas com transtornos psiquiátricos. Não 
podemos avaliar somente a parte psiquiátrica. Pacientes, moradores de rua e etilistas 
apresentam risco para algumas doenças: 
 
 Carência de vitaminas; 
 Tuberculose; 
 Síndrome da Deficiência Adquirida; 
 Gravidez precoce, “principalmente em moradores de rua”. 
 
Determinar se o paciente está ou não psicótico é de extrema importância para uma boa 
avaliação, além de definir a gravidade dos sintomas e o grau de perturbação do paciente com 
esses recursos, pois a chance de conduzir a avaliação até o final é maior. 
 
 
1.2.2 Fatores de Risco 
 
 
FIGURA 4 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.saude.hsw.uol.com.br>. Acesso em: 4 jun. 2009. 
 
 
14 
Os fatores que aumentam a probabilidade de um ataque de violência incluem: 
 
1. Agitação psicomotora; 
2. Intenção declarada de um plano específico, ou seja, disponibilidade de meios para 
violência, 
3. Sexo masculino;4. Pouca idade (entre 15 e 24 anos); 
5. Baixa situação socioeconômica; 
6. Fraco sistema de apoio familiar e de amigos; 
7. História de tentativas de suicídio e estressores recentes. 
 
História de comportamento violento pregresso é um dos melhores indicadores de uma 
autoagressão, incluindo o suicídio e a heteroagressividade. 
 
Outros sinais incluem: 
 
1. Atos de violência recente; 
2. Dentes e punhos cerrados; 
3. Ameaças verbais; 
4. Portar armas ou objetivos potencialmente utilizáveis como armas (talheres, 
cinzeiros); 
5. Agitação psicomotora (que é considerado um importante indicador, pois quase 
sempre precede atos violentos); 
6. Intoxicação; 
7. Delírios paranoides; 
8. Alucinações de comando. 
 
1.2.3 Manejo 
 
 
A medida mais importante frente a uma avaliação de emergência psiquiátrica é a 
autoproteção e proteger o paciente de todos ao redor, evitando qualquer tipo de dano físico ou 
 
 
15 
psicológico. É preciso ter em mente que há sempre risco para a violência. Não deixe se 
surpreender por um “ataque”, súbito, nem se coloque em uma situação na qual possa ser 
facilmente agredido, nunca avalie um paciente em uma sala pequena de costas para a parede, 
deixe que o paciente fique voltado para a parede e o examinador para a porta, no caso de 
agressão, terá como sair com maior facilidade. 
A distância ideal para a avaliação é sempre de um braço, nunca chegue muito próximo 
do paciente, independentemente da patologia, pois o mesmo pode sentir-se ameaçado e agredir 
o examinador. Durante a avaliação, o examinador deve incluir sinais vitais do paciente e 
avaliação física cefalocaudal. 
 
 
1.2.4 Comportamento Suicida 
 
 
FIGURA 5 
 
 
Disponível em: <http://www.jorgealbertorj.blogspot.com>. Aceso em: 6 jun. 2009. 
 
 
 
 
16 
O comportamento suicida é todo o ato pelo qual um indivíduo causa lesão contra si 
mesmo, independente do grau e da intensidade da mesma. A Organização Mundial da Saúde 
(OMS, 1996) define o suicídio como “a partir de um pensamento de autodestruição, passando 
por ameaças, gestos, tentativas de suicídio e, finalmente, o suicídio”. 
 
 
1.2.5 Epidemiologia 
 
 
Segundo a (OMS, 2003), o número de pessoas mortas por suicídio foi de 900 mil 
pessoas na faixa etária de 15 a 35 anos. O suicídio está entre as três maiores causas de morte 
global. 
 
 
1.2.6 Aspectos Psicossociais 
 
 
Não é fácil saber, ao certo, quantas pessoas que tentam suicídio têm ou não problema 
psiquiátrico, pois a estimativa depende muito do momento em que a pesquisa foi realizada. 
 
Os diagnósticos mais frequentes no caso de suicídio são: 
 Transtorno de personalidade; 
 Depressão; 
 Alcoolismo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
1.2.7 Risco de Suicídio 
 
 
FIGURA 6 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.iconocast.com>. Acesso em: 6 jun. 2009. 
 
 
Segundo Morgan (1990), os indivíduos que estão mais propensos ao suicídio são os que 
apresentam transtornos mentais, depressão (50% dos casos), esquizofrenia, álcool, droga e uso 
de outras substâncias psicoativas. 
 
 
 
18 
2 EMERGÊNCIA E URGÊNCIA PSIQUIÁTRICA 
 
 
FIGURA 7 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.brissoslino.wordpress.com>. Acesso em: 6 jun. 2009. 
 
 
Emergência – distúrbio de pensamento, sentimentos ou ações que envolvem risco de 
vida ou risco social grave, necessitando de intervenções imediatas e inadiáveis (tempo medido 
em minutos ou horas). Exemplos comuns incluem: violência, suicídio ou tentativa de suicídio, 
estupor depressivo, excitação maníaca, automutilação, juízo crítico acentuadamente prejudicado 
e severo e autonegligência. 
 
Urgência – a situação implica riscos menores que necessitam de intervenções em curto 
prazo (tempo medido em dias ou semanas). Alguns exemplos são comportamentos bizarros, 
quadros agudos de ansiedade, síndromes conversivas, entre outros. 
 
 
 
19 
Eletistas – a rapidez da internação não é um critério essencialmente importante. São 
exemplos de ansiedade leve, distúrbios de relacionamento interpessoal, informações sobre 
medicações e fornecimento de receitas. 
 
 
2.1 OBJETIVOS DE UM ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA 
 
 
FIGURA 8 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.click21.mypage.com.br>. Acesso em: 6 jun. 2009. 
 
 
1. Estabilizar o quadro; 
2. Estabelecer uma hipótese diagnóstica; 
3. Excluir uma causa orgânica; 
4. Fazer encaminhamento. 
 
 
 
 
 
20 
2.2 MEDIDAS PARA APROXIMAR O PACIENTE DO EXAMINADOR 
 
 
FIGURA 9 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.portaldacoluna.com.br>. Acesso em: 8 jun. 2009. 
 
 
1. Conectar-se com o fato do paciente; 
2. Esclarecer os objetivos da avaliação; 
3. Conhecer o contexto do paciente; 
4. Não se identificar com os sentimentos do paciente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
2.3 EMERGÊNCIAS CLÍNICAS 
 
 
FIGURA 10 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.apucarana.pr.gov.br>. Acesso em: 8 jun. 2009. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
2.4 DOR TORÁCICA 
 
 
FIGURA 11 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.manualmerck.net>. Acesso em: 8 jun. 2009. 
 
