(Libertad y cambio) Umberto Eco - Cómo se hace una tesis _ ténicas y procedimientos de estudio, investigación y escritura-Gedisa (1987) - Nancy Vallarta

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Umberto Eco 
UííATESIS 
d e investigólo^ estudioyescntura 
Umberto Eco 
CÓMO SE HACE UNA TESIS 
Colección Libertad y Cambio 
Sene Práctica 
CÓMO SE HACE UNA 
TESIS 
Técnicas y procedimientos de estudio, 
investigación y escritura 
por 
Umberto Eco 
vers ión ca s t e l l ana de 
LUCÍA BARANDA y 
ALBERTO CLAVERÍA IBÁÑEZ 
Título del original italiano: 
Come si fu una tesi di laurea 
© Tascabili Bompiani, 1977 
Diseño de cubierta: Mar tha Rourich 
24" Reimpresión en México, 2000 
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para esta edición 
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Impreso en Cía. Editorial ElectroComp, S.A. de C.V. 
Impreso en México 
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impresión, en forma idéntica, extractada o modificada, en castellano o 
cualquier otro idioma. 
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Í N D I C E 
I N T R O D U C C I Ó N 1 3 
I . Q U E E S U N A T E S I S D O C T O R A L Y P A R A 
Q U E S I R V E 1 8 
1 . 1 . Por qué hay que hacer una tesis y en 
qué consiste 1 8 
1 .2 . A quién interesa este l ibro 2 2 
1 .3 . C ó m o una tesis sirve también después 
del doctorado 2 3 
1.4 . Cuatro reglas obvias 2 5 
I I . L A E L E C C I Ó N D E L T E M A 2 7 
I I . 1. ¿Tesis monográfica o tesis panorámi-
ca? 2 7 
11 .2 . ¿Tesis histórica o tesis teórica? 3 2 
1 1 . 3 . ¿Temas c lás icos o t e m a s contemporá-
neos 3 5 
II . 4 . ¿Cuánto t i empo se requiere para hacer 
una tesis? 3 7 
II . 5 . ¿Es necesario conocer id iomas ex-
tranjeros? 4 2 
I I . 6 . ¿Tesis científ ica o tesis polít ica? 4 7 
1 1 . 6 . 1 . ¿Qué es la cientificidad? 4 7 
1 1 . 6 . 2 . ¿Temas histórico-teóricos o ex- 5 4 
periencias «en caliente»? 
1 1 . 6 . 3 . Cómo transformar un tema de 
actualidad en tema científico 5 7 
II .7. C ó m o evitar ser explotado por el po- 66 
nente 
III . LA B Ú S Q U E D A D E L MATERIAL 69 
III . 1. La acces ibi l idad de las fuentes 69 
III .1 .1 . Cuáles son las fuentes de un tra-
bajo científico 69 
III . 1.2. Fuentes de primera y segunda 
mano 75 
III .2 . La invest igación bibliográfica 79 
III . 2 .1 . Cómo usar una biblioteca 79 
111 .2.2. Cómo afrontar la bibliografía: el 
fichero 84 
111 .2 .3 . La referencia bibliográfica 89 
CUADRO 1 - RESUMEN DE LAS RE-
GLAS DE LA CITA BIBLIOGRÁFICA 106 
CUADRO 2 - EJEMPLO DE FICHA BI-
BLIOGRÁFICA 108 
111.2.4. La biblioteca de Alessandria: un 
experimento 109 
CUADRO 3 - OBRAS GENERALES SO-
BRE EL BARROCO ITALIANO LOCA-
LIZADAS EXAMINANDO TRES TEX-
TOS DE CONSULTA 120 
CUADRO 4 - OBRAS PARTICULARES 
SOBRE LOS TRATADISTAS ITALIA-
NOS DEL SEICENTO LOCALIZADAS 
EXAMINANDO TRES TEXTOS DE 
CONSULTA 122 
111 .2 .5. ¿Hay que leer los libros? ¿Y en 
qué orden? 133 
IV. E L PLAN D E TRABAJO Y LAS FICHAS 137 
IV. 1. El índice c o m o hipótes is de trabajo 137 
IV .2. F ichas y anotac iones 146 
IV . 2 . 1 . Varios tipos de ficha y para qué 
sirven 146 
CUADRO 5 - FICHAS PARA CITAS 1 5 0 
CUADRO 6 - FICHAS DE RECUERDO 152 
IV .2.2. Fichas délas fuentes primarias 155 
IV.2.3 . Las fichas de lectura 158 
CUADROS 7-14 - FICHAS DE LECTU-
RA 158 
IV.2.4. La humildad científica 174 
V. LA REDACCIÓN 177 
V . l . ¿A quién se habla? 177 
V.2. C ó m o se habla 179 
V.3 . Las c i tas 188 
V.3 .1 . Cuándo y cómo se cita: diez re-
glas 188 
CUADRO 15 - EJEMPLO DE ANÁLISIS 
CONTINUADO DE UN MISMO TEX-
TO 198 
V.3.2. Citas, paráfrasis y plagio 199 
V.4. Las notas a pie de página 201 
V.4 .1 . Para qué sirven las notas 201 
V A2. El sistema cita-nota 204 
CUADRO 16 - EJEMPLO DE UNA PÁ-
GINA CON EL SISTEMA CITA-NOTA 207 
CUADRO 17 - EJEMPLO DE BIBLIO-
GRAFÍA STANDARD CORRESPON-
DIENTE 208 
V .4.3. El sistema autor-fecha 209 
CUADRO 18 - LA MISMA PÁGINA DEL 
CUADRO 16 REFORMULADA SE-
GÚN EL SISTEMA AUTOR-FECHA 213 
CUADRO 19 - EJEMPLO DE BIBLIO-
GRAFÍA CORRESPONDIENTE CON 
EL SISTEMA AUTOR-FECHA 214 
V.5 . Advertencias , t rampas y costumbres . . . . 215 
V.6 . El orgul lo científ ico 219 
V I . L A R E D A C C I Ó N D E F I N I T I V A 223 
VI. 1. Los criterios gráficos 223 
VI . 1.1. Márgenes y espacios 223 
VI. 1.2. Subrayados y mayúsculas 225 
VI. 1.3. Parágrafos '.. '. 228 
VI. 1.4. Comillas y otros signos 229 
VI. 1.5. Signos diacríticos y traslitera-
ciones 234 
CUADRO 20 - CÓMO TRASLITERAR 
ALFABETOS NO LATINOS 237 
VI.1.6. Puntuación, acentos, abreviatu-
ras 239 
CUADRO 21 - ABREVIATURAS MÁS 
USUALES 242 
VI. 1.7. Algunos consejos desordenados 244 
VI.2 . La bibliografía final 250 
VI .3 . Los apéndices 254 
VI.4. El índice 257 
CUADRO 22 - MODELOS DE ÍNDICE 260 
V I L C O N C L U S I O N E S 265 
Nota de los traductores 
El presente libro está en principio dirigido al público uni-
versitario italiano. En consecuencia, abundan en él las refe-
rencias a la vida, la lengua y la cultura italianas. No nos ha 
parecido necesario cargar de escolios este tipo de referen-
cias (sobre los tipos de tesis, las relaciones con el profesor, el 
funcionamiento de la universidad en Italia...) para acomo-
darlas a España; el lector sabrá corregir su visión adaptán-
dola a la propia situación. 
Hemos renunciado a la adaptación, además, por conside-
rar que los temas escogidos y desarrollados por Eco a modo 
de ejemplos corresponden al talante intelectual del autor y 
reflejan sus filias y sus fobias. Sin embargo, nuestro criterio 
ha sido flexible, pues en los casos en que se imponía la 
comprensión de un ejemplo o una serie de ellos, lo hemos 
trasladado del ámbito de la cultura italiana al de la hispana 
(dando en nota el original cuando nos ha parecido signifi-
cativo). 
En el capítulo de observaciones técnicas hemos acomoda-
do algunos consejos del autor a nuestros usos para que el 
libro conserve en todo momento su condición de manual 
práctico. 
INTRODUCCIÓN 
1. H u b o u n t i e m p o en q u e la u n i v e r s i d a d e ra u n a 
u n i v e r s i d a d de é l i t e . Sólo i ban a e l la los hi jos de los t i tu -
l a d o s . Sa lvo r a r a s excepc iones , los q u e e s t u d i a b a n d ispo-
n í a n de t odo el t i e m p o q u e n e c e s i t a r a n . La u n i v e r s i d a d 
e s t a b a c o n c e b i d a p a r a ded i ca r s e a el la con c a l m a : c ie r to 
t i e m p o p a r a el e s t u d i o y c ie r to t i e m p o p a r a las «sanas» 
d ive r s iones go l i a rd i cas o p a r a las a c t i v i d a d e s en los orga-
n i s m o s r e p r e s e n t a t i v o s . 
Las c lases e r a n conferenc ias p res t ig iosas , y a cont i -
n u a c i ó n los e s t u d i a n t e s m á s i n t e r e sados se a p a r t a b a n con 
los profesores y los a y u d a n t e s en s e m i n a r i o s s e p a r a d o s de 
d iez o q u i n c e p e r s o n a s c o m o m á x i m o . 
Aun hoy en m u c h a s u n i v e r s i d a d e s n o r t e a m e r i c a n a s 
u n c u r s o j a m á s t i ene m á s de d iez o ve in te e s t u d i a n t e s 
(que p a g a n m u y c a r o y t i enen d e r e c h o a «usar» al ense-
ñ a n t e t o d o lo q u e q u i e r a n p a r a d i scu t i r con él). E n univer -
s i d a d e s c o m o Oxford h a y u n profesor , l l a m a d o tutor, q u e 
se o c u p a de las tesis de inves t igac ión de u n g r u p o reduc i -
d í s i m o de e s t u d i a n t e s (puede sucede r q u e se cu ide de u n o 
o dos al año) y s igue d ía a d ía su t r a b a j o . 
Si ta l fuese la s i t uac ión i t a l i ana , n o h a b r í a neces idad 
de e sc r ib i r es te l ib ro ; si b ien a lgunos de los consejos q u e 
d a p o d r í a n c o n v e n i r t a m b i é n al e s t u d i a n t e «ideal» a n t e s 
e s b o z a d o . 
Pe ro la u n i v e r s i d a d i t a l i a n a es hoy d íau n a universidad 
13 
de masas. L l egan a e l la e s t u d i a n t e s de t o d a s c lases , p rove-
n i e n t e s de t odos los t ipos de e n s e ñ a n z a m e d i a y q u e inclu-
so se m a t r i c u l a n en filosofía o en filología c lás ica p rov i -
n i e n d o de u n i n s t i t u t o t écn ico en q u e j a m á s h a n c u r s a d o 
g r i ego , e i nc lu so ni s i q u i e r a l a t ín . Y si b i en es c i e r to q u e 
de p o c o s i rve el l a t í n p a r a m u c h o s t ipos de a c t i v i d a d , 
s i rve d e m u c h o a q u i e n e s e s t u d i a n filosofía y l e t r a s . 
