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Nº 111 / Septiembre 2017 NoticiaSEM | 06 La Microbiología en sellos Texto: Juan J. Borrego Universidad de Málaga jjborrego@uma.es V. El padre de la Bacteriología: Louis Pasteur (I) e r e e e e e e r e 27 e embre e 1 22 e e e e m m e S p re e ep e r r e retir e e r e N p e p r e r b b e rti r m re e e tie e e er m e r e r re erm e er e e e m e m e r e r b empe r e e pr m r e e S p re e e e eer e e e er rm r e e m per b e b p r p r e r e eb re r e r p re e p r e re e rti e br e e e e e bre e 1 1 e r r p r e r e ti rbe p er e prep r r p r m r r e e École Normale Supérieure e r NS r e em e r m er b eme e p re e m re re r rb e e 1 e m r e e e e e e p r re r e e r pr b e me e e 1 0 e e ti e r r e e p rti re e e perm ti e er er epe e e m e e rm e m em ti m p r pre e r e e me e e re e NS e r S m m pr e r e e e e e e 1 e r r p r e r e e e S e e m e prep r r m b e 1 Se e ep b b 1 72 er e e er º 2 En mi opinión, no hay una figura más emblemática para la Microbiología que Louis Pasteur, Padre de la Bacteriología y Maestro de microbiólogos. Aparte de sus grandes logros científicos, nos deja geniales frases y anécdotas muy curiosas. De la lectura de este pequeño y modesto tributo a este gran salvador de la humanidad, espero que podamos acercarnos y aprendamos más de una persona que supo superar grandes adversidades y pudo renacer como un “ave fénix”. r m e NS 21 pr b e me e e re NS m r e 1 b p m e e p e pr e r e 1 re e p r e e r p e pr e r e r e p rr b e e p r e re e r r p r ti r e per re r b r e NS m er e e pr e r e m e er me r e ere p r r er em e e m e e b e b er e br m e 1 2 re e r r b r m e e m p b e re r e r r r r b e r e 1 7 re e e m r p r r r e r p r e m e r 1 e mbr pr e r e m e e e e re me e e p p e e e e r e m e er e r b r e r e e er r e 1 2 p r p r e p er e e m pr e r e m e e e e 1 1 7 1 2 p e r e r e m e er e r b r em pe e r r e r pr mer m e p r e r e e e r b r r e re e e r e er Se r e m e 1 e 2 r e 2 r e ep b e e r b e e e e b e re r e er e r e b r r e e b r e e m r m r e e rti e m er e e e e r r e e e m r m r m e e e er e e empr e e e ebre ti e e p e e e r e m r e e pr p m r e mp e r b r reme p r e erme e r rrer e e e e p r p r e em pre er r e m e e e e e r e r r e e p Nº 111 / Septiembre 2017 NoticiaSEM | 07 Primera época: 1847-1862 2 Se e r 1 er e e er º 2 2 e e 1 er e e er º 1 Se repre e r e r e e r m r e e e mpe e Estudio de la Actividad Óptica 1 7 e r e NS e ti e pr b em pre e p r e em r er p r m p re eme e ti e r r p r r r m p ee e e ere e bre p r e r e e r r e p r r r e b e e p r e m e re rm e er e r mp m e r bre p r r e m r e p r m e r e r e m r p e e r rm e me e e me r e r Seuls les produits nés sous l’influence de la vie sont dissymétriques, cela parce qu’à leur élaboration président des forces cosmiques qui sont elles-mêmes dissymétriques re ber e b er e e em r e re r e b r p r ere e r r m e r m r prep r e b r r e r r m r e r e e e m r p e e e tir e rm m mer e e r e tie e m m e r r ere e e m e e e pe re e r e m re pe ti me e rm e r rm e r r e e e r er e r e e ere m r m e m e e r be e r r r me e m bem e ep er err e per me e ti r e p e p rti p r e ti e e r r e e e e e e r e e e e r p r e b er r 2 e e Fermentación r e pr p me e pr ti e m re er e e p b r er e er e re e r empre e e 1 e bre erme e e e e er e b re e p r e m me p r p r e pr b em pr ti e r e re e e pe br e beb e e e m e e e rm bre pr b em e e ti er e p re e re e eme e e pr p e r e p r e pr b em e b r r m r e e emp r e e e r re e pr e e erme er e p e e e er b p r er e e re e m p r erme e m e e 1 e r S b em r e p r erme e r e re er e e r e r e p e e r r e erme pti me e ti m e r e m r b e e e pr e p e tip e erme ti ti b r er pr p r m r r m e e m e e e pr e erme ti e r e r b alcoholic fermentation is an act correlated with the life and