 
Uma das queixas mais frequentes e preocupantes para os profissionais da área da 
saúde e para o próprio paciente, tanto no pronto-socorro como nos consultórios médicos, é a dor 
torácica. É preciso diferenciar dor torácica de origem cardíaca de outras causas não cardíacas, 
uma vez que um grande número de diagnósticos diferenciais torna-se necessário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
2.4.1 Causas de Dor Torácica 
 
 
FIGURA 12 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.scielo.br>. Acesso em: 8 jun. 2009. 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
2.4.1.1 Pericardite aguda 
 
 
FIGURA 13 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.musc.edu>. Acesso em: 12 jun. 2009. 
 
 
Geralmente pacientes portadores de pericardite aguda referem-se a muita dor torácica 
que irradia para o dorso, pescoço e ombros, piorando quando inspira profundamente. Quando se 
encontra sentado e em posição inclinada o paciente refere melhora significativa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
2.4.1.2 Tromboembolismo pulmonar 
 
 
FIGURA 14 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.catalog.nucleusinc.com>. Acesso em: 12 jun. 2009. 
 
 
O tromboembolismo pulmonar representa uma das causas mais comuns de dor torácica 
e não são diagnosticadas nas unidades de emergência. 
 
O paciente apresenta o seguinte quadro: 
 Hemoptise; 
 Fadiga; 
 Síncope; 
 Dispneia; 
 Cianose e até parada cardíaca. 
 
 
26 
2.4.1.3 Pneumotórax 
 
 
FIGURA 15 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.drpereira.com.br>. Acesso em: 12 jun. 2009 
 
 
Pacientes com pneumotórax têm dor torácica de forma repentina. 
 
O paciente apresenta o seguinte quadro: 
 
 Ausência de murmúrio vesicular; 
 Aumento do volume torácico; 
 Taquicardia; 
 Dispneia. 
 
 
27 
2.4.1.4 Dissecção aórtica 
 
 
FIGURA 16 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.sbccv.org.br>. Acesso em: 12 jun. 2009. 
 
 
Geralmente pacientes referem algia torácica, como se estivesse “rasgando” o peito. 
Vários são os fatores de risco: 
 
 Hipertensão arterial; 
 Idade avançada; 
 Arteriosclerose; 
 Doença do tecido conjuntivo. 
 
A taxa de mortalidade é alta e é preciso realizar o controle da pressão arterial e realizar 
avaliações cirúrgicas periódicas. 
 
 
 
 
28 
2.4.1.5 Pneumonia 
 
 
FIGURA 17 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.fisiorespiratoria.com.br>. Acesso em: 14 jun. 2009. 
 
 
Devido à pneumonia, o paciente pode ter um variado quadro de sinais de sintomas, 
desde uma pneumonia simples até uma infecção generalizada (sepse). O quadro clínico é 
caracterizado por: 
 
 Febre; 
 Calafrios; 
 Mialgia; 
 À ausculta pulmonar apresenta: murmúrio vesicular diminuído comestertores 
subcreptantes; 
 Tosse produtiva. 
 
 
 
 
 
 
29 
2.5 TRANSTORNOS PSIQUIÁTRICOS 
 
 
FIGURA 18 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.consciencianodiaadia.com>. Acesso em: 14 jun. 2009. 
 
 
Os transtornos psiquiátricos são responsáveis por 10% das causas de dor torácica nos 
serviços de pronto-atendimento são eles: 
 
 Transtorno de Ansiedade; 
 Síndrome do Pânico; 
 Depressão. 
 
O paciente pode apresentar o seguinte quadro clínico: 
 Dor torácica; 
 
 
30 
 Sudorese; 
 Taquicardia; 
 Palpitações; 
 Náuseas; 
 Dispneia; 
 Tontura; 
 Parestesias. 
 
 
2.6 GASTRITE, ESOFAGITE E ÚLCERA 
 
 
FIGURA 19 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.docelimao.com.br>. Acesso em: 14 jun. 2009. 
 
 
 
 
 
 
31 
Essas doenças do aparelho digestivo costumam causar: 
 
 Azia: queimação no estômago; 
 Pirose: queimação no centro do tórax, no trajeto do esôfago; 
 Dor de estômago; 
 Plenitude pós-prandial; 
 Náuseas; 
 Vômitos. 
 
O paciente costuma apresentar desconforto ao alimentar-se e quando encontra-se em 
repouso. A ingesta de álcool pode agravar bastante o quadro. A duração pode variar, 
permanecer minutos ou horas. A gastrite e a úlcera são comuns e tendem a piorar o sintoma 
com a palpação na região epigástrica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
2.7 DOR MUSCULAR 
 
 
FIGURA 20 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.afh.bio.br>. Acesso em: 20 jun. 2009. 
 
 
A dor muscular pode ter origem em um dos lados do corpo, ou seja, no hemitórax, 
quando o paciente apresenta-se em repouso por um período de longa duração; a dor pode piorar 
ao respirar, movimentar-se ou à palpação torácica, podendo haver antecedente de trauma 
muscular ou torácico. 
 
 
 
 
 
 
 
33 
2.8 DOR ÓSSEA 
 
 
FIGURA 21 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.iafortopedia.com.br>. Acesso em: 20 jun. 2009. 
 
 
Este tipo de dor geralmente é localizada, apresenta-se ao repouso, respiração, 
movimentação exagerada ou palpação torácica. Pode ter ou não antecedentes de trauma ou 
osteoporose, o que torna os ossos mais frágeis. 
 
 
 
 
 
 
 
34 
2.9 INVESTIGAÇÃO DA DOR TORÁCICA 
 
 
 
FONTE: Assistência Cirúrgica Intensiva – American College Of Surgeons. 
 
 
Para que se tenha uma base correta, ou seja, um diagnóstico preciso da causa da dor 
torácica é necessário uma boa avaliação clínica, ou seja, uma excelente anamnese 
contemplando todas as etapas. O auxílio do diagnóstico pode ser confirmado com exames 
complementares, por exemplo: exame de sangue, radiografia de tórax, eletrocardiograma, 
 
 
35 
ecocardiograma, tomografia computadorizada de tórax, teste de esforço, 
cineangiocoronariografia, cateterismo cardíaco, angiotomografia da aorta, entre outros. 
 
 
2.10 SÍNDROME DE TIETZE 
 
 
FIGURA 22 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.clinicaverri.blogspot.com>. Acesso em: 20 jun. 2009. 
 
 
A Síndrome de Tietze é caracterizada por um processo inflamatório da aponeurose de 
uma costela com o osso esterno, causando dor localizada na região torácica ao repouso, 
piorando com a respiração e palpação do local. 
 