H a y c u r s o s en q u e e s t á n m a t r i c u l a d a s m i l l a r e s de per -
s o n a s . El p rofesor conoce m á s o m e n o s a u n a t r e i n t e n a 
q u e a s i s t en con m á s f recuencia , y con a y u d a de sus cola-
b o r a d o r e s (beca r ios , a d j u n t o s , aux i l i a res ) cons igue h a c e r 
t r a b a j a r con c i e r t a a s i d u i d a d a u n c e n t e n a r . M u c h o s de 
el los son p u d i e n t e s , c r i a d o s en u n a fami l ia c u l t a y en con-
t a c t o con u n a m b i e n t e c u l t u r a l v ivaz , q u e p u e d e n p e r m i -
t i r se viajes i n s t ruc t ivos , . a s i s t en a los fest ivales a r t í s t i cos 
y t e a t r a l e s y v i s i t an pa í se s ex t r an j e ros . Luego v ienen los 
otros. E s t u d i a n t e s q u e a lo me jo r t r a b a j a n y se p a s a n el 
d í a en la of icina de censo de u n a p o b l a c i ó n de d iez mi l 
h a b i t a n t e s d o n d e sólo h a y p a p e l e r í a s . E s t u d i a n t e s q u e , 
d e s i l u s i o n a d o s de la u n i v e r s i d a d , h a n e leg ido la a c t i v i d a d 
po l í t i ca y p e r s i g u e n o t r o t i po de fo rmac ión , p e r o q u e an -
tes o d e s p u é s t e n d r á n q u e c u m p l i r el c o m p r o m i s o de la 
t es i s . E s t u d i a n t e s m u y p o b r e s q u e , t e n i e n d o q u e escoger 
u n e x a m e n , c a l c u l a n el p rec io de los d iversos t ex tos p re s -
c r i t o s y se d i cen : «este e x a m e n es de t a n t a s pe se t a s» , y de 
dos c o m p l e m e n t a r i o s e l igen el q u e cues t a m e n o s . Es tu -
d i a n t e s q u e en ocas iones a c u d e n a c lase y l u c h a n p o r en-
c o n t r a r u n s i t io en el a u l a a t i b o r r a d a ; y al final les gus ta -
r í a h a b l a r con el docen t e , p e r o h a y u n a cola de t r e i n t a 
p e r s o n a s y h a n de t o m a r el t r e n p o r q u e n o p u e d e n que -
d a r s e en u n ho t e l . E s t u d i a n t e s a q u i e n e s n a d i e h a expl ica-
d o j a m á s c ó m o se b u s c a u n l ib ro en u n a b ib l io t eca y en 
q u é b ib l i o t eca : f r e c u e n t e m e n t e no s aben q u e p o d r í a n en-
c o n t r a r l ib ros en la b ib l io t eca de su c i u d a d o i g n o r a n 
c ó m o se s aca u n a t a r j e t a de p r é s t a m o . 
Los consejos de es te l ib ro e s t á n e s p e c i a l m e n t e des t ina -
dos a e l los . T a m b i é n va len p a r a el e s t u d i a n t e de e n s e ñ a n -
za . super ior q u e va a ir a la u n i v e r s i d a d y qu i s i e r a s a b e r 
c ó m o func iona la a l q u i m i a de la tes is . 
14 
A t odos es tos q u i s i e r a suge r i r es te l ib ro p o r lo m e n o s 
dos cosas : 
— Se p u e d e h a c e r u n a tesis digna a u n h a l l á n d o s e en u n a 
s i t u a c i ó n difícil, c a u s a d a p o r d i s c r i m i n a c i o n e s rec ien-
tes o r e m o t a s ; 
— Se p u e d e a p r o v e c h a r la ocas ión de la tesis ( a u n q u e el 
r e s t o del p e r í o d o u n i v e r s i t a r i o h a y a s ido des i lus ionan-
te o f rus t r an te ) p a r a r e c u p e r a r el s e n t i d o pos i t ivo y 
p rog re s ivo del e s t u d i o n o e n t e n d i d o c o m o u n a cosecha 
de noc iones , s ino c o m o e l a b o r a c i ó n c r í t i ca de u n a ex-
pe r i enc i a , c o m o a d q u i s i c i ó n de u n a c a p a c i d a d ( b u e n a 
p a r a la v ida fu tura) p a r a loca l iza r los p r o b l e m a s , p a r a 
a f ron t a r lo s con m é t o d o , p a r a expone r lo s s igu iendo 
c i e r t a s t écn icas de c o m u n i c a c i ó n . 
2 . Dicho es to , h a de q u e d a r c l a ro q u e el p r e s e n t e li-
b r o n o q u i e r e exp l i ca r «cómo se h a c e la inves t igac ión 
c ient í f ica» ni c o n s t i t u y e u n a d i scus ión teór ico-cr í t ica so-
b r e el va lo r del e s t u d i o . Se t r a t a s o l a m e n t e de u n a ser ie 
de c o n s i d e r a c i o n e s sob re c ó m o se l lega a p o n e r a n t e u n 
t r i b u n a l de d o c t o r a d o u n ob je to físico p r e sc r i t o p o r la ley 
y f o r m a d o p o r c i e r t a c a n t i d a d de p á g i n a s mecanogra f i a -
d a s , q u e se s u p o n e g u a r d a r á a l g u n a re lac ión con la disci-
p l i n a en q u e se d o c t o r a y q u e no s u m i r á al p o n e n t e en u n 
e s t a d o de do lo rosa es tupefacc ión . 
Q u e d e c l a ro q u e el l i b ro n o p u e d e dec i r q u é p o n e r en 
la tes is . Eso es a s u n t o vues t ro . El l ib ro os d i r á : (1) q u é se 
e n t i e n d e p o r tesis de d o c t o r a d o ; (2) c ó m o se escoge el 
t e m a y se d i s p o n e n los t i e m p o s de t r aba jo ; (3) c ó m o l levar 
a c a b o u n a b ú s q u e d a b ib l iográf ica ; (4) c ó m o o r g a n i z a r el 
m a t e r i a l e n c o n t r a d o ; (5) c ó m o d i s p o n e r m a t e r i a l m e n t e el 
t r a b a j o e l a b o r a d o . Y, f a t a l m e n t e , es p r e c i s a m e n t e es ta 
ú l t i m a la p a r t e m á s pro l i ja , a u n q u e p u e d a p a r e c e r la me-
nos i m p o r t a n t e : p o r q u e es la ú n i c a p a r a la cua l ex is ten 
r eg l a s b a s t a n t e e x a c t a s . 
3 . El t i po de tesis a q u e se hace referencia en es te 
l i b ro c o r r e s p o n d e a las q u e se e l a b o r a n en las facu l tades 
de h u m a n i d a d e s . D a d o q u e m i expe r i enc i a es tá a s o c i a d a 
15 
a l a s f acu l t ades d e filosofía y letras, es n a t u r a l q u e la 
m a y o r p a r t e de los e j emplos se re f ie ran a t e m a s q u e se 
e s t u d i a n en d i c h a s f acu l t ades . Pero , d e n t r o de los l ím i t e s 
q u e es t e l i b ro se p r o p o n e , los c r i t e r ios q u e aconse jo t a m -
b i é n c o n v i e n e n a las tes is n o r m a l e s de ciencias políticas, 
magisterio y jurisprudencia. Si se t r a t a de tesis h i s tó r i ca s o 
d e t e o r í a g e n e r a l y n o e x p e r i m e n t a l e s y p r á c t i c a s , el m o -
d e l o p r e s e n t a d o t a m b i é n func iona r í a en a r q u i t e c t u r a , 
e c o n o m í a y c o m e r c i o y a l g u n a s facu l t ades c ient í f icas . Pe-
r o n o os fiéis d e m a s i a d o . 
4 . M i e n t r a s e s t e l i b ro e s t á en p r e n s a , se d i s c u t e e n 
I t a l i a la r e f o r m a u n i v e r s i t a r i a . Y se h a b l a dé dos o t r e s 
n ive les d e g r a d u a c i ó n . 
C a b e p r e g u n t a r s e si e s ta r e f o r m a c a m b i a r á r a d i c a l -
m e n t e el c o n c e p t o m i s m o de tes is . 
Ahora b i en , si l lega a h a b e r m á s niveles de g r a d u a c i ó n 
s i g u i e n d o el m o d e l o en uso en la m a y o r í a de los pa í s e s 
e x t r a n j e r o s , se ver i f icará u n a s i t uac ión n o d i ferente de la 
q u e d e s c r i b i m o s e n el p r i m e r c a p í t u l o (1.1). E s t o es , t en-
d r e m o s tes is de l i c e n c i a t u r a (o de p r i m e r nivel) y tesis de 
d o c t o r a d o (o de s e g u n d o nivel) . 
Los conse jos q u e d a m o s en es te l i b ro conv ienen a a m -
b a s , y c u a n d o h a y a d i fe renc ias e n t r e u n o y o t r o t ipos de 
tes i s , s e r á n e x p l í c i t a m e n t e a c l a r a d a s . 
C r e e m o s , p u e s , q u e lo q u e se d ice en las p á g i n a s si-
g u i e n t e s t a m b i é n es a d e c u a d o de sde la p e r s p e c t i v a de la 
r e f o r m a , y es p e c i a l m e n t e de sde la p e r s p e c t i v a de u n a p r o -
l o n g a d a t r a n s i c i ó n h a c i a la v igenc ia de u n a e v e n t u a l 
r e f o r m a . 
5 . Cesa re Seg re h a le ído el l ib ro m e c a n o g r a f i a d o y 
m e h a d a d o sus conse jos . Pues to q u e he h e c h o ca so de 
m u c h o s y en o t r a s ocas iones m e he o b s t i n a d o en m i pos-
t u r a , él n o es r e s p o n s a b l e del p r o d u c t o final. N a t u r a l m e n -
te , le es toy a g r a d e c i d o de t o d o c o r a z ó n . 
6. U n a ú l t i m a a d v e r t e n c i a . El d i s cu r so q u e s igue a 
e s t a s p a l a b r a s se ref iere o b v i a m e n t e a e s t u d i a n t e s y es tu-
16 
d i a n t a s , así c o m o a profesores y p rofesoras . De todos m o -
dos , p u e s t o q u e la l e n g u a i t a l i a n a no p r o p o r c i o n a expre -
s iones n e u t r a s q u e s i r v a n p a r a i n d i c a r a a m b o s sexos (los 
a m e r i c a n o s i n t r o d u c e n g r a d u a l m e n t e person, p e r o se r ía 
r i d í c u l o dec i r «la p e r s o n a e s t u d i a n t e » o «la p e r s o n a doc-
t o r a n d o » ) , m e l i m i t o a h a b l a r s i e m p r e de estudiante, doc-
torando, profesor y ponente. S in q u e es te uso g r a m a t i c a l 
e s c o n d a u n a d i s c r i m i n a c i ó n sex i s ta . 1 
1. Pero en tonces se m e preguntará por qué no he ut i l i zado s i empre 
e s tud ianta , profesora, e tc . Porque trabajaba a base de recuerdos y expe-
r iencias personales y así m e identi f icaba mejor. 
17 
I. QUE E S U N A T E S I S DOCTORAL 
Y PARA QUE S I R V E 
1.1. Por qué hay que hacer una tesis y en qué consiste . 
U n a tes is de d o c t o r a d o es u n t r a b a j o m e c a n o g r a f i a d o 
de u n a ex t ens ión m e d i a q u e v a r í a e n t r e las c ien y las 
c u a t r o c i e n t a s p á g i n a s , en el cua l el e s t u d i a n t e t r a t a un 
p r o b l e m a re fe ren te a los e s t u d i o s en q u e q u i e r e d o c t o r a r -
se . S e g ú n la leg is lac ión i t a l i ana , la tesis es i n d i s p e n s a b l e 
p a r a d o c t o r a r s e . El e s t u d i a n t e , c u a n d o h a r e n d i d o todos 
los e x á m e n e s p r e s c r i t o s , p r e s e n t a la tesis a u n t r i b u n a l de 
d o c t o r a d o q u e e s c u c h a la expos ic ión del p o n e n t e (el p r o -
fesor c o n q u i e n «se hace» la tesis) y los c o m e n t a r i o s de los 
d e m á s m i e m b r o s , q u e p o n e n objec iones al d o c t o r a n d o ; 
s u r g e de el lo u n a d i scus ión en la q u e todos t o m a n p a r t e . 
De las p a l a b r a s de los d o s p o n e n t e s , q u e g a r a n t i z a n la 
c a l i d a d ( o los defectos) del t r a b a j o escr i to , así c o m o de la 
c a p a c i d a d de q u e d a p r u e b a el a s p i r a n t e p a r a so s t ene r las 
o p i n i o n e s e x p r e s a d a s p o r esc r i to , n a c e el ju ic io del t r ibu -
n a l . Po r o t r a p a r t e , c a l c u l a n d o la m e d i a del t o t a l de las 
n o t a s o b t e n i d a s en los e x á m e n e s , el t r i b u n a l a s i g n a u n a 
n o t a a la tes i s , q u e p u e d e ir de sde el m í n i m o de se sen ta y 
seis a u n m á x i m o de c i en to d iez , cum laude y pr iv i leg io de 
i m p r e s i ó n . Po r lo m e n o s e s t a es la reg la s e g u i d a en casi 
t o d a s las f acu l t ades i t a l i a n a s de h u m a n i d a d e s . 
U n a vez d e s c r i t a s las c a r a c t e r í s t i c a s «ex te rnas» del 
t r a b a j o y el r i t u a l en q u e se insc r ibe , t o d a v í a n o h e m o s 
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d i c h o m u c h o s o b r e la n a t u r a l e z a de la tes is . S o b r e todo , 
¿ p o r q u é la u n i v e r s i d a d i t a l i a n a exige , c o m o cond ic ión 
p a r a el d o c t o r a d o , u n a tes is? 