organization of the yeast cells, not with the death or putrefaction of the cells e e e e r e empe b tip e p pe e e e pr e er r r rr b r r e pr e e erme e ebe e e e e r e e e b e pr e m e ti e ti e r e e ebe pre e e r r m m b er e r re e pr b em e mp e m e me er emper r e r e e e m b e b er e e pr 1 e e 1 m e em e e e 1 mpre mper p b ebre r b bre Études sur le vin, ses maladies e p e r e r S e e e r b m r e r b m r e mp e e r e erme e For twenty years past I have been traveling along some of the paths opened up by you e r r S 1 7 http://www.delcampe.net/es/coleccionismo/ Nº 111 / Septiembre 2017 NoticiaSEM | 08 Refutación de la teoría sobre la generación espontánea 1 7 e r re r NS m re r e e ti e bre erme e b r re e e m r e e ti e e b e e r bre e er e p e e e p e e e r e r e p r b r r e e m pr e e e b re per e er r e pe e me e e r b r e per me e p r er re e e ti e pr e e e e m r r m Se e er b e rm e p e e pr p pe e r b e e e e e e r b e pr re e e e e re e rr re me e e e e 1 0 em r e e e prem e 2 00 r e pr p r r pr eb e per me e e e p r r ti r re r e r e e er e p e e e r e prem e 1 2 mpr b e e r e e er e p e er err e p r me e er e e e e e e per me e p re er re per r p r e p r m e e re mp re e e S e p r m r r m re e e e m r e e e e e p r e r m e me e ti rep ti e per me S e br m e er r er eb e e b r e p er rme e e rep b er e r ti e e m e e e e pr p p r e e e er e p e eb e e r r b e e r e 1 70 pe r e e m e em e e ep me e re e e r e 1 er r mp me r e e per me e e e mp e r b e r m r e e e e e Se e 1 er e e er º 01 e e e mpe e Se e SS 1 2 er e e er º 2 Se e S e 200 e º ebre p br Caballeros, yo pudiera señalar a ese líquido [estéril] y decirles: He tomado mi gota de agua de la inmen- sidad de la creación, y la he tomado llena de los elementos convenientes para el desarrollo de seres inferiores. Y espero, observo, inquiero de ella, suplicándole que comience de nuevo para mí el hermoso espectáculo de la primera creación. Pero está muda... muda desde el mismo comienzo de estos experimentos hace varios años; está muda porque la he mantenido alejada de la única cosa que el hombre no puede producir -de los gérmenes que se alimentan en el aire- de la vida, porque la vida es un germen y un germen es vida. Nunca se recobrará la doctrina de la generación espontánea del golpe mortal de este sencillo experimento Descubrimiento de los microorganismos anaerobios S r b e erme e e br e e e e pr re e br b r e r p re er e pre e e e re e e e r e e e r b e 1 1 e r Animalcules infusoires vivant sans gaz oxygène libre et déterminant des fermentations, …l’acomppagne, c’ést que ces animancules infusoires vivent et se multiplient à le infini sans qui’l soit nécessairede leur fournir la plus petite quantité d’air ou d’oxygène libre e r b e b ere e tip m r r m e b e epe e e e er b er b ti er b B http://www.delcampe.net/es/coleccionismo/ Nº 111 / Septiembre 2017 NoticiaSEM | 09 Segunda época: 1863-1877 Pasteurización 1 e r p e r e r e e m e e e e r e r e m eb re e e erme e me e b pre e e e r m e e r b e pr e p r me e m N b e e r ti m r p e br e r m er e e e e pr e e er p b e e m r e b r m e e r ti e e r e me e erm emper r e re 0 º 100 º r e tiemp bre e ti b m r r m e e r pe b me e pr e m e e re b e mbre e p e r 1 e re e pr p per p er rme e e pr b e e e pr e r e e e r e m pr me ti e er e re e r p r e e m m em m b e er e me e e e emper r e e emb e r e e r e b er p e e p e e er e mp e erme er r e r r mp e e p e r mp eme p r e er re e N pper re e re m e e r r me r N p e e r e mp r e ti e bre e r b pr mer e rb p er rme e e empre e e r r e br e e e me r emper r º p r rr r r er ti r pti e Investigaciones sobre enfermedades de los gusanos de seda e r b r ti r e r r e e e e b e r p r m er e erme e b e e re m b e e r e r e b e e per p r p r e ti r re e r m m r p pr e e erme e r e r e r e re e e e rme pr e e e p