 
 
36 
2.11 HERPES ZOSTER 
 
 
FIGURA 23 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.amazon.com>. Acesso em: 20 jun. 2009. 
 
 
O Herpes Zoster é uma doença que causa inflamação nos nervos do tórax, causando 
neurite. A dor localiza-se no trajeto do nervo, em forma de queimação, que se apresenta quando 
o paciente encontra-se em repouso de duração prolongada. O local afetado costuma ficar muito 
sensível ao toque, podendo causar dúvidas ao ser diagnosticado no momento em que antecede 
o aparecimento de erupção cutânea com pequenas bolhas, no percurso do nervo, que são 
típicas da doença. 
 
 
 
37 
3 ÉTICA NAS EMERGÊNCIAS PSIQUIÁTRICAS 
 
 
FIGURA 24 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.rogeliocasado.blogspot.com>. Acesso em: 22 jun. 2009. 
 
 
Pode-se dizer que os grandes desafios bioéticos da emergência psiquiátrica (EP) se 
manifestam por tensão entre a observância dos princípios da autonomia e da beneficência, visto 
que muitas vezes os pacientes, em função de sua condição psíquica, desejam realizar 
claramente atos prejudiciais a si ou a outros. Em alguns destes casos restrição da autonomia 
pessoal em nome da beneficência são eticamente permissíveis. 
As maiores dificuldades com as quais irá se deparar o psiquiatra diz respeito aos casos 
de justa causa para quebra da confidencialidade. É necessário que se realize um juízo de valor 
prévio para que se possa aquilatar se determinada causa é “justa”, ou seja, se é moralmente 
suficiente para respaldar a inobservância de um preceito ético fundamental para a profissão 
médica, o da manutenção do sigilo das informações prestadas pelo paciente. 
 
 
 
38 
4 A QUESTÃO DO RISCO 
 
 
De acordo com as normas legais brasileiras (Lei Federal nº 10.216/01, Portaria MS/GM, 
nº 2.391/02, e as diversas leis estaduais sobre a reforma da atenção psiquiátrica). Nesse caso 
as normas não são claras, ou seja, não especificam quais são os riscos que podemos considerar 
pelo médico ao determinar uma internação involuntária. Os profissionais de saúde que trabalham 
com emergências psiquiátricas têm o dever ético e moral de estar atualizados a respeito dos 
quadros psiquiátricos mais graves, para prevenir agressão tanto para o paciente quanto aos 
demais. 
 
 
 
39 
5 TIPOS DE INTERNAÇÕES PSIQUIÁTRICAS 
 
 
GRÁFICO DE INTERNAÇÕES PSIQUIÁTRICAS 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.www.pindamonhangaba.sp.gov.br>. Acesso em: 22 jun. 2009. 
 
 
Nas internações psiquiátricas temos quatro tipos: 
 
 Internação psiquiátrica voluntária [IPV]; 
 Internação psiquiátrica involuntária [IPI]; 
 Internação psiquiátrica voluntária que se torna involuntária [IPVI]; 
 Internação psiquiátrica compulsória [IPC]. 
 
As IPCs cíveis constituem mais uma das consequências do descaso com que a saúde 
pública é tratada no Brasil, pois geralmente essas determinações judiciais ocorrem por 
solicitação de familiares de pacientes que não conseguem receber o atendimento de que 
necessitam por meio dos recursos normalmente disponíveis. 
 
 
 
40 
6 CONTENÇÃO MECÂNICA E ISOLAMENTO 
 
 
FIGURA 25 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.bairrodooriente.blogspot.com>. Acesso em: 22 jun. 2009. 
 
 
Quando houver a necessidade de restrição física ou de isolamento, involuntário, ou seja, 
sem que o paciente esteja de acordo, todos os procedimentos devem ser registrados em 
prontuário médico e comunicar o mesmo o quanto antes. No caso de paciente que estiver em 
contenção de espaço ou contenção química, deverá ser mantido em boas condições, em um 
local adequado e seguro para o paciente. Deve permanecer sob os cuidados da equipe 
enquanto estiver “contido”. No caso de uma restrição de espaço ou física, involuntário, é 
necessário que o paciente tenha alguém que o represente e responda pelo mesmo. 
 
 
 
41 
7 ALTA E PEDIDO 
 
 
FIGURA 26 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www..scielo.br>. Acesso em: 22 jun. 2009. 
 
 
Quando o paciente e os familiares desejarem a alta e houver riscos, máxime de 
“iminente perigo de vida”, recomenda-se o imediato contato com o representante do Ministério 
Público da localidade. 
 
 
 
42 
8 ANSIEDADE 
 
 
FIGURA 27 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.lettersofpandora.blogspot.com>. Acesso em: 25 jun. 2009. 
 
 
Atualmente a ansiedade tem sido citada por vários autores como uma das doenças 
que mais tem acometido a população mundial, devido à competitividade e à agitada dinâmica 
existencial da vida moderna – a Idade da Ansiedade –, associando a este acontecimento 
psíquico a um consumismo desenfreado e por aí vai. 
A sociedade contemporânea, por si só, já é um pré-requisito para o surgimento de 
algum tipo deansiedade ou transtorno de ansiedade. O homem “moderno” associou a ansiedade 
a um fator de normalidade ou um destino comum, que estão atrelados de alguma maneira. Por 
uma questão biológica a ansiedade sempre esteve presente em todos os seres humanos ao 
longo dessa jornada, desde a era pré-histórica até a chegada do homem à Lua. O que há de 
novo em tudo isso são as descobertas dos tipos e efeitos da ansiedade sobre o psiquismo e o 
organismo humano. Todos nós temos um potencial ansioso fisiológico, o que carrega o 
sentimento do “medo” que é inerente à ansiedade. 
 
 
43 
 
FIGURA 28 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.psiadolescentes.files.wordpress.com>. Acesso em: 25 jun. 2009. 
 
 
A ansiedade faz parte da natureza humana, para sinalizar sinal de perigo, ameaça pelo 
desconhecido e algum tipo de sofrimento. Hoje em dia a ansiedade passou a ser um distúrbio, 
por conta do ser humano que não usa como um exercício de sobrevivência, como era feito 
antigamente. 
 
 
 
44 
9 AGITAÇÃO PSICOMOTORA 
 
 
FIGURA 29 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.evangelistamiriam.blogspot.com>. Acesso em: 25 jun. 2009. 
 