P iénsese q u e ta l c r i t e r io n o es s egu ido p o r la m a y o r í a 
d e las u n i v e r s i d a d e s n o i t a l i a n a s . E n a l g u n a s h a y va r ios 
n ive les de g r a d u a c i ó n q u e p u e d e n ser a l c a n z a d o s s in te-
sis; en o t r a s h a y u n p r i m e r n ive l , q u e m á s o m e n o s cor res -
p o n d e a n u e s t r a laurea, q u e n o d a d e r e c h o al t í t u lo de 
«doc to r» y q u e p u e d e se r a l c a n z a d o s e n c i l l a m e n t e con la 
ser ie de e x á m e n e s o con u n t r a b a j o de p r e t en s io n es m á s 
m o d e s t a s ; en o t r a s h a y d i ferentes niveles doc to ra l e s q u e 
r e q u i e r e n t r a b a j o s de v a r i a comple j idad . . . Pero p o r lo ge-
n e r a l la tes is p r o p i a m e n t e d i c h a se r e se rva p a r a u n a espe-
cie de superlaurea, el doctorado, al cua l sólo acceden los 
q u e q u i e r e n pe r fecc ionarse y e spec ia l i za r se c o m o invest i -
g a d o r e s c ient í f icos . Es t e t ipo de d o c t o r a d o t i ene va r ios 
n o m b r e s , p e r o de a q u í en a d e l a n t e nos r e fe r i r emos a él 
con u n a s igla ang losa jona de uso casi i n t e r n a c i o n a l , PhD 
(que significa Philosophy doctor, d o c t o r en filosofía, p e r o 
q u e d e s i g n a a t o d o t i po de doc to r e s de h u m a n i d a d e s , des-
d e el sociólogo h a s t a el profesor de gr iego; p a r a m a t e r i a s 
n o h u m a n í s t i c a s se e m p l e a n o t r a s s ig las , p o r e j emplo 
MD, Medicine doctor). 
A d e m á s del PhD h a y u n nivel m u y afín a n u e s t r a lau-
rea y q u e de a q u í en a d e l a n t e s e ñ a l a r e m o s con el t é r m i n o 
de l i c e n c i a t u r a . 
La l i c e n c i a t u r a en sus va r i a s fo rmas se h a c e con v is tas 
a l e jerc ic io profes iona l , m i e n t r a s q u e el PhD se h a c e con 
v i s tas a la a c t i v i d a d a c a d é m i c a , lo q u e significa q u e q u i e n 
cons igue u n PhD casi s i e m p r e in ic ia la c a r r e r a aca-
d é m i c a . 
E n las u n i v e r s i d a d e s de es te t i po la tesis es s i e m p r e 
tesis de PhD, tesis doc to r a l , y cons t i t uye u n t r aba jo origi-
nal de inves t igac ión con el cua l el a s p i r a n t e h a de d e m o s -
t r a r q u e es u n e s tud io so c a p a z de h a c e r a v a n z a r la disci-
p l i n a a q u e se ded i ca . Y es ta n o se hace , c o m o n u e s t r a 
tesis de laurea, a los ve in t idós a ñ o s , s ino a u n a e d a d m á s 
a v a n z a d a , q u i z á inc luso a los c u a r e n t a o c i n c u e n t a años 
(si b ien , o b v i a m e n t e , t a m b i é n h a y PhD jovenc í s imos) . 
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¿Por q u é t a n t o t i e m p o ? P o r q u e se t r a t a p r e c i s a m e n t e de 
i nves t i gac ión original, h a y q u e conoce r lo q u e h a n d i c h o 
s o b r e el t e m a los d e m á s e s tud iosos y, sob re t odo , es p rec i -
so « d e s c u b r i r » a lgo q u e lps d e m á s n o h a y a n d i c ho toda -
v ía . C u a n d o se h a b l a d e « d e s c u b r i m i e n t o » , e s p e c i a l m e n t e 
en h u m a n i d a d e s , n o se t r a t a de inven tos r evo luc iona r io s 
c o m o el d e s c u b r i m i e n t o de la esc is ión del á t o m o , la t eo r í a 
de la r e l a t i v i d a d o u n m e d i c a m e n t o q u e c u r e el c á n c e r : 
t a m b i é n p u e d e h a b e r d e s c u b r i m i e n t o s m o d e s t o s , y se 
c o n s i d e r a «científ ico» inc luso u n n u e v o m o d o de leer y 
c o m p r e n d e r u n t ex to c lás ico , la loca l izac ión de u n m a -
n u s c r i t o q u e a r r o j a n u e v a s luces sob re la b iograf ía de u n 
a u t o r , u n a r e o r g a n i z a c i ó n y r e l e c t u r a de e s tud ios p rece -
d e n t e s q u e l leva a m a d u r a r y s i s t e m a t i z a r ideas q u e vaga-
b a n d i s p e r s a s p o r o t ro s t ex tos v a r i a d o s . En c u a l q u i e r ca-
so , el e s t u d i o s o h a de p r o d u c i r u n t r aba jo q u e , t eór ica -
m e n t e , los d e m á s e s tud iosos del r a m o n o d e b e r í a n igno-
r a r , p u e s d ice a lgo n u e v o (cfr. I I .6.1) . 
¿Es de es te t i po la tes is i t a l i a n a ? No n e c e s a r i a m e n t e . 
De h e c h o , p u e s t o q u e p o r lo gene ra l se e l a b o r a e n t r e los 
v e i n t i d ó s y los v e i n t i c u a t r o a ñ o s , m i e n t r a s se r i n d e n toda-
v ía los e x á m e n e s u n i v e r s i t a r i o s , no p u e d e s u p o n e r la con-
c lu s ión de u n t r a b a j o l a rgo y m e d i t a d o , la p r u e b a de u n a 
c o m p l e t a m a d u r e z . Y sucede q u e h a y tesis de laurea (he-
c h a s p o r e s t u d i a n t e s e s p e c i a l m e n t e d o t a d o s ) q u e son ver-
d a d e r a s tesis de P h D , y o t r a s q u e n o l legan a es te n ive l . 
T a m p o c o la u n i v e r s i d a d lo p r e t e n d e a u l t r a n z a : p u e d e 
h a b e r u n a b u e n a tesis q u e n o sea de inves t igac ión , s ino de 
compilación. 
E n u n a tes is de c o m p i l a c i ó n el e s t u d i a n t e se l i m i t a a 
d e m o s t r a r q u e h a r e v i s a d o c r í t i c a m e n t e la m a y o r p a r t e 
de la « l i t e r a t u r a » ex i s t en t e (esto es, de los escr i tos p u b l i -
c a d o s s o b r e su t e m a ) , h a s ido c a p a z de e x p o n e r l a con 
c l a r i d a d y h a i n t e n t a d o i n t e r r e l a c i o n a r los d iversos p u n -
tos de v i s ta , o f rec iendo as í u n a p a n o r á m i c a in te l igen te , 
q u i z á ú t i l d e sde el p u n t o de v is ta i n fo rma t ivo p a r a u n 
e spec i a l i s t a del r a m o q u e n o h a y a e s t u d i a d o en profundi -
d a d ta l p r o b l e m a p a r t i c u l a r . 
H e a q u í , p u e s , u n a p r i m e r a a d v e r t e n c i a : se puede ha-
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cer una tesis de compilación o una tesis de investigación; o 
u n a tes is de « l i cenc ia tu ra» y u n a tesis de «PhD». 
U n a tesis de inves t igac ión es s i e m p r e m á s l a rga , fati-
gosa y es forzada; u n a tesis de c o m p i l a c i ó n t a m b i é n p u e d e 
se r l a rga y fat igosa (hay t r aba jos de c o m p i l a c i ó n q u e h a n 
c o s t a d o años y años ) , p e r o g e n e r a l m e n t e p u e d e hace r se en 
m e n o s t i e m p o y con m e n o s r iesgos . 
Pero es to n o q u i e r e dec i r q u e q u i e n h a c e u n a tesis de 
c o m p i l a c i ó n se c ie r re el c a m i n o de la inves t igac ión ; u n a 
c o m p i l a c i ó n p u e d e cons t i t u i r u n r a sgo de s e r i edad del 
j oven i n v e s t i g a d o r q u e a n t e s de e m p e z a r a inves t iga r p o r 
su c u e n t a q u i e r e t e n e r c l a r a s a l g u n a s ideas d o c u m e n t á n -
dose b i en . 
Por el c o n t r a r i o , h a y tesis q u e p r e t e n d e n ser de inves-
t igac ión y q u e h a n s ido p r e p a r a d a s a p r e s u r a d a m e n t e ; son 
tesis m a l a s q u e i r r i t a n a qu i en la lee y no d a n gus to a 
q u i e n la h a c e . 
Por eso la e lección e n t r e tesis de c o m p i l a c i ó n y tesis de 
inves t igac ión es tá l i gada a la m a d u r e z , a la c a p a c i d a d de 
t r a b a j o del a s p i r a n t e . Con f recuencia —y desg rac i ada -
m e n t e — t a m b i é n es tá l igada a factores económicos , pues 
i n d u d a b l e m e n t e u n e s t u d i a n t e t r a b a j a d o r t iene m e n o s 
t i e m p o , m e n o s ene rg í a y casi s i e m p r e m e n o s d i n e r o p a r a 
p o d e r d e d i c a r s e a inves t igac iones p r o l o n g a d a s (que con 
f recuenc ia s u p o n e n la adqu i s i c ión de l ibros r a r o s y costo-
sos , viajes a c e n t r o s o b ib l io t ecas ex t r an je ros y d e m á s ) . 
Mas en es te l ib ro n o p o d r á n d a r s e consejos de o rden 
e c o n ó m i c o . H a s t a h a c e poco , en t o d o el m u n d o la invest i -
gac ión e ra p r iv i leg io de los e s t u d i a n t e s r icos . No p u e d e 
dec i r se q u e hoy d ía la m e r a ex i s tenc ia de becas de es tu-
d io , bo l sa s de viaje y fondos p a r a p e r m a n e n c i a s en un i -
v e r s i d a d e s e x t r a n j e r a s resue lva el p r o b l e m a p a r a todos . 
El idea l es u n a soc i edad m á s j u s t a en q u e e s t u d i a r sea u n 
t r a b a j o p a g a d o p o r el E s t a d o , en q u e se p a g u e a q u i e n 
t e n g a v e r d a d e r a vocac ión p o r el e s t u d i o y en q u e n o sea 
p rec i so t e n e r a c u a l q u i e r p rec io el « t rozo de pape l» p a r a 
e n c o n t r a r u n p u e s t o , o b t e n e r u n a scenso o p a s a r p o r de-
l a n t e de o t ro s en u n a opos ic ión . 
Pero la u n i v e r s i d a d i t a l i ana , así c o m o la soc iedad de 
21 
q u e es e x p r e s i ó n , p o r el m o m e n t o es c o m o es; n o p o d e m o s 
s i n o d e s e a r q u e los e s t u d i a n t e s de t o d a s las c lases p u e d a n 
f r e c u e n t a r l a s in q u e e s to les s u p o n g a sacrif icios a g o t a d o -
res ; y p r o c e d e r a e x p l i c a r c ó m o p u e d e h a c e r s e u n a tesis 
d i g n a s e g ú n el t i e m p o y la ene rg í a de q u e se d i s p o n g a , ya 
q u e n o la p r o p i a vocac ión específ ica . 