e b m e p r e e erme e e e m pebr b pr p r e ep m S e r e er e e m r p e r p r e r b er e e erm e m r p e er r m re p b e e e erme e r e re 1 1 71 p r e p r e e per me r r em r e pebr er mb ere r e e e e e er me bre e e e erm p r er e e e e bre e m r p r er e p e e e m r e e e e e re r r e e e pe b e e e p e e e e erme e r e e r b r e erme ere e pebr e e m er e e e be e e e erme r pr p r e m per e e e e m Iflaviridae e e e m e rr b r e e m e erme e er eb e e e m r r m p e e e r b e e e r pr p e p m r b e e ep b e 201 Se repre e e pr e e p e r e e pr mer er e e er º 12 e e e mpe e http://www.delcampe.net/es/coleccionismo/ Nº 111 / Septiembre 2017 NoticiaSEM | 010 Teoría microbiana o germinal de las enfermedades r b e e r bre erme e er e p e er mp r e e e p r r b e e r p b e e r e e e e erme e er e pr e e erme e r er b e e erme r e p r e e e rme e pr e e e e e er r e r m e m m m e m r r m e e e e e erme e ep m e r m r b e e erme e m eb ti p r m e e e m e pr p e r m e e r er e e p pe e empe p r m r r m e e erme er e r re e mp r e e e r m m er p e e m r r me me e m re e p re r m e e r r e e pr m b r ti er e e r er m m N b e e e re e r e e e m r b e e b e er e e r r e rrer e e e e r p r e p r e r m e erme e e r re me b p r e m r m r r m e e e erme r e p r e r m e m ep er e e r b e e r e 1 7 mp eme m ti pti e r e er e r me r r mp er rb e em m e e b r r ti me e e e m er e p per r e ebr e 70 mp e e e r er e me As a matter of fact, there is no one living in the entire world to whom the medical sciences owe so much as they do to you… Thanks to you, surgery has undergone a complete revolution which has robbed it of its terrors and extended its efficacious powers almost without limit ep er r 27 embre e 1 2 e e r er r e e e er re b e ere e re m r r p r er e 1 prem e b er r 000 r e 1 70 e e m e em r e e e 1 7 pe e 1 7 e b er r N b e e re e er emp p r e e r r err me erebr e e p r p r me e er re me e e m r m e r b per re e e 1 1 p r ebre ti e r e 1 eb m r e e 2011 e r ep er S º 1 Nº 112 / Octubre 2017 NoticiaSEM | 07 La Microbiología en sellos Texto: Juan J. Borrego Universidad de Málaga jjborrego@uma.es VII. El padre de la Bacteriología: Louis Pasteur (II) En 1878, Pasteur estudió y descubrió las siguientes enfermedades: los es- tafilococos como agentes causales de los furúnculos y de la osteomielitis, los estreptococos implicados en las fiebres puerperales, y a los neumococos. Desde 1879 su preocupación fue buscar solu- ciones a los ganaderos con dos grandes enfermedades, el cólera aviar y el ántrax del ganado. Por la década de los 70 del siglo XIX, tuvo gran resonancia, en el Este de Francia, un método de curación del car- bunco (hoy se sabe que el agente pro- ductor es Bacillus anthracis) implantada por un veterinario, el Dr. Louvrier, que había curado centenares de reses que estaban al borde de la muerte. Los po- líticos franceses estimaban que ya era tiempo de que este tratamiento curati- vo recibiera la aprobación de la ciencia, y encomendaron a Pasteur que aproba- ra el procedimiento en 1878. Al llegar Pasteur, escoltado por sus ayudantes, se encontró que la cura de Louvrier con- sistía en “dar primero unas friegas vigo- rosas a las vacas enfermas, hasta que entrasen bien en calor; hacer después a los animales largos cortes en la piel, en los que vertía aguarrás, y finalmente, las vacas así tratadas (diríamos “maltrata- das”), eran recubiertas, a excepción de la cabeza, con una capa de dos dedos de grueso, de estiércol empapado en vi- nagre caliente. Para que esta untura no se cayera, los animales eran envueltos por completo con una tela”. Pasteur dijo a Louvrier: Hagamos un ex- perimento. Todas las vacas atacadas de carbunco no mueren, algunas se ponen buenas ellas solas. No hay más que un medio, Dr. Louvrier, de saber si es o no su tratamiento el que las salva. Trajeron 