 
A agitação psicomotora, a agressividade e a violência correspondem a um conjunto de 
comportamentos inespecíficos que podem ser observados em diferentes distúrbios psiquiátricos. 
Na agitação observa-se um aumento da excitabilidade, uma inquietação, uma resposta 
exacerbada aos estímulos internos e externos, uma irritabilidade e uma atividade motora e verbal 
inapropriada e repetitiva. 
Os pacientes podem se queixar de nervosismo, inquietação e irritabilidade. A agitação, 
geralmente, tem um curso flutuante, que pode se modificar rapidamente ao longo do tempo. De 
maneira geral, o comportamento agressivo pode ser definido como um rápido escalonamento da 
agitação, infligindo danos morais e/ou físicos ao próprio paciente e aos demais. A violência pode 
ser entendida como uma agressão física dirigida a uma determinada pessoa, por exemplo, os 
 
 
45 
cuidadores, as mulheres, os negros. A agitação psicomotora pode ser observada em diversos 
quadros psiquiátricos. De maneira geral, todos os quadros psicóticos podem estar associados à 
agitação. 
 
 
46 
10 PSICOSES 
 
 
FIGURA 30 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.oportalsaude.com. Acesso em: 25 jun. 2009. 
 
 
Os pacientes com pensamentos e comportamentos mais desorganizados podem 
apresentar uma agitação impulsiva, já os pacientes que apresentam um sistema delirante mais 
organizado podem manifestar uma agitação secundária às vivências paranoides. 
 
 
 
47 
11 MANIA 
 
 
FIGURA 31 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.sistemanervoso.com>. Acesso em: 25 jun. 2009. 
 
 
Os pacientes em mania, não psicóticos, podem se apresentar irritados, com um padrão 
hostil de respostas e perda das inibições sociais, o que pode gerar discussões e brigas. 
 
 
 
48 
12 EPILEPSIA 
 
 
FIGURA 32 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.socorrismo.wordpress.com>. Acesso em: 25 jun. 2009. 
 
 
A agitação psicomotora também pode ocorrer durante ou após uma crise epilética. Em 
geral, esta não é direcionada e é decorrente das tentativas de restringir a manipulação do 
paciente pela equipe de saúde, por exemplo, com cuidados de higiene. 
 
 
 
49 
13 TRANSTORNO MENTAL ORGÂNICO E DELIRIUM 
 
 
FIGURA 33 
 
 
FONTE: Disponível em: 
<http://www.portalsaudebrasil.com>. 
Acesso em: 25 jun. 2009. 
 
 
No caso de transtorno mental orgânico pode ocorrer um rebaixamento do nível de 
consciência, com alterações da atenção, da orientação e pensamento, o que caracteriza o 
quadro de Delirium. As agitações podem estar presentes nos quadros de intoxicação aguda por 
álcool e drogas. 
 
 
 
50 
14 FATORES DESENCADEANTES PARA UM COMPORTAMENTO AGRESSIVO 
 
 
FIGURA 34 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.zona-s.pt>. Acesso em: 25 jun. 2009. 
 
 
Os profissionais da saúde mental, ao avaliar um paciente, têm que levar em conta os 
fatores de risco para o comportamento agressivo. Infelizmente, em nosso meio, não existem 
estudos suficientes capazes de delinear os fatores de risco para a nossa população. Existe um 
consenso que quanto mais jovem for o indivíduo, maior o risco do envolvimento com atos de 
agressividade e violência. 
De maneira geral, as mulheres estão menos envolvidas com os comportamentos 
agressivos, entretanto, nas portadoras de transtornos mentais graves, o grau de violência se 
aproxima aos homens. A história prévia de agitação psicomotora e violência é um forte fator 
primitivo para os comportamentos agressivos. Os transtornos de personalidade antissocial e por 
uso de substância estão associados aos comportamentos agressivos que os transtornos 
psicóticos. Entretanto, nos episódios psicóticos agudos, particularmente, os que apresentam 
alucinações auditivas de comando têm risco significativamente aumentado de agressividade. 
 
 
51 
Ao se avaliar o risco de agressividade, o clínico também deve levar em conta o 
ambiente em que vive o paciente. Existem evidências que as regiões mais pobres tendem a ser 
mais violentas. Por outro lado, os pacientes portadores de distúrbios mentais tendem a ser 
violentos com algum membro da própria família, enquanto que na população em geral, as 
vítimas tendem a ser indivíduos estranhos ao agressor. 
 
 
 
52 
15 ATENDIMENTOS DE EMERGÊNCIA 
 
 
FIGURA 35 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.gentedagente.com>. Acesso em: 25 jun. 2009. 
 
 
Os móveis do local de atendimento não devem oferecer riscos. A porta do consultório 
deve, preferencialmente, permanecer aberta. Os seguranças devem estar por perto. O 
entrevistador deve sentar-se junto à porta, enquanto o paciente permanece no fundo da sala. 
Com o objetivo de manter a garantia do local de atendimento deve-se interrogar sobre a 
presença de isqueiros, armas e facas. Em algumas situações, pode ser necessário revistar o 
paciente e/ou acompanhantes. Nessas situações é importante realizá-la de forma respeitosa, a 
fim de evitar o escalonamento para a agressividade. 
 
 
 
53 
16 ABORDAGEM INICIAL JUNTO AO PACIENTE 
 
 
Preferencialmente, um membro da equipe de saúde mental deve assumir a coordenação 
das abordagens junto ao paciente, familiares e equipe. Cabe ao coordenador: 
 Promover um vínculo terapêutico já no início do tratamento; 
 Deve-se ouvir a versão do paciente, considerar seriamente as suas opiniões e 
informá-lo sobre sua evolução e tratamento; 
 Identificar os fatores de melhora e piora no comportamento do paciente; 
 Intervir junto à equipe e familiares; 
 Providenciar para que as avaliações e medidas tomadas sejam adequadamente 
registradas no prontuário do paciente, inclusive a periodicidade das reavaliações; 
 Considerar as abordagens e condutas mais adequadas após a avaliação dos 
fatores de risco, da situação clínica e da segurança. 
 
 
 
54 
17 OBSERVAÇÃO DO DOENTE MENTAL 
 
 
FIGURA 36 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.viverossegundos.blogspot.com>. Acesso em: 28 jun. 
2009. 
 
 
A observação do doente mental é característica básica para uma boa assistência 
psiquiátrica e se aplica também em clínicas diversas, por isso, o profissional da saúde deve estar 
atento ao paciente de forma a observar o todo: 
 
 Como ele se comporta; 
 Como ele se veste; 
 Como ele se relaciona com as pessoas; 
 O grau de dependência; 
 A forma como ele se comunica verbalmente; 
 A forma como ele se comunica não verbalmente, ou seja, como é o seu 
comportamento. 
 