1.2. A quién interesa este l ibro 
E s t a n d o así las cosas , c a b e p e n s a r q u e h a y m u c h o s 
e s t u d i a n t e s q u e se ven obligados a h a c e r u n a tesis p a r a 
p o d e r s a c a r el t í t u l o a t o d a p r i s a y log ra r el a scenso d e 
c a t e g o r í a , p a r a c u y a o b t e n c i ó n se h a n m a t r i c u l a d o en la 
u n i v e r s i d a d . Algunos de es tos e s t u d i a n t e s t i enen inc luso 
c u a r e n t a a ñ o s . S o n es tos los q u e p e d i r í a n i n s t rucc iones 
s o b r e c ó m o h a c e r u n a tesis en un mes con v i s tas a o b t e n e r 
u n a n o t a c u a l q u i e r a y sa l i r de la u n i v e r s i d a d . Ya de sde 
a h o r a h e m o s de dec i r q u e es te l ib ro no es para ellos. Si 
t a l e s son sus ex igenc ias , si son v í c t i m a s de u n a o r d e n a -
c ión j u r í d i c a p a r a d ó j i c a q u e les ob l iga a d o c t o r a r s e p a r a 
r e so lve r do lo rosos p r o b l e m a s económicos , t e n d r á n q u e 
h a c e r dos cosas : (1) i nve r t i r u n a s u m a r a z o n a b l e p a r a 
e n c a r g a r la tesis a o t r a p e r s o n a ; (2) cop i a r u n a tesis ya 
h e c h a u n o s a ñ o s a n t e s en o t r a u n i v e r s i d a d (no conv iene 
c o p i a r u n a o b r a ya i m p r e s a , a u n q u e fuera en l e n g u a ex-
t r a n j e r a ; p u e s a p o c o i n f o r m a d o q u e es té el profesor , de-
b e r á c o n o c e r su ex i s tenc ia ; p e r o c o p i a r en Mi lán u n a tes is 
h e c h a en C a t a n i a ofrece r a z o n a b l e s pos ib i l i dades de éxi-
to ; n a t u r a l m e n t e , h a y q u e i n f o r m a r s e de si el p o n e n t e de 
la tes is h a e n s e ñ a d o en C a t a n i a a n t e s de e jercer en Mi lán ; 
y a d e m á s , c o p i a r u n a tesis s u p o n e u n a in te l igen te l a b o r 
de inves t igac ión ) . 
E s t á c l a r o q u e los dos consejos q u e a c a b a m o s de d a r 
son ilegales. S e r í a c o m o deci r : «si te p r e s e n t a s h e r i d o en la 
c a s a de s o c o r r o y el m é d i c o n o q u i e r e a t e n d e r t e , pon l e u n 
c u c h i l l o en el cue l lo» . E n a m b o s casos se t r a t a de ac tos 
d e s e s p e r a d o s . H e m o s d a d o n u e s t r o consejo de m o d o pa -
r a d ó j i c o p a r a r e m a c h a r q u e es te l ib ro n o p r e t e n d e resol-
22 
ve r g r aves p r o b l e m a s de e s t r u c t u r a social y de o r d e n a -
c ión j u r í d i c a . 
Así p u e s , es te l i b ro es tá d e s t i n a d o a q u i e n (sin ser mi -
l l ona r io ni d i s p o n e r de d iez a ñ o s p a r a d o c t o r a r s e t r a s 
h a b e r v i a j ado p o r t o d o el m u n d o ) , con pos ib i l i dades acep -
t a b l e s de d e d i c a r u n a s c u a n t a s h o r a s d i a r i a s al e s tud io , 
q u i e r e p r e p a r a r u n a tesis q u e le p r o p o r c i o n e c i e r t a s sa t i s -
facciones i n t e l ectua l e s y q u e le s i rva t a m b i é n después del 
d o c t o r a d o . Y a q u i e n , u n a vez fijados los l ími tes , p o r m o -
des tos q u e sean , de su esfuerzo, q u i e r a h a c e r u n t r a b a j o 
serio. Se p u e d e h a c e r s e r i a m e n t e h a s t a u n a recop i l ac ión 
de f igur ines : b a s t a con fijar el t e m a de la r ecop i l ac ión , los 
c r i t e r ios de c a t a l o g a c i ó n y los l ími te s h i s tó r icos de la re-
cop i l ac ión . Si se dec ide n o p a s a r de 1960, me jo r q u e 
me jo r , p u e s de sde los a ñ o s sesen ta h a s t a hoy los f igurines 
son inf in i tos . S i e m p r e h a b r á u n a d i ferencia e n t r e e s t a re-
cop i l ac ión y el Museo del Louvre , p e r o en vez de h a c e r u n 
m u s e o poco ser io , es prefer ib le h a c e r u n a ser ia recopi la -
c ión de f igur ines de c a l z a d o de 1960 a 1970. Es te c r i t e r io 
p u e d e a p l i c a r s e t a m b i é n a u n a tesis doc to r a l . 
1.3. C ó m o una tesis sirve también después del doctorado 
H a y dos m o d o s de h a c e r u n a tesis p a r a q u e s i rva t a m -
b i én d e s p u é s del d o c t o r a d o . El p r i m e r o cons i s te en h a c e r 
de la tesis el p r i n c i p i o de u n a inves t igac ión m á s a m p l i a 
q u e se s egu i r á en los años s igu ien tes si, n a t u r a l m e n t e , se 
t i enen g a n a s y p o s i b i l i d a d e s . 
Pero h a y u n s e g u n d o en v i r t u d del cua l el d i r ec to r de 
u n a oficina tu r í s t i ca local se verá a y u d a d o en su profesión 
p o r el h e c h o de h a b e r e l a b o r a d o u n a tesis t i t u l a d a De 
«Fermo a Lucia» a los «Promessi Sposi». H a c e r u n a tesis 
s ignif ica: (1) loca l iza r u n t e m a c o n c r e t o ; (2) r ecop i l a r do-
c u m e n t o s sob re d i cho t e m a ; (3) p o n e r en o r d e n d ichos 
d o c u m e n t o s ; (4) volver a e x a m i n a r el t e m a p a r t i e n d o de 
ce ro a la luz de los d o c u m e n t o s recogidos ; (5) d a r u n a 
fo rma o r g á n i c a a t o d a s las ref lexiones p r e c e d e n t e s ; (6) 
h a c e r l o de m o d o q u e q u i e n la lea c o m p r e n d a lo q u e se 
23 
q u e r í a d e c i r y p u e d a , si as í lo desea , a c u d i r a los m i s m o s 
d o c u m e n t o s p a r a r e c o n s i d e r a r el t e m a p o r su c u e n t a . 
H a c e r u n a tes is s ignif ica a p r e n d e r a p o n e r o r d e n en la 
p r o p i a s i deas y a o r d e n a r los d a t o s : es u n a especie de 
t r a b a j o m e t ó d i c o ; s u p o n e c o n s t r u i r u n «objeto» que , en 
p r i n c i p i o , s i rva t a m b i é n a los d e m á s . Y p a r a el lo no es tan 
importante el tema de la tesis como la experiencia de trabajo 
que comporta. U n a p e r s o n a q u e h a s ido c a p a z de docu-
m e n t a r s e b i e n s o b r e la dob le r e d a c c i ó n de la nove la de 
M a n z o n i , t a m b i é n se rá c a p a z de r e c o p i l a r con m é t o d o los 
d a t o s necesa r io s p a r a la oficina tu r í s t i ca . El a u t o r de es-
t a s l í neas h a p u b l i c a d o ya u n a d e c e n a de l ib ros sobre 
d ive r sos t e m a s , p e r o si h a l o g r a d o h a c e r los n u e v e ú l t i -
m o s , es p o r q u e h a s a c a d o fruto p r i n c i p a l m e n t e de la ex-
p e r i e n c i a del p r i m e r o , q u e e r a u n a r e e l a b o r a c i ó n de la 
tes is d o c t o r a l . S in a q u e l p r i m e r t r a b a j o n o h u b i e r a a p r e n -
d i d o a h a c e r el r e s to . Y, p a r a b i en o p a r a m a l , el r e s to 
t o d a v í a se r e s i en t e del m o d o en q u e fue h e c h o el p r i m e r o . 
Q u i z á con el t i e m p o u n o se vuelve m á s ma l i c ioso , se 
a p r e n d e n m á s cosas ; p e r o el m o d o de t r a b a j a r sobre las 
cosas q u e se c o n o c e n d e p e n d e r á s i e m p r e del m o d o en q u e 
se h a n b u s c a d o al p r i n c i p i o m u c h a s cosas q u e n o se co-
n o c í a n . 
E n def in i t iva , h a c e r u n a tesis es c o m o a d i e s t r a r la m e -
m o r i a . De viejo se t i ene b u e n a m e m o r i a si se h a e j e r c i t ado 
d e s d e m u y joven . Y d a lo m i s m o q u e se h a y a e j e r c i t ado 
a p r e n d i e n d o de m e m o r i a la a l i neac ión de todos los equ i -
p o s de p r i m e r a , los p o e m a s de Ca rducc i o la l i s ta de los 
e m p e r a d o r e s r o m a n o s desde Augus to h a s t a R ó m u l o Au-
g ú s t u l o . Desde luego, p u e s t o s a e j e rc i t a r la m e m o r i a , 
m e j o r es a p r e n d e r cosas q u e in t e re sen o s i rvan ; p e r o , de 
t o d o s m o d o s , t a m b i é n a p r e n d e r cosas inú t i l e s s u p o n e u n a 
b u e n a g i m n a s i a . Y as í , a u n q u e sea prefer ib le h a c e r u n a 
tes i s sob re u n t e m a q u e a g r a d e , el t e m a es s e c u n d a r i o 
r e s p e c t o del m é t o d o de t r a b a j o y la expe r i enc ia q u e de él 
se e x t r a e . 
A d e m á s , si se t r a b a j a b i en n o h a y n i n g ú n t e m a q u e sea 
v e r d a d e r a m e n t e e s t ú p i d o : t r a b a j a n d o b ien se s a c a n con-
c lu s iones ú t i l e s inc luso de u n t e m a a p a r e n t e m e n t e r e m o -
24 
to o per i fé r ico . M a r x no h i zo su tes is sob re e c o n o m í a pol í -
t i ca , s ino s o b r e ' d o s filósofos gr iegos , E p i c u r o y Demócr i -
to. Y n o es c a s u a l . Qu izá Marx fue c a p a z de ref lexionar 
s o b r e los p r o b l e m a s de la h i s t o r i a y la e c o n o m í a con la 
e n e r g í a t eó r i ca q u e t a n b i en c o n o c e m o s , p r e c i s a m e n t e 
p o r q u e a p r e n d i ó a p e n s a r con los filósofos gr iegos . Ante 
t a n t o e s t u d i a n t e q u e e m p i e z a con u n a tesis ambic ios í s i -
m a s o b r e M a r x p a r a t e r m i n a r en el d e p a r t a m e n t o de per-
sona l de las g r a n d e s e m p r e s a s c a p i t a l i s t a s , es p rec i so re-
c o n s i d e r a r los c o n c e p t o s ex i s t en tes sobre la u t i l i d a d , la 
a c t u a l i d a d y el a l c a n c e de los t e m a s de tes is . 
1 .4. Cuatro reglas obvias 
H a y casos en q u e el a s p i r a n t e h a c e su tesis sobre el 
t e m a i m p u e s t o p o r el profesor . Son casos a ev i t a r . 
E v i d e n t e m e n t e , n o nos re fe r imos a q u í a los casos en 
q u e el d o c t o r a n d o rec ibe los consejos del profesor . Nos 
r e fe r imos m á s b ien a los casos en q u e la c u l p a es del 
p rofesor (véase H.7., «Cómo ev i t a r ser e x p l o t a d o p o r el 
p o n e n t e » ) o a aque l lo s en q u e la c u l p a es del d o c t o r a n d o , 
fal to de in t e ré s y d i s p u e s t o a h a c e r m a l c u a l q u i e r cosa 
p a r a sa l i r del p a s o . 
N o s o t r o s nos o c u p a r e m o s de los casos en q u e se p resu-
m e la ex i s t enc ia de u n d o c t o r a n d o m o v i d o p o r c ie r tos 
in te reses y de u n docen t e d i s p u e s t o a i n t e r p r e t a r sus exi-
genc i a s . 
E n ta les casos las reg las p a r a la e lección del t e m a son 
c u a t r o : 
1) Que el tema corresponda a los intereses del doctoran-
do (que es té r e l a c i o n a d o con el t i po de e x á m e n e s rend i -
dos , sus l e c t u r a s , su m u n d o pol í t i co , c u l t u r a l o rel igioso); 
2) Que las fuentes a que se recurra sean asequibles, es 
dec i r , a l a l c a n c e físico del d o c t o r a n d o ; 
3) Que las fuentes a que se recurra sean manejables, es 
dec i r , al a l c a n c e c u l t u r a l del d o c t o r a n d o ; 
4) Que el cuadro metodológico de la investigación esté al 
alcance de la experiencia del doctorando. 