4 vacas sanas, y Pasteur, en presencia de Continuamos con el segundo número de esta serie dedicado a Louis Pasteur. Louvrier y de una solemne comisión de ganaderos, inyectó en la paletilla a los 4 ani- males sendas dosis de microorganismos virulentos del carbunco, en cantidad tal, que serían seguramente capaces de matar una oveja y lo suficientemente elevadas para destruir unas cuantas docenas de cobayas. Cuando, al día siguiente, volvieron Pasteur, la Comisión y Louvrier, todas las vacas presentaban grandes hinchazones en las paletillas, tenían fiebre y respiraban fatigosamente, siendo evidente que se encontraban en bastante mal estado. Bueno, doctor– dijo Pasteur – de estas vacas enfermas, elija usted dos, que vamos a llamar la A y la B; aplíqueles usted su nuevo tratamiento, y vamos a dejar las otras dos, la C y la D, sin ningún tratamiento curativo. Y Louvrier se ensañó con las pobres vacas A y B. El resultado fue un terrible desca- labro para el que pretendía ser curandero de vacas, porque una de las sometidas a tratamiento se mejoró, pero la otra murió, y, una de las que no había sido tratada también murió, pero la otra se recuperó. Aún este mismo experimento podía haber- nos engañado, doctor Louvrier – dijo Pasteur – porque si hubiera usted sometido a tra- tamiento a las vacas A y D. en lugar de las A y B, todos hubiéramos creído que realmente había usted descubierto un remedio soberano contra el carbunco. Quedaban disponi- bles dos vacas para ulteriores experimentos: animales que habían tenido un fuerte ataque de carbunco, pero que habían salido adelante, ¿qué hacer con esas vacas? se preguntaba Pasteur, podía ensayar a inyectarlas una dosis aún más fuerte de bacilos de carbunco; precisamente, tengo en París un cultivo de carbunco capaz de hacer pa- sar un mal rato a un rinoceronte. Pasteur hizo traer de París ese cultivo virulento, e inyectó en la paletilla cien gotas del mismo a las dos vacas repuestas del ataque de carbunco. Se puso a esperar, pero a aquellos animales no les sucedió nada, ni una inflamación siquiera en el sitio de la inyección;las vacas permanecieron comple- tamente indemnes. Pasteur hizo una de sus conjeturas de tiro rápido: Cuando una vaca ha tenido carbunco y sale adelante, no hay en el mundo microbio carbuncoso ca- paz de producirle otro ataque; está inmunizada. ¿Cómo producir a un animal un ataque ligero de carbunco, un ataque benigno, que no le matase, pero que le inmunizase con toda seguridad? Debe de existir alguna manera de hacer ésto. Un descubrimiento casual en el gallinero: atenuación de los microorganismos Meses enteros persiguió esta pesadilla a Pasteur, hasta que en 1880 Pasteur hizo un gran descubrimiento. Desde 1879, Pasteur estaba trabajando con la enferme- dad del cólera aviar, que era producida por un microorganismo pequeñísimo, des- cubierto por el Dr. Edoardo Perroncito en 1878 (hoy se sabe que el agente produc- tor es Pasteurella multocida, Trevisan 1887). Pasteur obtuvo cultivos puros de esta bacteria, en un caldo de carne de gallina, y puso una gota de ese cultivo en una corteza de pan, que dio a comer a una gallina. A las pocas horas, el pobre animal dejó de cacarear, rehusó comida, se le erizaron las plumas, y al día siguiente andaba vacilante, con los ojos cerrados por una especie de sopor invencible, que se convir- tió rápidamente en la muerte. Roux y Chamberland, ayudantes de Pasteur, se ocu- paron de subcultivar día tras días el microorganismo, hasta que las mesas del labo- ratorio llegaron a estar atestadas de cultivos abandonados, algunos, viejos de unas cuantas semanas. Aquí se hizo la luz. Pasteur dijo a Roux: Sabemos que los microbios de las gallinas siguen viviendo en este matraz aunque tengan ya varias semanas; pero Tercera época: 1878-1886 Nº 112 / Octubre 2017 NoticiaSEM | 08 vamos a