 
 
55 
Dessa forma, em psiquiatria a observação do paciente vai além do aspecto somático, 
clínico ou orgânico, vai também para o aspecto psíquico, daquilo que o paciente não está 
expressando pela linguagem, mas por meio do comportamento por ele apresentado. Quando 
falamosde observação de comportamento não queremos dizer que devemos seguir o paciente 
como um satélite e anotar todos os seus gestos, de forma sistemática. Isso qualquer máquina 
poderia fazer melhor do que nós. 
Quando notamos o comportamento estamos falando de observar as formas pelas quais 
o paciente psiquiátrico se relaciona com o meio no qual está inserido. Algumas dicas são 
importantes para observar o comportamento do paciente psiquiátrico em caso de emergência: 
 
 Observar o comportamento é observar o que o outro faz e como faz, sem 
julgamento; 
 O paciente não é o comportamento que ele apresenta, ele é consequência da forma 
como ele aprendeu a se relacionar: 
 Do ambiente em que ele se encontra (é bem diferente estar em casa ou em um 
hospital); 
 Do papel social que ele está exercendo (por exemplo, é bem diferente ser um 
estudante ou ser um modelo); 
 E a sua psicopatologia (esquizofrênicos geralmente têm um padrão de 
comportamento que é diferente do dependente químico); 
 A observação de comportamento deve ser discreta e não devemos “vigiá-los como 
prisioneiros”, pois isso inibiria o comportamento espontâneo do indivíduo e pode ter 
consequências imprevisíveis; 
 O paciente não é a sua psicopatologia. Temos que observar o que cada pessoa 
apresenta em particular porque nem todos os pacientes são deprimidos, por exemplo, se 
comportam da mesma forma, por isso, analisar o comportamento do paciente é mais do que 
procurar sinais e sintomas da psicopatologia; 
 Devemos manter a privacidade do paciente em todos os momentos, no banho, nos 
procedimentos clínicos, na inspeção física e na observação de comportamento; 
 Devemos tomar cuidado com a nossa comunicação não verbal, especialmente com 
as expressões ao olhar para o paciente, para não sermos interpretados de forma errônea. 
 
 
56 
 
Resumindo: 
O que devemos observar em um paciente psiquiátrico ao chegar a um serviço de 
pronto-atendimento: 
 
 A forma como ele está vestido, sua aparência física, sua higiene, seu peso, se está 
ou não drogado; 
 Maneira de andar, alterações físicas que ele possa apresentar (se tem curativos, 
lesões, sondas, drenos, cateteres, regularidade da marcha, ritmo da marcha, estilo da marcha, 
exemplo, se claudica ou não); 
 Maneira de falar com as pessoas (se grita, se fala muito rápido, se fala muito baixo, 
se murmura e se reclama das coisas), se sorri, se é sarcástico com as pessoas; 
 Sua fisionomia (se demonstra raiva ou irritação, medo ou ansiedade, desejo ou 
aversão, indiferença ou interesse); 
 Sua comunicação verbal e não verbal. 
 
Tendo em vista todos estes “padrões de comportamento”, a tendência principal do ser 
humano e do profissional que ali está é estabelecer “rótulos” para o paciente, então: queixosos, 
irritados, calmos, enfim. Isso jamais deve ser feito, porque a forma com que eles se expressam 
vem à psicopatologia, independe da sua vontade, ou seja, pelo ambiente, por sua psicopatologia, 
como já havia citado, e pela forma como ele interpreta as situações. 
O que devemos fazer é registrar em prontuário específico para cada área (equipe 
multidisciplinar) o que é observado sem a preocupação de condenar o comportamento em uma 
só palavra. Dessa forma, a nossa observação de comportamento estará isenta de julgamentos e 
será mais fidedigna. 
 
 
 
57 
18 ATENÇÃO 
 
 
FIGURA 37 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.umoutropontodevista.blogspot.com>. Acesso em: 28 jun. 2009. 
 
 
É o mecanismo que prepara o processamento dos estímulos, selecionando o que é e 
quanto processar. Estado de vigilância caracterizado pela disponibilidade perceptiva e a 
presença do real, com desaparecimento, no eletroencefalograma, do ritmo Alfa. Ela é reduzida 
na maior parte das doenças mentais, com exceção dos delírios de perseguição ou de ciúmes, 
em que a atenção aparece polarizada em um sentido muito exato. Pode ser classificada: 
 Espontânea ou passiva: Ocorre naturalmente ou modo instintivo. 
 Voluntária ou ativa: É a atenção disciplinada ou forçada. 
 Externa: Quando a atenção é dirigida para o meio externo. 
 Interna ou subjetiva: Quando a atenção está voltada para o interior do indivíduo. 
 
 
 
58 
19 MEMÓRIA 
 
 
FIGURA 38 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.esclerosemultipla.wordpress.com>. Acesso em: 28 jun. 2009. 
 
 
É a capacidade de reter uma experiência vivenciada no passado. A patologia da 
memória compreende as amnésias, as hipermnésias, as paramnésias. A maioria panorâmica 
corresponde a um afluxo de lembranças. Temos: 
 
 Primária ou imediata: Tem uma reserva de capacidade limitada ao tempo, se não 
for repetida não será fixada; 
 Secundária ou de fixação: Capta, fixa e conversa os fatos percebidos. Armazena 
as informações recentes; 
 Terciária ou de Evocação: Consiste na reminiscência dos fatos, lembranças mais 
antigas, pessoais e bem aprendidas. 
 
 
 
59 
20 SENSOPERCEPÇÃO 
 
 
FIGURA 39 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.psiqweb.med.br>. Acesso em: 28 jun. 2009. 
 
Alteração nos órgãos dos sentidos: 
 
 
20.1 ALUCINAÇÕES 
 
FIGURA 40 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.coursejournal_medicina.blogs.sapo.pt>. Acesso em: 28 jun. 2009. 
 
 
60 
Percepções sem objetivo, prefere-se falar de conduta alucinatória para indicar que a 
alucinação inclui todo comportamento do indivíduo e não se limita à percepção, seguida de 
convicção. Segundo o aparelho sensorial implicado, distinguem-se as alucinações visuais, 
auditivas (verbais ou não), tácteis, gustativas, olfativas. Em geral, as alucinações são 
polissensoriais. Observam-se as alucinações nos esquizofrênicos, os delírios, a confusão 
mental. 
 
 
20.2 ILUSÃO 
 
 
FIGURA 41 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.topgi>. Acesso em: 30 jun. 2009. 
 
 
 
 
61 
Modificação de uma percepção, em geral ligada à alucinação na confusão mental. A 
pessoa vê um objeto que é real e acha que é outro, uma percepção deformada. Exemplo: O 
paciente está vendo uma caneta e acha que é um cigarro. 
 