25 
Así f o r m u l a d a s , e s t a s c u a t r o r eg la s p a r e c e n b a n a l e s y 
p a r e c e n p o d e r r e s u m i r s e en la n o r m a «el q u e q u i e r a h a -
c e r u n a tes is , d e b e h a c e r u n a tesis q u e es té c a p a c i t a d o 
p a r a h a c e r » . Pues b ien , es e xa c t a m e n t e as í , y h a y casos de 
tes is d r a m á t i c a m e n t e a b o r t a d a s p r e c i s a m e n t e p o r n o ha-
b e r s a b i d o p l a n t e a r el p r o b l e m a in ic ia l en es tos t é r m i n o s 
t a n o b v i o s . 1 
Los c a p í t u l o s s igu ien tes i n t e n t a r á n p r o p o r c i o n a r a l-
g u n o s conse jos a fin de q u e la tes is a h a c e r sea u n a tesis 
q u e se s e p a y se p u e d a h a c e r . 
1. Podr íamos añadir una quinta regla: que el profesor sea el adecua-
do. Pues hay asp irantes que , por razones de s impat ía o de pereza , quie-
ren hacer con el profesor de la mater ia A una tesis que en real idad es de 
la mater ia B. El profesor acepta (por s impat ía , por vanidad) y luego no 
es tá c a p a c i t a d o para seguir la tes is . 
2 6 
II . LA ELECCIÓN DEL TEMA 
I I . 1 . ¿Tesis monográfica o tesis panorámica? 
La p r i m e r a t e n t a c i ó n del e s t u d i a n t e es h a c e r u n a tesis 
q u e h a b l e de m u c h a s cosas . Si el e s t u d i a n t e se in t e resa 
p o r la l i t e r a t u r a , su p r i m e r i m p u l s o es h a c e r u n a tesis 
t i t u l a d a La literatura hoy. S i endo necesa r io r e s t r i ng i r el 
t e m a o p t a r á p o r La literatura española desde la posguerra 
hasta los años setenta. 
E s t a s tesis son m u y pe l ig rosas . Se t r a t a de t e m a s q u e 
a l t e r a r í a n la s a n g r e a e s tud iosos b a s t a n t e m á s m a d u r o s . 
P a r a u n e s t u d i a n t e v e i n t e a ñ e r o se t r a t a de u n desafío im-
pos ib l e . O h a c e u n a v u l g a r r e seña de n o m b r e s y de op in io-
nes co r r i en t e s , o d a a su o b r a u n sesgo o r i g ina l (y s i e m p r e 
se le a c u s a r í a de o m i s i o n e s i m p e r d o n a b l e s ) . El a u t o r con-
t e m p o r á n e o Gonza lo T o r r e n t e Ba l l e s te r pub l i có en 1961 
u n Panorama de la literatura española contemporánea (Edi-
c iones G u a d a r r a m a ) . 1 Pues b ien , si se h u b i e r a t r a t a d o de 
u n a tesis d o c t o r a l le h a b r í a n s u s p e n d i d o , a p e s a r de los 
c i en tos de p á g i n a s i m p r e s a s . Pues se h u b i e r a a c h a c a d o a 
su neg l igenc ia o a su i g n o r a n c i a el n o h a b e r c i t a d o a lgu-
nos n o m b r e s q u e la m a y o r í a cons ide ra m u y i m p o r t a n t e s , 
o h a b e r d e d i c a d o c a p í t u l o s en t e ros a a u t o r e s s u p u e s t a -
1. La obra c i tada por Eco es Gianfranco Contini , Letteratura Italiana 
- Ottocento-Novecento (1957, Sansoni Accademia) . (N. de los T.) 
27 
m e n t e « m e n o r e s » y b r e v e s c o m e n t a r i o s a a u t o r e s consi -
d e r a d o s « m a y o r e s » . N a t u r a l m e n t e , t e n i e n d o en c u e n t a 
q u e se t r a t a de u n e s t u d i o s o c u y a p r e p a r a c i ó n h i s tó r i ca y 
a g u d e z a c r í t i ca son b ien conoc idas , todos c o m p r e n d e n 
q u e e s t a s exc lus iones y e s t a s d e s p r o p o r c i o n e s e r a n vo lun-
t a r i a s , y q u e u n a a u s e n c i a e r a c r í t i c a m e n t e m u c h o m á s 
e l o c u e n t e q u e u n a p á g i n a de d i s e r t ac ión . Pero si la m i s m a 
g r a c i a la h a c e u n e s t u d i a n t e de ve in t idós años ¿qu i én ga-
r a n t i z a q u e t r a s el s i lencio n o h a y u n a g r a n m a l i c i a y q u e 
las o m i s i o n e s s u s t i t u y e n a u n a s p á g i n a s c r í t i cas e sc r i t a s 
e n o t r o l u g a r —o q u e el a u t o r sabría e sc r ib i r ? 
E n es te t i po de tesis el e s t u d i a n t e n o r m a l m e n t e a c u s a 
d e s p u é s a los c o m p o n e n t e s del t r i b u n a l de n o h a b e r l e 
c o m p r e n d i d o , p e r o los c o m p o n e n t e s del t r i b u n a l no po-
dían c o m p r e n d e r l e ; p o r cons igu ien t e , u n a tesis d e m a s i a -
d o p a n o r á m i c a c o n s t i t u y e s i e m p r e u n a c t o de s o b e r b i a . 
N o es q u e la s o b e r b i a i n t e l ec tua l —en u n a tes i s— sea a lgo 
r e c h a z a b l e a priori. Se p u e d e inc luso dec i r q u e D a n t e e r a 
u n m a l p o e t a : p e r o h a y q u e dec i r lo al c a b o de t r e sc i en t a s 
p á g i n a s , c o m o m í n i m o , de i n t e n s o aná l i s i s de los t ex tos 
de D a n t e . E s t a s d e m o s t r a c i o n e s n o p u e d e n e s t a r p r e sen -
tes en u n a tesis p a n o r á m i c a . Y p r e c i s a m e n t e p o r el lo se rá 
o p o r t u n o q u e el e s t u d i a n t e , en vez de La literatura españo-
la desde la posguerra hasta los años setenta, eli ja u n t í t u lo 
m á s m o d e s t o . 
Di ré r á p i d a m e n t e q u é se r ía lo idea l : n o Las novelas de 
Aldecoa, s ino m á s b ien Las diferentes redacciones de «Ave 
del Paraíso». ¿ A b u r r i d o ? Puede ser, p e r o c o m o desafío es 
m á s i n t e r e s a n t e . 
D e s p u é s de todo , p e n s á n d o l o b ien , es u n a cues t ión de 
a s t u c i a . Con u n a tesis p a n o r á m i c a sobre c u a r e n t a a ñ o s de 
l i t e r a t u r a el e s t u d i a n t e se e x p o n e a t odas las ob jec iones 
pos ib l e s . ¿ C ó m o p o d r í a res i s t i r el p o n e n t e o u n s i m p l e 
m i e m b r o del t r i b u n a l la t e n t a c i ó n de m o s t r a r q u e conoce 
a u n a u t o r m e n o r q u e el e s t u d i a n t e no h a c i t ado? B a s t a 
con q u e c a d a m i e m b r o del t r i b u n a l obse rve t res omis io -
nes h o j e a n d o el índ ice , p a r a q u e el e s t u d i a n t e se c o n v i e r t a 
en b l a n c o de u n a rá faga de acusac iones q u e h a r á n q u e su 
tes is p a r e z c a u n a s a r t a de d i s p a r a t e s . En c a m b i o , si el 
28 
e s t u d i a n t e h a t r a b a j a d o s e r i a m e n t e sobre u n t e m a m u y 
p rec i so , se e n c u e n t r a c o n t r o l a n d o u n m a t e r i a l desconoci -
d o p a r a la m a y o r p a r t e del t r i b u n a l . N o estoy sug i r i endo 
u n t r u q u i t o b a r a t o ; se rá u n t ruco , p e r o no b a r a t o , p u e s t o 
q u e c u e s t a t r a b a j o . O c u r r e s i m p l e m e n t e q u e el a s p i r a n t e 
se p r e s e n t a c o m o «exper to» frente a u n p ú b l i c o m e n o s 
e x p e r t o q u e él, y v is to q u e se h a t o m a d o el t r aba jo de 
l l ega r a ser expe r to , j u s t o es q u e goce de las ven ta jas de su 
s i t u a c i ó n . 
E n t r e los dos e x t r e m o s , desde la tesis p a n o r á m i c a so-
b r e c u a r e n t a a ñ o s de l i t e r a t u r a h a s t a la e s t r i c t a m e n t e 
m o n o g r á f i c a en t o r n o a v a r i a n t e s de u n tex to b reve , exis-
t e n m u c h o s e s t ad ios i n t e r m e d i o s . De es ta m a n e r a , se po-
d r í a n especi f icar t e m a s c o m o Las experiencias literarias 
vanguardistas de los años cuarenta, o b ien Tratamiento lite-
rario de la geografía en Juan Benet y Sánchez Ferlosio, o 
i nc luso Afinidades y diferencias en tres poetas postistas: 
Carlos Edmundo de Ory, Eduardo Chicharro y Gloria 
Fuertes.1 
T r a s l a d a n d o el caso a las f acu l t ades de c ienc ias , en u n 
l i b r i t o de t e m a afín al n u e s t r o se d a u n consejo ap l i cab le a 
t o d a s las m a t e r i a s : 
El t e m a Geología, por e j emplo , es d e m a s i a d o ampl io . V ule analogía, 
c o m o r a m a de la geo log ía , s igue s i endo d e m a s i a d o extenso . Los volcanes 
en Méjico podría dar lugar a un buen ejercicio , aunque un tanto superfi-
c ial . Una l imi tac ión suces iva daría origen a un es tudio de m á s valor: La 
historia del Popocatepetl (que uno de los conquis tadores de Cortés proba-
b l e m e n t e e sca ló en 1519 y que no tuvo una erupción v io lenta hasta 
1702). Un t e m a m á s l imi tado , que conc ierne a un n ú m e r o menor de 
años , sería El nacimiento y la muerte aparente del Paricutín (del 20 de fe-
brero de 1943 al 4 de marzo de 1952) . 2 
Pues b ien , yo aconse ja r í a elú l t i m o t e m a . Con la condi -
c ión de q u e , l l egados a es te p u n t o , el a s p i r a n t e d iga todo 
lo q u e h a y a q u e dec i r sobre ese m a l d i t o volcán . 
1. En el original: La letteratura italiana dal dopoguerra agli anni ses-
santa; I romanzi di Fenoglio; Le diverse redazioni de «II partigiano John-
ny»; La neo-avanguardia letteraria degli anni sessanta; L'immagine delle 
Langhe in Pavese e Fenoglio; Affinitá e differenze in tre scritori «fantasti-
ci»: Savinio, Buzzati e Landolfi. (N. de los T.) 
2. C. W. Cooper y E. J. Robins , The Term Paper - A Manual and Model, 
Stanford, Stanford Univers i ty Press, 4 . a ed. , 1967, pág. 3. 