probar de inyectar de este viejo cultivo a unas gallinas. Roux siguió estas instrucciones, y las gallinas enfermaron rápidamente, se volvieron soñolientas y perdieron su acostumbrada vivacidad, pero a la mañana siguiente, cuando Pasteur llegó al laboratorio, dispuesto a hacer la disección a los animales (esto es una licencia, ya que a Pasteur le daba miedo diseccionar a los animales), en la seguridad de que habrían muerto, las encontró perfectamente felices y ale- gres. Al día siguiente, después de dejar a las gallinas a cargo del portero, Pasteur, Roux y Chamberland se fueron de vaca- ciones de verano, y cuando regresaron ya no se acordaban de aquellas aves. Pero un día dijo Pasteur al mozo del laboratorio: Traiga usted unas cuantas gallinas y prepárelas para inocularlas. Monsieur Pasteur, sólo nos quedan un par de gallinas que no han sido utilizadas to- davía. Acuérdese usted de que antes de marchar utilizó las mismas que quedaban, inyectándoles los cultivos viejos, y, aunque enfermaron, no llegaron a morirse. Bueno; traiga usted la pareja nueva que queda, y también otras de las que ya hemos utiliza- do; aquellas que pasaron el cólera y que se salvaron. Un ayudante inyectó en los músculos de la pechuga de las gallinas nuevas y de las que habían pasado el cólera caldo que contenía los microor- ganismos. Cuando, al día siguiente, en- traron Roux y Chamberland al laborato- rio, oyeron la voz del jefe, que siempre llegaba una hora antes o así, que desde el cuarto del piso inferior destinado a los animales, les gritaba: Roux, Cham- berland: bajen ustedes enseguida. Encon- traron a Pasteur dando paseos delante de las jaulas de las gallinas. Miren uste- des. Las gallinas nuevas inyectadas ayer están muertas, como así debía suceder, pero vean ustedes ahora esas otras dos que pasaron el cólera después de haber recibido el mes pasado una inyección de cultivo viejo. Ayer les inyectamos la misma dosis mortífera, y la han soportado perfec- tamente, están alegres, están comiendo!. Roux y Chamberland quedaron perple- jos durante un segundo. Entonces Pas- teur, con su característica impulsividad, se desató: Ya está todo aclarado! Ya he encontrado la manera de conseguir que un animal enferme ligeramente, tan ligera- mente, que le sea posible reponerse. Todo lo que tenemos que hacer es dejar enveje- cer en los matraces los cultivos virulentos, en lugar de transplantarlos a diario a otros nuevos. Cuando los microbios envejecen se vuelven menos feroces; hacen enfer- mar a las gallinas pero sólo levemente, y al curarse éstas pueden entonces soportar todos los microbios del mundo, por viru- lentos que sean. Esta es nuestra oportu- nidad, este es el más notable de todos mis descubrimientos, lo que he hallado es una vacuna mucho más segura, mucho más científica que la de la viruela, enfermedad de la que nadie ha visto el microbio. Va- mos a aplicar también este procedimiento al carbunco, a todas las enfermedades in- fecciosas. Salvaremos muchas vidas!. La lucha contra el ántrax El ántrax, una enfermedad grave para los humanos y que podía arrasar con poblaciones enteras de animales de granja, era causada por una bacteria que en 1876 fue cultivada y descri- ta por Robert Koch (Untersuchungen über Bakterien: V. Die Ätiologie der Milzbrand-Krankheit, begründet auf die Entwicklungsgeschichte des Baci- llus anthracis) Pasteur comentó a sus ayudantes: Quien pudiera prevenir la en- fermedad no sólo salvaría vidas, sino que también se haría rico. Pasteur contaba entonces con 58 años y el descubrimiento accidental de la vacu- na contra el cólera aviar fue el comienzo de los 6 años más atareados de su exis- tencia, años de tremendas discusiones, de triunfos inesperados y de desenga- ños terribles. Pasteur atenuó cultivos de B. anthracis mediante calentamiento a 43ºC y oxigenación, y al fin, tomó