 
20.3 SENSAÇÃO DE ESTRANHEZA 
 
 
FIGURA 42 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.mulher50a60.weblog.com.pt>. Acesso em: 30 jun. 2009. 
 
 
Impressão de sentir o mundo e o ambiente familiar como distantes ou estranhos, junto 
com uma percepção reduzida de sua própria realidade psíquica, ou seja, percebe a realidade de 
uma forma diferente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
62 
20.4 TRANSFORMAÇÃO CORPORAL 
 
 
FIGURA 43 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.mairadanielle.blogspot.com>. Acesso em: 30 jun. 2009. 
 
 
O indivíduo sente o corpo diferente do que ele realmente é exemplo, é gordo e se sente 
magro. 
 
 
20.5 IMAGINAÇÃO 
 
FIGURA 44 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.imaginacaocriativa.blogspot.com>. Acesso em: 30 jun. 2009. 
 
 
63 
Desordem de pensamento, alimentada não por interpretação ou alucinação, mas sim por 
ficções produzidas sem controle e às quais o paciente mostra uma convicção total, temos como 
exemplo pessoas mitotônicas. 
 
 
20.6 FABULAÇÃO 
 
 
FIGURA 45 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.forumnow.com.br>. Acesso em: 30 jun. 2009. 
 
 
Tendência de reinventar, de modo pouco convincente, uma realidade que foge devido 
aos distúrbios da atenção de orientação, da memória, do juízo. Desejo de refazer a realidade 
mais ou menos ordenada em relação à ficção escolhida, com finalidade de compensação, de 
prestígio, para causar dano ou sob o efeito de um impulso habitual. Preencher lacunas da 
memória. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
64 
20.7 MITOMANIA 
 
 
FIGURA 46 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.joselitando.blogspot.com>. Acesso em: 30 jun. 2009. 
 
 
É a disposição habitual em certos indivíduos e, na falta de intenção exata ou de um alvo 
definido, para alterar a verdade, simular,mentir, elaborar fábulas, ou seja, tendência de criar e 
relatar eventos imaginários, como uma mentira patológica. 
 
 
 
65 
21 PENSAMENTO 
 
 
FIGURA 47 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.tracosdenanquim.wordpress.com>. Acesso em: 30 jun. 2009. 
 
 
É a representação das vivências da consciência humana e ideias, é uma representação 
na mente de um objeto ou situação. Conjunto de operações intelectuais que permite 
compreender os objetos e suas relações e de se conformar ao conhecimento do mundo. No 
delírio, o pensamento se desvia do real, em proveito do imaginário. Os distúrbios do pensamento 
podem ser: ideia obsessiva, bloqueio mental, aceleração ou lenhificação mental, entre outros. 
 
 
 
66 
22 ORIENTAÇÃO 
 
 
FIGURA 48 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.ead.ufms.br>. Acesso em 30 jun. 2009. 
 
 
Autopsíquica (dados sobre si mesmo) e alopsíquica (tempo e espaço). 
 
 
 
67 
23 INSTINTO 
 
 
FIGURA 49 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.cine_ma.blogs.sapo.pt>. Acesso em: 30 jun. 2009. 
 
Pulsão inata. Podem ser: 
 
 De autopreservação; 
 De sexualidade; 
 De associação. 
 
 
 
68 
24 INTELIGÊNCIA 
 
 
FIGURA 50 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.brianoneal.blogspot.com>. Acesso em: 30 jun. 2009. 
 
 
 
Capacidade de aprendizado, de adaptar-se e exercer a autocrítica. 
 
 
 
69 
25 JULGAMENTO 
 
 
FIGURA 51 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.ciama.am.gov.br>. Acesso em: 30 jun. 2009. 
 
 
É a capacidade de formular julgamentos, fazer comparações, críticas. 
 
 
 
70 
26 SENSO ÉTICO 
 
 
FIGURA 52 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.jornalexpress.com.br>. Acesso em: 30 jun. 2009. 
 
 
É a capacidade de utilizar as normas e padrões aceitos pela sociedade. As alterações 
podem ser: 
 
 Imoralidade; 
 Hipermoralismo; 
 Anormalidade Constitucional; 
 Senso Moral Desviado. 
 
 
 
71 
27 AFETIVIDADE 
 
 
FIGURA 53 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.bovespa.com.br>. Acesso em: 30 jun. 2009. 
 
 
Conjunto de emoções, sentimentos (alegria, amor, ódio, etc.). 
 
 Hipertimia: Euforia, tristeza, manifestação exagerada; 
 Hipotimia: Diminuição da afetividade; 
 Paratimia: Quando surgem sentimentos uma ação. 
 
 
 
72 
28 EMOTIVIDADE 
 
 
FIGURA 54 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.coccar.blogspot.com>. Acesso em: 30 jun. 2009. 
 
 
Habilidade emocional, obsessão (ideia persistente e indesejada, a pessoa reconhece 
como absurda, mas não consegue eliminá-la pela lógica ou raciocínio), ansiedade (tensão ou 
apreensão de um perigo iminente), angústia e fobia. 
 
 
 
73 
29 CONSCIÊNCIA 
 
 
FIGURA 55 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.palavrassussurradas.net>. Acesso em: 30 jun. 2009. 
 
 
Autocrítica dos padrões próprios do comportamento. Os principais distúrbios: 
 
 Estreitamento: Redução do campo de ação de consciência; 
 Obnubilação: Turvação e obscurecimento da consciência e do pensamento. 
 Delirium: Transtorno mental orgânico agudo, confusão mental, consciência 
alterada, com instabilidade emocional, ansiedade e agitação e a presença de delírios e 
alucinações. 
 
 
 
74 
30 ESQUIZOFRENIA 
 
 
FIGURA 56 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.sweettoxicant.blogspot.com>. Acesso em: 30 jun. 2009. 
 
 
Transtorno do pensamento, doença descrita pela primeira vez por Emil Krapelin em 
1896, que classificou os vários quadros da doença como Demência Precoce. Bleuler em 1911 
deu o nome esquizofrenia após reorganizar os critérios para a demência precoce. Para ele os 
sintomas fundamentais eram a desorganização do pensamento (associação frouxa de ideias). 
A perda da realidade ou a incapacidade de diferenciar o real do imaginário é chamada 
de psicose funcional. Após anos de estudos não há evidências entre o transtorno e os processos 
físicos do cérebro, porém com o avanço da medicina, principalmente no campo da pesquisa 
farmacológica, os pacientes hoje estão com medicamentos mais avançados e com maior 
eficácia, com isso, diminui o tempo do surto e também o espaço de tempo entre um surto e outro 
está aumentando. 
 