29 
H a c e t i e m p o se m e p r e s e n t ó un e s t u d i a n t e q u e quería 
h a c e r la tes is s o b r e El símbolo en el pensamiento contem-
poráneo. E r a u n a tesis i m p o s i b l e . Por lo m e n o s yo n o sa-
b í a q u é q u e r í a dec i r « s ímbo lo» ; y, de h e c h o , es u n t é r m i -
n o q u e m u d a de s igni f icado según los a u t o r e s ; a veces , en 
d o s a u t o r e s d i fe ren tes qu i e r e dec i r dos cosas a b s o l u t a -
m e n t e o p u e s t a s . Cons idé rese lo q u e los lógicos fo rmales o 
los m a t e m á t i c o s e n t i e n d e n p o r «s ímbolo» , las expres io-
n e s p r i v a d a s de s igni f icado q u e o c u p a n u n p u e s t o defini-
d o c o n func iones p r e c i s a s en el cá l cu lo f o r m a l i z a d o ( como 
las a y las b o las x y las y de las fó rmu la s a lgeb ra i cas ) , 
m i e n t r a s q u e o t r o s a u t o r e s lo e n t i e n d e n c o m o fo rma l lena 
d e s igni f icados a m b i g u o s , t a l el caso de las i m á g e n e s q u e 
r e c o r r e n los s u e ñ o s , q u e p u e d e n refer i rse a u n á rbo l , a un 
ó r g a n o sexua l , a l deseo de c r e c i m i e n t o y así s u c e s i v a m e n -
t e . ¿ C ó m o se p u e d e , en tonces , h a c e r u n a tesis con es te 
t í t u l o ? H a b r í a q u e a n a l i z a r t o d a s las acepc iones de s ím-
b o l o en t o d a la c u l t u r a c o n t e m p o r á n e a , h a c e r con e l las 
u n a l i s ta q u e s a q u e a la luz las a f in idades y las diferen-
c i a s , ver si p o r d e b a j o de las d i fe renc ias h a y u n c o n c e p t o 
u n i t a r i o f u n d a m e n t a l q u e se r e i t e r a en c a d a a u t o r y en 
c a d a t eo r í a y si las d i fe renc ias s iguen h a c i e n d o i n c o m p a -
t ib les e n t r e sí t a les t eo r í a s . Pues b ien , n i n g ú n filósofo, 
l i n g ü i s t a o p s i c o a n a l i s t a c o n t e m p o r á n e o h a s ido c a p a z de 
h a c e r u n a o b r a as í de m o d o sa t i s fac tor io . ¿Cómo lo conse-
g u i r í a u n e s t u d i o s o q u e h a c e sus p r i m e r a s a r m a s y q u e , 
p o r p r e c o z q u e sea, n o t i ene a sus e s p a l d a s m á s de seis o 
s ie te a ñ o s de l e c t u r a a d u l t a ? Pod r í a t a m b i é n h a c e r un 
t r a b a j o i n t e l i g e n t e m e n t e p a r c i a l , p e r o e s t a r í a m o s de n u e -
vo en el p a n o r a m a de la l i t e r a t u r a e s p a ñ o l a de T o r r e n t e 
Ba l l e s t e r . O b i en p o d r í a p r o p o n e r u n a teor ía p e r s o n a l del 
s í m b o l o , d e j a n d o de l a d o c u a n t o h a n d i cho los o t ro s a u t o -
res ; p e r o e n el p á r r a f o II .2. d i r e m o s p o r q u é es ta e lección 
es d i s c u t i b l e . Con d i c h o e s t u d i a n t e h u b o u n a p e q u e ñ a dis-
c u s i ó n . Se h u b i e r a p o d i d o h a c e r u n a tesis sob re el s í m b o -
lo en F r e u d y J u n g , o l v i d a n d o o t r a s acepc iones y confron-
t a n d o ú n i c a m e n t e las de los dos a u t o r e s c i t a d o s . Pe ro se 
d e s c u b r i ó q u e el e s t u d i a n t e n o s a b í a a l e m á n (y sob re el 
p r o b l e m a del c o n o c i m i e n t o de las l enguas vo lve remos en 
3 0 
el p a r á g r a f o II.5.). E n t o n c e s d e c i d i m o s e s t ab i l i z a rnos en 
el t e m a El concepto de símbolo en Peirce, Frye y Jung. La 
tes is e x a m i n a r í a las d i ferencias e n t r e t res concep tos ho-
m ó n i m o s en t r e s a u t o r e s d i ferentes , u n filósofo, u n c r í t i co 
y u n ps icó logo; m o s t r a r í a c ó m o en m u c h a s a r g u m e n t a -
c iones en q u e es tos t res a u t o r e s son s acados a co lac ión se 
c o m e t e n m u c h o s equ ívocos , p u e s se a t r i b u y e a u n o el sig-
n i f icado q u e en r e a l i d a d es u s a d o p o r el o t r o . Ú n i c a m e n t e 
a l f inal , a m o d o de conc lus ión h ipo t é t i ca , el a s p i r a n t e 
i n t e n t a r í a h a c e r b a l a n c e p a r a m o s t r a r si ex is ten ana lo -
g ías , y c u á l e s son, e n t r e ta les concep tos h o m ó n i m o s , a lu-
d i e n d o t a m b i é n a o t ro s a u t o r e s de los q u e t en ía conoci-
m i e n t o a u n q u e p o r exp l íc i t a l im i t ac ión del t e m a , n o qui -
s i e ra y n o p u d i e r a o c u p a r s e de el los . N a d i e le h u b i e r a 
p o d i d o dec i r q u e n o c o n s i d e r a b a al a u t o r K, p u e s t o q u e la 
tes is e r a sob re X, Y y Z, ni q u e c i t a r a al a u t o r / sólo t r a d u -
c ido , p u e s t o q u e se t r a t a r í a de u n a a lus ión m a r g i n a l , a l 
fin y al c a b o , y la tesis p r e t e n d í a e s t u d i a r p o r ex tenso y en 
los o r ig ina le s ú n i c a m e n t e a los t res a u t o r e s p rec i sados en 
el t í t u lo . 
H e m o s vis to c ó m o u n a tesis p a n o r á m i c a , sin l legar a 
se r r i g u r o s a m e n t e monográ f i ca , q u e d a r e d u c i d a a u n a 
m e d i d a j u s t a , a c e p t a b l e p o r todos . 
Q u e d e c la ro , p o r o t r a p a r t e , q u e el t é r m i n o « m o n o g r á -
fico» p u e d e t e n e r u n a acepc ión m á s a m p l i a q u e la q u e 
h e m o s u s a d o a q u í . U n a monogra f í a es el t r a t a m i e n t o de 
u n sólo t e m a y c o m o tal se o p o n e a u n a «h i s to r ia de» , a u n 
m a n u a l , a u n a enc ic loped ia . En es te s en t ido t a m b i é n es 
monográ f i co El tema del «mundo al revés» en los escritores 
medievales. Se e s t u d i a n m u c h o s a u t o r e s p e r o sólo desde el 
p u n t o de v is ta de u n t e m a específico (es dec i r desde la 
h ipó t e s i s i m a g i n a r i a p r o p u e s t a a m o d o de e j emplo , p a r a -
do ja o fábula , de q u e los peces vue l an p o r el a i re , de q u e 
los p á j a r o s n a d a n p o r el a g u a y cosas así) . H a c i e n d o b i en 
es t e t r a b a j o se l og ra r í a u n a ó p t i m a monogra f í a . Pero p a r a 
h a c e r l o b i en h a y q u e t ene r p r e s e n t e s a todos los a u t o r e s 
q u e h a n t r a t a d o el t e m a , e s p e c i a l m e n t e a los m e n o r e s , de 
los q u e n a d i e se a c u e r d a . Por lo t a n t o es ta tesis q u e d a 
c las i f icada e n t r e las m o n o g r á f i c o - p a n o r á m i c a s , y es m u y 
3 1 
difícil : r e q u i e r e in f in idad de l e c t u r a s . Si a u n y t o d o qui -
s i e ra i s h a c e r l a , h a r í a fal ta r e s t r i n g i r el c a m p o : El tema del 
«mundo al revés» en los poetas carolingios. El c a m p o se 
r e s t r i n g e , se s a b e d ó n d e h a y q u e b u s c a r y d ó n d e n o . 
N a t u r a l m e n t e , es m u c h o m á s e x c i t a n t e h a c e r la tesis 
p a n o r á m i c a , p u e s e n t r e o t r a s cosas p a r e c e a b u r r i d o t e n e r 
q u e o c u p a r s e d u r a n t e u n o , dos o m á s a ñ o s del m i s m o 
a u t o r . Pe ro se c o m p r e n d e q u e h a c e r u n a tesis r i gu rosa -
m e n t e m o n o g r á f i c a n o significa en m o d o a l g u n o p e r d e r 
d e v i s t a el p a n o r a m a . H a c e r u n a tesis sobre la n a r r a t i v a 
de Aldecoa s u p o n e t e n e r p r e s e n t e el te lón de fondo del 
r e a l i s m o e s p a ñ o l , leer t a m b i é n a S á n c h e z Fer los io o Gar-
c ía H o r t e l a no y e x a m i n a r los n a r r a d o r e s a m e r i c a n o s o la 
l i t e r a t u r a c lás ica q u e Aldecoa leía . Sólo i n s e r t a n d o al au-
t o r en u n p a r n o r a m a se le c o m p r e n d e y exp l ica . Pe ro u n a 
cosa es u t i l i z a r el p a n o r a m a c o m o fondo y o t r a h a c e r u n 
c u a d r o p a n o r á m i c o . U n a cosa es p i n t a r el r e t r a t o de u n 
c a b a l l e r o sob re fondo de u n c a m p o con u n r ío , y o t r a 
p i n t a r c a m p o s , va l les y r íos . Tiene q u e c a m b i a r la técni -
ca , t i ene q u e c a m b i a r , en t é r m i n o s fotográficos, el enfo-
q u e . P a r t i e n d o de u n a u t o r ú n i c o el p a n o r a m a p u e d e ser 
u n p o c o desenfocado , i n c o m p l e t o o de s e g u n d a m a n o . 
A m o d o de conc lus ión r ecué rdese es te p r i n c i p i o funda-
m e n t a l : cuanto más se restringe el campo mejor se trabaja y 
se va más seguro. U n a tesis monográ f i ca es prefer ib le a 
u n a tesis p a n o r á m i c a . Es me jo r q u e la tesis se a seme je 
m á s a u n e n s a y o q u e a u n a h i s to r i a o u n a enc ic loped ia . 
II .2. ¿Tesis histórica o tesis teórica? 
E s t a a l t e r n a t i v a sólo es vá l ida p a r a c i e r t a s m a t e r i a s . 
E n r e a l i d a d , en m a t e r i a s c o m o h i s to r i a de las m a t e m á t i -
ca s , f i lología r o m á n i c a o h i s t o r i a de la l i t e r a t u r a a l e m a -
n a , u n a tes is n o p u e d e ser s ino h i s tó r i ca . Y en m a t e r i a s 
c o m o c o m p o s i c i ó n a r t q u i t e c t ó n i c a , física del r e a c t o r nu-
ce l a r o a n a t o m í a c o m p a r a d a , n o r m a l m e n t e se h a c e n tesis 
t eó r i ca s o e x p e r i m e n t a l e s . Pero ex is ten o t r a s m a t e r i a s co-
m o filosofía t eo ré t i ca , sociología , a n t r o p o l o g í a c u l t u r a l , 
3 2 
es té t i ca , filosofía del de r echo , p e d a g o g í a o d e r e c h o inter-
n a c i o n a l , en q u e se p u e d e n h a c e r tesis de los dos t ipos . 
U n a tesis t eó r i ca es u n a tesis q u e se p r o p o n e a f ron ta r 
u n p r o b l e m a a b s t r a c t o q u e h a p o d i d o ser , o no , ob je to de 
o t r a s ref lexiones: la n a t u r a l e z a de la v o l u n t a d h u m a n a , el 
c o n c e p t o de l i b e r t a d , la noc ión de rol social , la ex i s tenc ia 
de Dios , el cód igo gené t i co . C a t a l o g a d o s así es tos t e m a s 
p r o v o c a n i n m e d i a t a m e n t e u n a sonr i sa , p o r q u e hacen 
p e n s a r en ese t ipo de a p r o x i m a c i o n e s q u e G r a m s c i l l ama-
b a «breves gu iños sob re el un ive r so» . N o o b s t a n t e , insig-
nes p e n s a d o r e s se h a n o c u p a d o de es tos t e m a s . Sólo que , 
sa lvo r a r a s excepc iones , se h a n o c u p a d o de ellos c o m o 
conc lu s ión de u n a l a b o r reflexiva de decen ios . 