la decisión de jugársela: Ante la Sociedad Agrícola de Melum, y en la granja de Poui- lly-le-Fort, voy a vacunar veinticuatro ove- jas, una cabra y varias vacas. Otras tantas ovejas, una cabra y varias vacas quedarán sin vacunar, y después, en el momento pre- ciso, voy a inyectar a todos estos animales los microbios de carbunco más virulentos de que dispongo. Los animales vacunados quedarán perfectamente protegidos, pero los no vacunados morirán seguramente a los dos días. Por fin, llegó el día decisivo, 31 de mayo de 1881, y todas las cuarenta y ocho ovejas, las dos cabras y las varias vacas, vacunadas y no vacunadas, reci- bieron una dosis, seguramente mortal, de virulentos microorganismos de car- bunco. Roux, arrodillado en el suelo y rodeado de lamparillas de alcohol y matraces, asombró a la multitud con su técnica tranquila e impecable, inyectan- do el venenoso caldo a más de sesenta animales. Pasteur pasó aquella noche dando vueltas en la cama, levantándo- se cincuenta veces, consciente de que toda su reputación científica reposa- ba en esta delicada prueba, dándose cuenta, al fin, de que había cometido la imprudencia y la valentía de consen- tir que un público frívolo fuese juez de su ciencia. Era un evento histórico. Allí había consejeros generales, senadores, elevados dignatarios, etc. (licencia: todas esas personas que sólo se dejan ver en las bodas y los funerales de reyes y príncipes). A las dos de la tarde entraron Pasteur y su séquito en el campo y hubo una ovación imponente; ni una sola de las veinticuatro ovejas vacunadas tenía fie- bre: comían y triscaban como si siempre hubieran vivido a miles de kilómetros de un bacilo de carbunco pero, en cambio, veintidós animales de los no vacunados habían muerto y a los otros dos poco les faltaba. Mirad! Ahora cae otra de las ovejas no vacunadas por Pasteur!– gritó un veterinario, impresionado por el es- pectáculo. Pasteur anunció que había descubierto una vacuna contra el carbunco, que fue capaz de inmunizar a 31 animales. Re- cientes estudios de sus notas de campo han revelado que Pasteur había exage- rado y manipulado los datos reales. Nº 112 / Octubre 2017 NoticiaSEM | 09 Hojas Bloques de Guinea-Bissau (2015. Yvert et Tellier B110) y S. Tome e Principe (2003. Yvert et Tellier B548). Experimentos de Pouilly-le-Fort.Hay un error en las figuras, parece que Pasteur es el que inocula a la oveja (Pasteur odiaba tratar con los animales, fue Roux quien inoculó el microorganismo). Vacuna contra la rabia El primer ensayo en humanos de una vacuna fue otro hito, aunque cuando Pasteur escribió sobre sus experimentos después, volvió a exagerar, diciendo que había hecho más pruebas en animales de los que había hecho en realidad. En el año 1885 con- centró su atención en la rabia, una enfermedad mortal con síntomas horribles que causa una muerte lenta y dolorosa. Tras ex- perimentar con la saliva de animales afectados por la enfermedad, Pasteur llegó a la conclusión de que la enfermedad residía en los centros nerviosos: inyectando un extracto de la médula espinal de un perro rabioso a animales sanos, éstos mostraban síntomas de rabia. Estudiando los tejidos de animales infectados, sobre todo de conejos, Pasteur encontró un método seguro para atenuar el virus: inocular la enfermedad en conejos y, tras su muerte, someter a desecación las médulas de los conejos, de las que podían obtenerse extractos cada vez menos virulentos a medida que avanzaba el tiempo de desecación. Había de- sarrollado una forma atenuada del agente causal (hoy sabemos que es un Rhabdovirus) que podía emplearse en vacunaciones. Pasteur había ensayado esa vacuna en perros, pero le preocupaba hacerlo en humanos. Hoja Bloque de la República Popular del Congo de 2006 (Yvert et Tellier nº 1778). Experimentos de atenuación del virus de la rabia