 
 
 
 
75 
30.1 EPIDEMIOLOGIA 
 
 
Há uma grande predominância no sexo masculino, com idade entre 17 a 30 anos, 
estima-se que 1% da população geral seja portador desta psicopatologia. 
 
 
30.2 CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS 
 
 
Indivíduos quietos, passivos, com poucos amigos de infância, fantasiosos, introvertidos e 
retraídos, crianças obedientes e boazinhas, adolescentes com poucos amigos íntimos e poucos 
relacionamentos românticos, indivíduos que se excluem de atividades em grupo (jogos e 
encontros sociais), preferem atividades isoladas (ouvir música, assistir televisão, etc.). 
Amigos e parentes podem notar que a pessoa mudou e que não está mais agindo como 
antigamente. Durante este período pode começar a sentir-se ansioso, perplexo e desenvolver 
interesse por ideias abstratas: filosofia, ocultismo, questões religiosas, etc. Os transtornos 
esquizofrênicos são caracterizados, em geral, por distorções fundamentais peculiares do 
pensamento e da percepção e por afeto inadequado. O humor torna-se superficial ou 
incongruente. 
 
 
30.3 SINTOMAS 
 
 
 Eco do pensamento, inserção ou roubo do pensamento, irradiação do pensamento; 
 Delírios de controle, influência ou passividade claramente se referindo ao corpo ou 
movimentos dos membros ou pensamentos específicos, ações ou sensações; 
 Alucinações auditivas, comentando o comportamento do paciente ou discutindo 
entre elas, sobre ele; 
 
 
76 
 Delírios persistentes inapropriados e impossíveis, como identidade política ou 
religiosa ou poderes sobre-humanos (capaz de controlar o tempo ou de se comunicar com 
alienígenas). 
 Alterações no curso do pensamento, resultando em discurso incoerente, irrelevante 
ou neologismos. 
 Comportamento catatônico, tal como: postura inadequada, negativismo, mutismo e 
estupor. 
 
 
30.4 SINTOMAS NEGATIVOS 
 
 
 Apatia marcante; 
 Pobreza de discurso; 
 Embotamento afetivo (resultando em retraimento e diminuição do desempenho 
social); 
 Alterações no comportamento pessoal, como perda de interesse, falta de objetivos, 
inatividade e retraimento social. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
77 
30.5 TIPOS DE ESQUIZOFRENIA 
 
 
30.5.1 Paranoide 
 
 
FIGURA 57 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.opiniaoenoticia.com.br>. Acesso em: 30 jun. 2009. 
 
 
É a mais comum. O quadro é denominado por delírios estáveis, com frequência 
paranoides, acompanhadas por alucinações (auditivas) e perturbações da percepção. Exemplo, 
alucinação de perseguição, referência, ascendência importante, missão especial, mudanças 
corporais; delírios auditivos que ameaçam ou dão ordens, assovios, zunidos ou risos. 
 
 
 
 
 
 
78 
30.5.2 Hebifrênica 
 
 
FIGURA 58 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.robertoleite.assisfonseca.com.br>. Acesso em: 30 jun. 2009. 
 
 
Caracteriza-se por mudanças afetivas, por um comportamento irresponsável, 
maneirismos. Neste caso geralmente o afeto é superficial e inadequado, com risadinhas, caretas, 
brincadeiras fora de hora. O pensamento torna-se desorganizado e incoerente, tendo início no 
final da adolescência e início da vida adulta. O prognóstico não é bom, devido ao embotamento 
afetivo, perda da volição e pelo rápido desenvolvimento dos sintomas negativos. 
 
 
 
 
79 
30.5.3 Catatônica 
 
 
FIGURA 59 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.boesesfee.blogspot.com>. Acesso em: 30 jun. 2009. 
 
 
Apresenta-se por agitações psicomotoras e podem se alterar entre extremos como 
hipercinesia e estupor ou obediência automática e negativismo. Há uma diminuição marcante de 
reação ao meio ambiente, de movimentos e atividades espontâneas ou mutismo. Podendoapresentar também mutismo, excitação, postura inadequada, negativismo, rigidez, flexibilidade 
cérea, obediência automática e perseveração de palavras e frases. 
 
 
 
 
 
 
 
80 
30.5.4 Simples 
 
 
FIGURA 60 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.marcorsi.flogbrasil.terra.com.br>. Acesso em: 30 jun. 2009. 
 
 
Há um desenvolvimento insidioso, mas progressivo de conduta estranha, incapacidade 
de atender as exigências da sociedade e um declínio no desempenho total. Delírios e 
alucinações não são evidentes. Ele pode se tornar absorto em si mesmo, inativo e sem objetivo. 
 
 
 
 
 
 
81 
30.5.5 Residual 
 
 
FIGURA 61 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.segind.blogspot.com>. Acesso em: 30 jun. 2009. 
 
 
É um estágio crônico no desenvolvimento da esquizofrenia caracterizado por sintomas 
“negativos”. 
 
 
 
 
 
 
82 
30.6 TRATAMENTO 
 
 
FIGURA 62 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.parceirosdorim.com>. Acesso em: 30 jun. 2009. 
 
 
 Terapia Medicamentosa; 
 Terapia Medicamentosa mais psicoterapia; 
 Psicoterapia; 
 Métodos físicos (Eletroconvulsoterapia – ECT). 
 
Esses tratamentos poderão ser desenvolvidos no âmbito hospitalar ou não, vai depender 
muito do quadro da doença que o paciente esteja apresentando. Há mais ou menos uns 10 anos 
preconiza-se a internação somente em casos de surtos agudos, cuja gravidade não permita que 
o mesmo seja tratado no consultório, ambulatórios ou comunidades terapêuticas. As internações 
devem ser criteriosas e de curta duração. 
 
 
 
83 
31 TRANSTORNOS DO HUMOR 
 
 
FIGURA 63 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.brasilescola.com>. Acesso em: 5 jul. 2009. 
 
 
 
84 
32 TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR 
 
 
FIGURA 64 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.ceumquezado.blogspot.com>. Acesso em: 5 jun. 2009. 
 
 
O Transtorno Afetivo Bipolar (TAB), antigamente conhecido como Psicose Maníaca 
Depressiva (PMD), é uma doença que se caracteriza pela alternância de humor. Esse período de 
alteração do humor caracteriza-se por episódios de euforia (mania), depressão ou períodos 
intercalados de mania com episódios depressivos e períodos de normalidade, quando o paciente 
está devidamente medicado. 
 
 
 
85 
33 MANIA 
 
 
FIGURA 65 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.invisiblehappiness.blogspot.com>. Acesso em: 5 jul. 2009. 
 