E n m a n o s de u n e s t u d i a n t e , con u n a expe r i enc ia cien-
tífica n e c e s a r i a m e n t e l i m i t a d a , es tos t e m a s p u e d e n d a r 
o r igen a dos so luc iones . La p r i m e r a (que es la m e n o s t rá-
gica) cons i s t e en h a c e r la tesis def in ida (en el pa r ág ra fo 
p r e c e d e n t e ) c o m o « p a n o r á m i c a » . Se t r a t a del concep to de 
rol socia l , p e r o en u n a ser ie de a u t o r e s . Y en es te s en t ido 
v a l g a n las o b s e r v a c i o n e s ya h e c h a s . La s e g u n d a solución 
es m á s p r e o c u p a n t e , p o r q u e el d o c t o r a n d o cree p o d e r re-
solver en el e spac io de u n a s pocas p á g i n a s el p r o b l e m a de 
Dios y la def inic ión de la l i b e r t a d . Mi exper i enc ia m e dice 
q u e los e s t u d i a n t e s q u e h a n e leg ido t e m a s de es te t ipo 
h a n h e c h o casi s i e m p r e tesis m u y breves , sin a p r e c i a b l e 
o r g a n i z a c i ó n i n t e r n a , m á s p a r e c i d a s a un p o e m a l í r ico 
q u e a u n e s t u d i o cient í f ico. Y n o r m a l m e n t e , c u a n d o se 
ob je t a al d o c t o r a n d o q u e su d i scu r so es tá d e m a s i a d o per-
s o n a l i z a d o , es genér ico , in fo rmal , p r i v a d o de verif icacio-
nes h i s to r iográ f icas y de c i t a s , r e s p o n d e q u e no h a s ido 
c o m p r e n d i d o , q u e su tesis es m u c h o m á s in te l igen te q u e 
o t ro s e jerc ic ios de b a n a l c o m p i l a c i ó n . Puede o c u r r i r que 
sea v e r d a d , p e r o u n a vez m á s la exper i enc ia d e m u e s t r a 
q u e n o r m a l m e n t e es la r e s p u e s t a d a d a p o r u n a s p i r a n t e 
con las ideas confusas y falto de h u m i l d a d científ ica y de 
c a p a c i d a d c o m u n i c a t i v a . Qué h a y q u e e n t e n d e r p o r hu-
m i l d a d cient í f ica (que n o es u n a v i r t u d de débi les s ino, al 
c o n t r a r i o , u n a v i r t u d de p e r s o n a s orgul losas ) se d i r á en 
IV.2.4. Pero n o se p u e d e exc lu i r la pos ib i l i dad de q u e el 
33 
d o c t o r a n d o sea u n gen io q u e con sólo ve in t idós a ñ o s h a 
c o m p r e n d i d o t o d o , y q u e d e c l a r o q u e es toy h a c i e n d o es ta 
h i p ó t e s i s s in p i zca de i ron ía . Pero es un h e c h o q u e c u a n d o 
s o b r e la faz de la t i e r r a a p a r e c e u n gen io de tal índole , la 
h u m a n i d a d t a r d a m u c h o en a c e p t a r l o y su o b r a es le ída y 
d i g e r i d a d u r a n t e c i e r to n ú m e r o de años a n t e s de q u e se 
c a p t e su g r a n d e z a . ¿ C ó m o se p u e d e p r e t e n d e r q u e u n t r i -
b u n a l q u e e x a m i n a n o u n a s ino m u c h a s tesis c a p t e de 
b u e n a s a p r i m e r a s la g r a n d e z a de es te c o r r e d o r so l i t a r io? 
Pe ro p a r t a m o s de la h ipó tes i s de q u e el e s t u d i a n t e es 
c o n s c i e n t e de h a b e r c o m p r e n d i d o u n p r o b l e m a i m p o r t a n -
te : c o m o n a d a su rge de la n a d a , él e l a b o r a r á sus pensa -
m i e n t o s ba jo la in f luenc ia de a l g ú n o t r o a u t o r . En ese 
ca so t r a n s f o r m a su tesis t eó r ica en tesis h i s tor iográf ica , o 
lo q u e es lo m i s m o n o t r a t a el p r o b l e m a del ser, la noc ión 
de l i b e r t a d o el c o n c e p t o de acc ión social , s ino q u e desa-
r ro l l a t e m a s c o m o El problema del ser en el primer Heideg-
ger, La noción de libertad en Kant o El concepto de acción 
social en Parsons. Si t i ene ideas o r ig ina les , e s t a s e m e r g e n 
t a m b i é n en la conf ron tac ión con las ideas del a u t o r t r a t a -
d o : se p u e d e n dec i r m u c h a s cosas n u e v a s sobre la l i b e r t a d 
e s t u d i a n d o el m o d o en q u e o t ros h a n h a b l a d o de la l iber-
t a d . Y si r e a l m e n t e se q u i e r e , la q u e h a b í a de ser su tesis 
t eo ré t i ca se conv i e r t e en c a p í t u l o final de su tesis h i s to r io -
gráf ica . El r e s u l t a d o se rá q u e todos p o d r á n verif icar lo 
q u e d ice , p o r q u e (refer idos a un p e n s a d o r p r eceden t e ) los 
c o n c e p t o s q u e p o n e en juego s e r á n p ú b l i c a m e n t e verifica-
b l e s . E s difícil m o v e r s e en el vac ío e i n s t i t u i r un r azo n a -
m i e n t o ab initio. Es p rec i so e n c o n t r a r u n p u n t o de apoyo , 
e s p e c i a l m e n t e p a r a p r o b l e m a s t a n vagos c o m o la noción 
de ser o de l i b e r t a d . T a m b i é n si se t r a t a de genios , y espe-
c i a l m e n t e si se t r a t a de gen ios , n u n c a es h u m i l l a n t e p a r t i r 
de o t r o a u t o r . A d e m á s p a r t i r de u n a u t o r p r e c e d e n t e no 
q u i e r e dec i r h a c e r de él u n fet iche, a d o r a r l o , j u r a r sobre 
su p a l a b r a ; al c o n t r a r i o , se p u e d e p a r t i r de u n a u t o r p a r a 
d e m o s t r a r sus e r r o r e s y sus l ím i t e s . Pero se t iene un p u n t o 
de a p o y o . Dec íanlos m e d i e v a l e s , q u e t e n í a n un r e s p e t o 
e x a g e r a d o p o r la a u t o r i d a d de sus a u t o r e s c lás icos , q u e 
los m o d e r n o s , a u n s i e n d o «enanos» en c o m p a r a c i ó n con 
34 
aque l l o s , a l a p o y a r s e en ellos se c o n v e r t í a n en «enanos a 
h o m b r o s de g igan t e» , con lo cua l ve ían m á s a l lá q u e sus 
p r e d e c e s o r e s . 
T o d a s es t a s o b s e r v a c i o n e s no s i rven p a r a las m a t e r i a s 
a p l i c a d a s y e x p e r i m e n t a l e s . Si se t r a t a de u n a tesis de 
ps ico log ía la a l t e r n a t i v a no se p l a n t e a e n t r e El problema 
de la percepción en Piaget y El problema de la percepción (si 
a a l g ú n i m p r u d e n t e se le o c u r r i e r a p r o p o n e r u n t e m a t a n 
g e n é r i c a m e n t e pe l ig roso) . La a l t e r n a t i v a a la tesis h i s to -
r iográf ica es m á s b ien la tesis e x p e r i m e n t a l : La percep-
ción de los colores en un grupo de niños minusválidos. Aquí 
el r a z o n a m i e n t o c a m b i a , p o r q u e es de ley a f ron ta r de for-
m a e x p e r i m e n t a l u n a cues t ión con ta l de posee r u n m é t o -
d o de inves t igac ión y p o d e r t r a b a j a r en cond ic iones razo-
n a b l e s de l a b o r a t o r i o con la d e b i d a a s i s t enc ia . Pero u n 
b u e n e s tud io so e x p e r i m e n t a l n o e m p i e z a a e x a m i n a r las 
r eacc iones de sus suje tos si a n t e s no h a h e c h o al m e n o s u n 
t r a b a j o p a n o r á m i c o (anál i s i s de los e s tud ios aná logos ya 
e fec tuados) , p o r q u e en ca so c o n t r a r i o se co r re el r iesgo de 
i n v e n t a r la pó lvora , de d e m o s t r a r a lgo q u e ya ha s ido 
a m p l i a m e n t e d e m o s t r a d o o de a p l i c a r m é t o d o s q u e h a n 
m o s t r a d o ser r u inosos ( t a m b i é n p u e d e ser ob je to de in-
ves t igac ión la n u e v a verif icación de un m é t o d o q u e toda-
vía no h a d a d o r e s u l t a d o s sa t i s fac tor ios) . Por eso u n a tesis 
de t i po e x p e r i m e n t a l no p u e d e ser r e a l i z a d a en ca sa ni el 
m é t o d o p u e d e ser i n v e n t a d o . T a m b i é n en es te caso h a y 
q u e p a r t i r del p r i n c i p i o de q u e , si se es un e n a n o intel i -
gen t e , lo me jo r es s a l t a r a h o m b r o s de un g igan te cua l -
q u i e r a , a u n q u e sea de e s t a t u r a m o d e s t a ; o de o t ro e n a n o . 
Más a d e l a n t e h a b r á t i e m p o p a r a a v a n z a r a so las . 
I I . 3 . ¿Temas c lás icos o t emas contemporáneos? 
Afrontar e s ta cues t ión p a r e c e u n i n t e n t o de r e suc i t a r 
la c lás ica querelle des anciens et des modernes... Y en m u -
c h a s d i s c ip l i nas la cues t ión no se p l a n t e a en a b s o l u t o (a 
p e s a r de q u e t a m b i é n u n a tesis de h i s to r i a de la l i t e r a t u r a 
l a t i n a p o d r í a ve r sa r t a n t o sobre H o r a c i o c o m o sobre la 
35 
s i t u a c i ó n de los e s t u d i o s h o r a c i a n o s en los ú l t i m o s ve in te 
años ) . Por o t r a p a r t e es lógico q u e si se t r a t a de u n doc to-
r a d o de h i s t o r i a de la l i t e r a t u r a i t a l i a n a c o n t e m p o r á n e a , 
n o h a y a a l t e r n a t i v a . 
S in e m b a r g o n o es r a r o el caso del e s t u d i a n t e q u e , 
a n t e el conse jo del profesor de l i t e r a t u r a i t a l i a n a de h a c e r 
la tes is sob re u n p e t r a r q u i s t a del d ieciséis o sobre u n ar-
c a d e , p re f ie ra t e m a s c o m o Pavese , Bas san i o S a n g u i n e t i . 
M u c h a s veces la e lecc ión su rge de u n a a u t é n t i c a vocac ión 
y es difícil c o n t r a d e c i r l a . O t r a s veces su rge de la falsa 
conv icc ión de q u e u n a u t o r c o n t e m p o r á n e o es m á s fácil y 
m á s a m e n o . 
H a y q u e dec i r c u a n t o a n t e s q u e el autor contemporá-
neo es siempre más difícil. Es v e r d a d q u e n o r m a l m e n t e se 
e n c u e n t r a u n a b ib l iogra f ía m á s r e d u c i d a , q u e los t ex tos 
son t odos fáciles de e n c o n t r a r , q u e la p r i m e r a fase de la 
d o c u m e n t a c i ó n p u e d e l levarse a c a b o t a n t o e n c e r r a d o en 
u n a b ib l i o t eca c o m o a la or i l la del m a r con u n a b u e n a 
nove la e n t r e las m a n o s . Pero o se qu i e r e h a c e r u n a tesis 
c h a p u c e r a , r e p i t i e n d o s i m p l e m e n t e lo q u e ya h a n d i ch o 
o t r o s c r í t i cos , y en ese caso el r a z o n a m i e n t o se e s t a n c a 
a q u í (y ya p u e s t o s se p u e d e h a c e r u n a tesis t o d a v í a m á s 
c h a p u c e r a sob re u n p e t r a r q u i s t a del dieciséis) , o b i en se 
q u i e r e a p o r t a r a lgo nuevo , y en ese caso h a y q u e recono-
ce r q u e s o b r e u n a u t o r c lás ico ex is ten p o r lo m e n o s t ra -
m a s i n t e r p r e t a t i v a s s e g u r a s sob re las cua les se p u e d e 
te jer , m i e n t r a s q u e sob re u n a u t o r m o d e r n o las op in iones 
son t o d a v í a v a g a s y d i s c o r d a n t e s , n u e s t r a c a p a c i d a d cr í t i -
ca se ve fa l seada p o r la falta de pe r spec t i va y t odo r e su l t a 
e n o r m e m e n t e difícil . 
Es i n d u d a b l e q u e el a u t o r c lás ico i m p o n e u n a l ec tu ra 
m á s fa t igosa , u n a inves t igac ión b ib l iográf ica m á s a t e n t a 
( a u n q u e los t í tu los es tén m e n o s d i spe r sos y ex i s t an ca tá -
logos b ib l iográ f icos ya comple tos ) ; p e r o si se e n t i e n d e la 
tes is c o m o la ocas ión de a p r e n d e r a c o n s t r u i r u n a inves t i -
gac ión , el a u t o r c lás ico p l a n t e a m á s p r o b l e m a s de des-
t r eza . 