utilizando conejos. Nº 112 / Octubre 2017 NoticiaSEM | 010 En julio de 1885 se le presentó a Pasteur el caso de Joseph Meister, un pastorcito de 9 años que había sido atacado por un perro rabioso en una aldea de Alsacia, Francia. El médico del lugar temió por su vida y decidió enviarlo a París para que lo examinara el famoso científico. Pasteur quedó impresiona- do por las 12 o más mordeduras profundas que el niño mos- traba en manos y piernas. Ese mismo día el doctor Jacques Grancher, colega de Pasteur, le inyectó a Joseph líquido ce- falorraquídeo tomado de la médula espinal de un conejo que había muerto de rabia 15 días antes. Joseph, fue llevado a un alojamiento y se inició una prolongada y angustiosa espera, cada día se le administraban una inyección más potente al niño. En los últimos días del tratamiento, escribió después Pasteur, le inoculé el germen más virulento que pude obtener: el de un perro… Mi justificación era la experiencia que había tenido con 50 perros rabiosos. Una vez que se ha adquirido la inmunidad, hasta el peor virus se puede inyectar sin efectos dañinos. Al cabo de dos semanas y aún sin resolverse el destino de Joseph, Pasteur no pudo soportar más la espera y se tomó unas bre- ves vacaciones en la provincia de Borgoña. Viví cada día con el temor de recibir un telegrama que me dijera que había ocurrido lo peor, escribiría después; pero el telegrama nunca llegó y Pasteur regresó a París para enterarse de que el niño se había recuperado por completo. Durante los 18 meses siguientes, unas 2.500 personas fueron curadas por Pasteur con el mis- mo tratamiento, tras haber sido mordidas por animales rabio- sos, sobreviviendo todas menos diez. Hoja Bloque de Sierra Leona. 2015. Se representa los dos sellos inferiores la inoculación de Joseph Meister y a Pasteur mirando la médula espinal seca de un conejo. Catálogo Yvert et Tellier nº 110ª (fuente delcampe.net). Hoja Bloque de la República de Togo. 2015. Campaña de vacuna- ción contra la rabia en Paris (1886-1887). Catálogo Yvert et Tellier nº B1210. Mónaco. 1972. Yvert et Tellier nº 913. Brasil 1995. Yvert et Tellier nº 2525 http://www.delcampe.net/es/coleccionismo/ Nº 112 / Octubre 2017 NoticiaSEM | 011 Fundación del Instituto Pasteur La gente estaba desesperada porque querían vacunarse contra la rabia. Si Pasteur quería satisfacer esa deman- da y continuar con sus investigaciones sobre nuevos tratamientos, requería de ayuda. Por ello, hizo un llamamiento in- ternacional para que le donaran fondos y estableció una organización de cari- dad, el Instituto Pasteur, cuyo propósito era continuar la investigación sobre las enfermedades infecciosas. Él mismo iba a visitar a quienes creía que le podían ayudar. Una tarde se presentó en casa de la viuda Boucicaut, propietaria de los grandes almacenes Bon Marché. La criada que le abrió la puerta le comu- nicó que la señora no recibía a nadie. Pasteur insistió tanto, que la criada fue a avisar a la señora. Cuando regresó, preguntó: ¿Es usted el señor Pasteur, el de la rabia?, El mismo, le respondió. Pues en- tre usted, que la señora le recibirá. Ante la señora Boucicaut, Pasteur explicó con entusiasmo su proyecto: un instituto en el que sabios de diversos países investi- garían los secretos de la vida y la mane- ra de combatir las enfermedades. Ya sé que parece una utopía, pero es necesario para la humanidad y eso, señora, requiere dinero. Cualquier suma con la que usted pueda contribuir será bien recibida por pequeña que sea. La señora Boucicaut sonrió, se dirigió a una cómoda y de uno de sus cajones extrajo un libro de che- ques. Firmó uno y lo entregó a Pasteur. Éste lo miró, se echó a llorar y abrazo a la señora Boucicaut, que también lloró emocionada. El cheque, de un millón de francos, fue el inicio del Instituto Pas- teur, que se inauguró en 