 
A mania caracteriza-se por um estado de exaltação do humor, ou seja, um aumento de 
energia, sem qualquer relação com o momento em que o paciente está vivenciando. Geralmente 
apresenta: 
 Irritabilidade; 
 Impaciência; 
 Pensamento acelerado; 
 Logorreia; 
 Pensamentos de grandeza; 
 Otimismo exagerado; 
 Aumento da autoestima; 
 Grande produtividade; 
 
 
86 
 Hiperbulimia; 
 Abuso de álcool e/ou drogas, entre outros sintomas. 
 
 
34 HIPOMANIA 
 
 
FIGURA 66 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.psiqweb.med.br>. Acesso em: 5 jul. 2009. 
 
 
Na hipomania encontramos uma forma moderada da mania, ou seja, podendo 
predominar a irritabilidade e não apresentar momentos de euforia. O paciente e/ou a família 
costumam não perceber esta alteração de humor. Geralmente confunde-se com a recuperação 
da depressão e por isso o paciente está mais “animado”. 
 
 
 
87 
35 DEPRESSÃO 
 
 
FIGURA 67 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.fct.unl.pt>. Acesso em: 5 jul. 2009. 
 
 
O humor fica deprimido, o paciente encontra-se melancólico, apresentando tristeza sem 
motivo aparente. Segue abaixo alguns sintomas da depressão: 
 
 Apatia; 
 Angústia; 
 Desânimo e falta de energia; 
 Falta de motivação; 
 
 
88 
 Diminuição da libido; 
 Insônia ou hipersonia; 
 Autoestima rebaixada; 
 Isolamento social; 
 Medo e desconfiança; 
 Sentimento de ruína, entre outros sintomas. 
 
 
35.1 DEPRESSÃO E TRISTEZA 
 
 
FIGURA 68 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.artigosrelevantes.blogspot.com>. Acesso em: 5 jul. 2009 
 
 
Quando a pessoa encontra-se deprimida, sabe que seus sentimentos diferem de uma 
tristeza anteriormente vivida, pois na depressão a pessoa se isola, não quer a companhia dos 
 
 
89 
familiares e amigos, perde o interesse em tudo, não melhora pela força de vontade e nem com o 
tempo se não for medicado. 
 
 
35.2 TRATAMENTO DO QUADRO DEPRESSIVO 
 
 
FIGURA 69 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.bigpen.com.br>. Acesso em: 5 jul. 2009. 
 
 
 Primeiramente procurar um médico psiquiatra; 
 Antidepressivos (Tricíclicos, Inibidores da Monoaminoxidase, Inibidores da 
recaptura da serotonina); 
 Medicamento e Psicoterapia; 
 Psicoterapia. 
 
 
90 
35.3 TRATAMENTO DA HIPOMANIA E MANIA 
 
 
FIGURA 70 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.temperomanero.com.br>. Acesso em: 10 jul. 2009. 
 
 
 Antidepressivos; 
 Estabilizadores do Humor (Sais de Lítio, Ácido Valproico e Antipsicóticos); 
 Ansiolíticos (ilustração acima à esquerda); 
 Psicoterapia (ilustração acima à direita). 
 
 
 
91 
36 TRANSTORNOS ALIMENTARES 
 
 
FIGURA 71 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.itu.com.br>. Acesso em: 10 jul. 2009. 
 
 
A anorexia nervosa, a bulimia nervosa e o comer compulsivo caracterizam sintomas dos 
distúrbios alimentares que se tornam cada vez mais conhecidos em nosso meio, devido à 
pressão exercida pela “sociedade” e pela “mídia”. Segundo Taylor, as teorias sociais apontam 
para um aumento dramático em sua incidência na população mundial. 
 
 
 
 
92 
36.1 BULIMIA 
 
 
FIGURA 72 
 
FONTE: Disponível em: <http://fcivica.wordpress.com>. Acesso em: 10 jul. 2009. 
 
 
Geralmente o paciente ingere quantidades enormes de alimentos de uma forma 
compulsiva, após o fato ocorrido, o mesmo sente-se “culpado” e depois provoca vômitos. Para 
manter o peso, fazem uso de laxantes, diuréticos, jejuns prolongados, prática de exercícios 
físicos exagerados e sem antes consultar um médico e um educador físico. 
 
 
 
 
 
93 
36.2 ANOREXIA 
 
 
FIGURA 73 
 
FONTE: Disponível em: <http://nutriap.wordpress.com>. Acesso em: 10 jul. 2009. 
 
 
O quadro da anorexia nervosa caracteriza-se pela recusa do paciente em se alimentar 
voluntariamente. O paciente sente fome, no entanto, há uma restrição cerebral deliberada. Como 
há a distorção da imagem corporal, o paciente se olha no espelho e se enxerga gordo, mesmo 
estando magérrimo, com isso ele faz regime para continuar a emagrecer, jejuns prolongados, 
exercícios físicos deliberadamente. 
No mundo em que vivemos há uma pressão social, cultural e pressão da mídia muito 
grande para que as pessoas sejam magras, com um corpo “perfeito” devido ao “modismo”, com 
isso desencadeia os distúrbios alimentares, precisamente a anorexia nervosa. 
 
 
 
94 
 
36.3 PERFIL DA PESSOA COM ANOREXIA E BULIMIA 
 
 
36.3.1 Anoréxico 
 
 
 Emagrecimento extremo; 
 Desenvolvimento psicossocial e sexual atrasado; 
 Sabem o valor nutricional de cada alimento; 
 Alteração dos sinais vitais; 
 Dificilmente menstruam; 
 Desnutrição grave, podendo levar à morte; 
 Constipação intestinal; 
 Ossos propensos às fraturas. 
 
 
36.3.2 Bulímico 
 
 
 Perda de potássio; 
 Lesão no aparelho digestório; 
 Diminuição do interesse sexual; 
 Hipertensão arterial; 
 Irregularidade menstrual; 
 Tentam “compensar” seus problemas ingerindo grandes quantidades de alimentos 
de uma só vez. No geral, são indivíduos extremamente manipuladores, com isso dificulta o 
trabalho multiprofissional. 
 
 
 
95 
37 TRANSTORNO DO COMER COMPULSIVO 
 
 
FIGURA 74 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.disturbioslimentares.blogspot.com>. Acesso em: 10 jul. 2009. 
 
 
No comer compulsivo, o paciente tem “ataques” bulímicos, mas não recorre a nenhum 
dos recursos acima citados para emagrecer, com isso ingere quantidades alimentares enormes e 
a tendência é ir aumentando com o passar dos anos, até

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