Si m á s t a r d e el e s t u d i a n t e se s i en te i nc l i nado a la c r í t i -
ca c o n t e m p o r á n e a , la tesis p u e d e ser la ú l t i m a ocas ión 
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q u e t e n g a de en f ren ta r se a la l i t e r a t u r a del p a s a d o p a r a 
e j e r c i t a r el p r o p i o gus to y la p r o p i a c a p a c i d a d de l e c tu r a . 
Así q u e n o e s t a r í a m a l coger es ta o p o r t u n i d a d al vue lo . 
M u c h o s g r a n d e s e sc r i to res c o n t e m p o r á n e o s , inc luso de 
v a n g u a r d i a , n o h a n p r o d u c i d o tesis sobre Món ta l e o sobre 
P o u n d , s ino sob re D a n t e o sobre Foseólo . En r e a l i d a d n o 
ex i s ten reg las p r ec i s a s : y u n b u e n i nves t i gado r p u e d e lle-
v a r a c a b o u n aná l i s i s h i s tó r i co o es t i l í s t ico sobre u n au-
t o r c o n t e m p o r á n e o con la m i s m a p e n e t r a c i ó n y prec i s ión 
fi lológica con q u e se t r a b a j a sobre u n c lás ico . 
A d e m á s el p r o b l e m a c a m b i a de u n a a o t r a d i sc ip l ina . 
E n filosofía p l a n t e a q u i z á m á s p r o b l e m a s u n a tesis sobre 
Husse r l q u e u n a tesis sobre Desca r t e s y la re lac ión e n t r e 
«fac i l idad» y « leg ib i l idad» se inv ie r t e : se lee me jo r a Pas-
cal q u e a C a r n a p . 
Por lo cua l , el ú n i c o consejo q u e m e sen t i r í a c a p a z de 
d a r es : trabajad sobre un contemporáneo como si fuera un 
clásico y sobre un clásico como si fuera un contemporáneo. 
Os d ive r t i r é i s m á s y h a r é i s un t r a b a j o m á s ser io . 
I I . 4 . ¿Cuánto t i empo se requiere para hacer una tesis? 
D i g a m o s de e n t r a d a : no más de tres años y no menos de 
seis meses. No más de tres años p o r q u e si en t res a ñ o s de 
t r a b a j o n o se h a l o g r a d o l i m i t a r el t e m a y e n c o n t r a r la 
d o c u m e n t a c i ó n necesa r i a , es to sólo p u e d e s ignif icar t res 
cosas : 
1) H a e leg ido u n a tesis e q u i v o c a d a s u p e r i o r a sus fuerzas . 
2 ) Pe r t enece al t i po de los e t e r n o s d e s c o n t e n t o s q u e que -
r r í a n dec i r lo t o d o y s igue t r a ba j a n d o en la tesis d u r a n -
te ve in te a ñ o s , c u a n d o en r e a l i d a d u n e s tud ioso háb i l 
t i ene q u e ser c a p a z de fijarse u n o s l ími tes , a u n q u e m o -
des tos , y p r o d u c i r a lgo def ini t ivo d e n t r o de es tos 
l í m i t e s . 
3) Se le h a d e c l a r a d o la neu ros i s de la tesis ; la deja de 
l ado , la vue lve a coger , n o se s ien te r ea l i zado , l lega a 
u n e s t a d o de g r a n d i spe r s ión , u t i l i za la tesis c o m o ex-
c u s a p a r a m u c h a s ba jezas ; es te n o se d o c t o r a r á n u n c a . 
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No menos de seis meses; p u e s a u n q u e q u e r á i s h a c e r el 
e q u i v a l e n t e de u n b u e n a r t í c u l o de rev i s t a , q u e no p a s e de 
los s e s e n t a folios, e n t r e e s t u d i a r el p l a n t e a m i e n t o del t ra -
ba jo , b u s c a r la b ib l iogra f ía , o r d e n a r los d o c u m e n t o s y 
r e d a c t a r el t ex to , seis m e s e s p a s a n en u n a b r i r y c e r r a r de 
ojos . Desde luego , u n e s tud io so m á s m a d u r o esc r ibe u n 
e n s a y o inc luso en m e n o s t i e m p o , p e r o t i ene a sus e s p a l d a s 
a ñ o s y a ñ o s de l e c t u r a s , de f ichas, de a p u n t e s , q u e el es tu-
d i a n t e en c a m b i o t i ene q u e s a c a r de la n a d a . 
C u a n d o se h a b l a de seis m e s e s o t res a ñ o s se p i ensa 
n a t u r a l m e n t e n o en el t i e m p o de la r e d a c c i ó n def ini t iva , 
q u e p u e d e ser de u n m e s o de q u i n c e d ías s egún el m é t o d o 
con q u e se h a t r a b a j a d o , s ino m á s b ien en el l apso de 
t i e m p o t r a n s c u r r i d o de sde q u e su rge la p r i m e r a idea de la 
tes is h a s t a la e n t r e g a del t r a b a j o f inal . T a m b i é n p u e d e 
d a r s e el c a s o de u n e s t u d i a n t e q u e t r a b a j a e f ec t ivamen te 
en la tes is d u r a n t e sólo u n a ñ o p e r o saca p r o v e c h o de 
i deas y de l e c t u r a s q u e , s in s a b e r a d o n d e le l l eva r í an , 
h a b í a a c u m u l a d o d u r a n t e los dos a ñ o s p r e c e d e n t e s . 
Lo idea l , a m i p a r e c e r , es escoger la tesis (con el respec-
t ivo p o n e n t e ) al finalizar el segundo año de carrera. En ese 
m o m e n t o ya se e s t á f a m i l i a r i z a d o con las d ive r sas m a t e -
r i a s y se conocen t a m b i é n el t e m a , la d i f icu l tad e inc luso 
la s i t u a c i ó n de d i s c ip l i nas q u e ni s i qu i e r a se h a n e x a m i -
n a d o t o d a v í a . U n a e lecc ión t a n a t i e m p o n o es c o m p r o m e -
t e d o r a ni i r r e m e d i a b l e . Se d i s p o n e de u n l a rgo a ñ o p a r a 
p e r c a t a r s e de q u e la idea e ra e r r ó n e a y c a m b i a r de t e m a , 
de p o n e n t e o h a s t a de d i sc ip l ina . H a y q u e c o m p r e n d e r 
b i en q u e i n v e r t i r u n a ñ o en u n a tesis de l i t e r a t u r a g r iega 
p a r a d a r s e c u e n t a d e s p u é s de q u e se pref iere u n a tesis de 
h i s t o r i a c o n t e m p o r á n e a n o es en a b s o l u t o t i e m p o pe rd i -
d o : al m e n o s se h a b r á a p r e n d i d o a c o n s t i t u i r u n a b ib l io-
graf ía p r e l i m i n a r , a f ichar u n t ex to , a o r g a n i z a r u n resu-
m e n . R e c u é r d e s e c u a n t o h a s ido d i cho en I .3 . : u n a tesis 
s i rve a n t e t o d o p a r a a p r e n d e r a c o o r d i n a r las ideas , inde-
p e n d i e n t e m e n t e del t e m a . 
Por eso, e l ig i endo la tesis a l f ina l izar el s e g u n d o a ñ o se 
d i s p o n e de t r e s v e r a n o s p a r a la inves t igac ión y, si se p u e -
d e , p a r a viajes de e s t u d i o ; p u e d e n e legi rse las a s i g n a t u r a s 
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combinándolas con la tesis. Desde luego, si se hace u n a 
tesis de ps ico log ía e x p e r i m e n t a l es difícil c o r o n a r con el la 
el c u r s o de l i t e r a t u r a l a t ina ; p e r o en m u c h a s o t r a s m a t e -
r i a s de c a r á c t e r filosófico y sociológico se p u e d e l legar a 
u n a c u e r d o con el profesor en c u a n t o a a l g ú n tex to , q u i z á s 
en su s t i t uc ión de los p re sc r i t o s , q u e r e c o n d u z c a la m a r -
c h a del c u r s o al á m b i t o del p r o p i o in te rés d o m i n a n t e . 
C u a n d o es to es pos ib le sin r e t o r c i m i e n t o s d ia léc t icos o 
t r u q u i l l o s pue r i l e s , un profesor in te l igen te prefiere s iem-
p r e q u e el e s t u d i a n t e p r e p a r e un e x a m e n «mot ivado» y 
o r i e n t a d o y no u n e x a m e n ca sua l , forzado, p r e p a r a d o sin 
pa s ión , sólo p a r a s u p e r a r un escol lo inev i t ab le . 
E leg i r la tesis al f inal izar el s e g u n d o a ñ o significa que 
h a y t i e m p o h a s t a o c t u b r e del c u a r t o p a r a d o c t o r a r s e en el 
p l azo idea l , h a b i e n d o d i s p u e s t o de dos años c o m p l e t o s . 
N a d a i m p i d e e legir a n t e s la tes is . N a d a i m p i d e elegir-
la d e s p u é s , si se a c e p t a la idea de e n t r a r u n a vez e m p e z a -
d o el c u r s o . T o d o ind ica q u e no h a y q u e e legi r la d e m a s i a -
d o t a r d e . 
T a m b i é n p o r q u e u n a b u e n a tesis t iene q u e ser d i scu t i -
d a a c a d a p a s o con el p o n e n t e , d e n t r o de los l ími tes de lo 
pos ib l e . Y n o t a n t o p o r a to s iga r al profesor , s ino p o r q u e 
esc r ib i r u n a tesis es c o m o esc r ib i r u n l ibro , es u n ejercicio 
de c o m u n i c a c i ó n q u e s u p o n e la ex i s tenc ia de u n p ú b l i c o y 
el p o n e n t e es la ú n i c a m u e s t r a de p ú b l i c o c o m p e t e n t e de 
q u e d i s p o n e el e s t u d i a n t e en el cu r so de su p r o p i o t r a b a j o . 
Una tesis h e c h a en el ú l t i m o m o m e n t o obl iga al p o n e n t e a 
ho jea r r á p i d a m e n t e los cap í tu lo s o d i r e c t a m e n t e el t ra -
ba jo ya t e r m i n a d o . Luego , si el p o n e n t e la ve en el ú l t i m o 
m o m e n t o y es tá d e s c o n t e n t o del r e s u l t a d o , a t a c a r á al as-
p i r a n t e en la sesión del t r i b u n a l con d e s a g r a d a b l e s resul-
t a d o s . D e s a g r a d a b l e s t a m b i é n p a r a el p o n e n t e , q u e n o 
t i ene p o r q u é l l egar a la sesión con u n a tesis q u e no le 
gus t a : t a m b i é n es u n a d e r r o t a p a r a él . Si él r e a l m e n t e 
c ree q u e el d o c t o r a n d o no consegu i r á enca ja r en el t e m a 
escogido , se lo d e b e dec i r a n t e s aconse j ándo le q u e h a g a 
o t r a tesis o q u e e spe re t odav í a u n poco . Si luego el asp i -
r a n t e , a p e s a r de es tos consejos , cons ide r a q u e el p o n e n t e 
n o t i ene r a z ó n o q u e el p r o b l e m a del t i e m p o es d i sc r imi -
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n a t o r i o p a r a él , a f r o n t a r á i g u a l m e n t e el r iesgo de u n a 
l e c t u r a de tesis b o r r a s c o s a p e r o al m e n o s lo h a r á sobre 
av i so . 
De t o d a s e s t a s o b s e r v a c i o n e s se d e d u c e q u e la tesis de 
seis m e s e s , a u n q u e se a d m i t e c o m o m a l m e n o r , no es en 
m o d o a l g u n o lo me jo r (a m e n o s q u e , c o m o se dec ía , el 
t e m a e leg ido p e r m i t a s a c a r j u g o d u r a n t e los ú l t i m o s seis 
m e s e s a e x p e r i e n c i a s e l a b o r a d a s d u r a n t e los años prece-
den te s ) . 
N o o b s t a n t e p u e d e n exis t i r casos de nece s idad en los 
q u e h a g a fal ta reso lver todo en seis m e s e s . Y en ta l caso se 
t r a t a de e n c o n t r a r u n t e m a q u e se p u e d a a f ron ta r de m a -
n e r a d i g n a y ser ia en ese p e r í o d o de t i e m p o . N o qu i s i e r a 
q u e t o d o es te d i s c u r s o fuera t o m a d o en u n s e n t i d o d e m a -
s i a d o « c o m e r c i a l » , c o m o si e s t u v i é r a m o s v e n d i e n d o «te-
sis de seis meses» y «tesis de seis años» , a