1887. Cuarta época: 1887-1892 Instituto Pasteur de Paris. Francia 1997. Catálogo Yvert et Tellier nº B12102056. El Instituto fue inaugurado por el presidente de Francia Sadi Carnot, y en su discur- so inaugural, dijo: Insto a Uds a interesarse en los sagrados dominios de los laborato- rios, que son los templos del futuro. Allí es donde la humanidad crecerá y se fortalecerá. Desde su creación en 1888, el Instituto Pasteur ha abierto las sedes en diferentes zonas del planeta: - 1891: Nha Trang (Vietnam), primer director Albert Calmette. Vacunas contra la rabia y la viruela. - 1900: Antananarivo (Madagascar). Georges Girard y Jean Robin desarrollaron en estas instalaciones una vacuna contra la peste. - 1900: Alger (Algeria). Dres. Sergent. Lucha contra la rabia y tuberculosis. - 1905: Túnez. - 1923: S. Petersburgo (Rusia), primer director Adrien Loir. Lucha contra la rabia, asociado con el Instituto de Medicina Experimental de Rusia. - 1932: Dakar (Senegal). Jean Laigret desarrolló una vacuna contra la fiebre ama- rilla. - 1940: Cayena (Guayana Francesa). Tratamiento de la lepra y epidemiología de la fiebre amarilla y malaria. - 1946-1958: Phnom Penh (Camboya). Enfermedades tropicales y zoonosis. - 1954: Noumea (Nueva Caledonia). Fiebres dengue y arbovirus. - 1961: Bangui (República Centroafricana). Arbovirus. - 1972: Costa de Marfil. Técnicas diagnósticas rápidas de arbovirus y enterovirus. - 1989: Creación del Institut Pasteur International Network. - 2000: Hong-Kong, en asociación con la Universidad de Hong-Kong. Estudio de virosis que representen riesgos para la salud en China: SARS, gripe, AIDS, dengue y hepatitis C. - 2002: Niger en asociación con el CERMES (Center for Medical and Health Research). Meningitis bacteriana, malaria y HIV/AIDS. - 2006: Montevideo (Uruguay). - 2008. Bruselas (Bélgica). Asociación del Instituto Pasteur con el Instituto Jules Bordet creado en 1901. - 2012: Vientiane (Laos). Enfermedades infecciosas y parasitarias. - 2016: Conakry (República de Guinea). Estudios sobre el ébola. Diversos sellos conmemorativos de las sedes del Instituto Pasteur. Izquierda: República Centroafricana. 1961. Catálogo Yvert et Tellier nº 13. Derecha: Túnez. 1987. Catálogo Yvert et Tellier nº 922. Nº 112 / Octubre 2017 NoticiaSEM | 012 Diversos sellos conmemorativos de las sedes del Instituto Pasteur. Izquierda: Nueva Caledonia. 1997. Catálogo Yvert et Tellier nº 563. Derecha: URSS. 1963. Catálogo Yvert et Tellier nº 2733. De sus instalaciones han salido brillantes investigadores, contando,hasta ahora, con 10 Premios Nóbel en Fisiología y Me- dicina: Alphonse Laveran (1907), Elie Metchnikoff (1908), Jules Bordet (1919), Charles Nicolle (1928), Daniel Bovet (1957), Andre Lwoff (1965), Jacques Monod (1965), François Jacob (1965), Françoise Barré-Sinoussi (2008) y Luc Montagnier (2008). El último gran reto: la erradicación de la difteria Uno de los primeros éxitos del Instituto Pasteur, pero el último de su creador, fue la lucha contra la difteria, una gran amenaza para la infancia. Dos de los primeros científicos que Pasteur contrató fueron sus antiguos asistentes Emile Roux y Alexandre Yersin, quiénes identificaron que la difteria causaba la enfermedad por medio de la síntesis de toxinas. Ese trabajo fue clave para encontrar un tratamiento y eventualmente una vacuna. Pasteur continuó dirigiendo el Instituto en París, pero su salud se fue deteriorando. Tras otro derrame, su parálisis empeoró, y murió a los 72 años de edad. Francia lo trató como un héroe nacional. Fue enterrado en la catedral de Notre-Dame. El año siguiente trasladaron sus restos a una cripta construida especialmente en el Instituto Pasteur. Roux. Cabo Verde. 1990. Catálogo Michel nº 595. Yersin. Francia. 2013. Catálogo Yvert etTellier nº 4799.
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