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MARINHA DO BRASIL Escola de Guerra Naval Área III – Política e Estratégia I-3 LEITURAS COMPLEMENTARES DE ESTRATÉGIA (Publicação Didática) ESCOLA DE GUERRA NAVAL Rio de Janeiro 1998 V-1 91.1.1.1.1.1.1.1 escola de guerra naval AE-III POLÍTICA E ESTRATÉGIA SETOR DE ESTRATÉGIA ORIENTAÇÃO DE LEITURA DOUHET, MITCHELL, SEVERSKY: TEORÍAS DE LA GUERRA AÉREA I - FONTE BIBLIOGRÁFICA Este texto foi transcrito de: EARLE, Edward Mead, CRAIG, Gordon A. y GILBERT, Felix. Creadores de la Estrategia Moderna: el pensamiento militar desde Maquiavelo a Hitler. Buenos Aires, Escuela de Guerra Naval, 1948. Tomo II, Seccíon IV y V. pp. 327-356 II - PERTINÊNCIA DO TEXTO PARA OS CURSOS DA EGN O texto visa a introduzir o leitor ao pensamento dos fundadores das teorias do uso militar do ar. O século XX viu a introdução de um elemento inteiramente novo na guerra: o avião. Esse novo instrumento reconfigurou inteiramente a condução da guerra, embora, até o final da I Guerra Mundial, o seu emprego concreto foi bastante intuitivo, carecendo de uma reflexão sistemática; apenas um ou outro autor escrevera alguma coisa, e mesmo estes foram pouco ouvidos nos círculos decisórios. Até então, a reflexão mais incisiva era feita por autores de ficção científica, entre eles o famoso H. G. Wells. Na década de 20, entretanto, irrompe com vigor um conjunto de estudos sobre o emprego militar da aviação, ou poder aéreo, como preferiam os próprios autores, numa clara analogia com o poder marítimo de Mahan. Esses autores deram os passos fundamentais na reflexão sistemática sobre um instrumento sem o que a guerra contemporânea simplesmente é inimaginável. Um conhecimento desse pensamento é indispensável para o estudioso de estratégia. III - SUMÁRIO O texto expõe em linhas gerais e discute o pensamento sobre o poder aéreo de Douhet, Mitchell e Seversky, que, à época da publicação, eram reconhecidos como os fundadores do pensamento sobre o que se convencionou chamar de poder aéreo, particularmente da concepção de bombardeio estratégico. A idéia básica era a seguinte: em função de suas características, o avião era capaz de atingir diretamente os centros de produção inimigos, inviabilizando na prática sua capacidade de combater, e evadindo a necessidade das longas batalhas inconclusivas que caracterizaram a I Guerra Mundial. Como conseqüência, a força aérea não poderia estar submetida ao controle de marinhas ou exércitos, pois estes tenderiam a empregar os aviões para seus próprios propósitos táticos, subtraindo-os de sua tarefa primordial que era atingir diretamente os centros vitais do inimigo. As principais diferenças eram as seguintes: Douhet considerava que qualquer tentativa de se defender contra o bombardeiro eram inúteis e um desperdício de recursos que seriam melhor empregados no incremento do número de bombardeiros; a única maneira de se defender era obtendo a superioridade aérea, que só seria obtenível através de um bombardeio devastador sobre a força aérea inimiga enquanto esta ainda estivesse no solo. Douhet descartava inclusive a aviação de escolta, defendendo um tipo de bombardeiro fortemente armado que pudesse 2 prover a própria defesa — o que, aliás, para Douhet, dificilmente seria necessário, pois seria impossível à defesa aérea inimiga encontrar os bombardeiros a tempo de oferecer-lhes qualquer resistência. Douhet pensava ainda que o papel destinado às marinhas e exércitos tornara-se totalmente secundário, devendo estes reduzirem-se ao mínimo estritamente necessário. A posição de Mitchell era menos radical que a de Douhet: embora defendesse abertamente a constituição de uma força aérea independente e a centralidade do bombardeiro, Mitchell julgava necessárias a aviação de caça e a de escolta. Embora também admitisse a preeminência da força aérea, não tinha o mesmo desprezo que Douhet demonstrava pelas marinhas e pelos exércitos. Seversky, por sua vez, embora fosse um projetista de escol — desenhou de punho próprio uma série de instrumentos aeronáuticos —, é menos importante como teórico, pouco inovando com relação aos outros dois. Entretanto, foi seguramente o mais popular dos escritores sobre poder aéreo antes e principalmente durante a II Guerra Mundial; os estúdios Disney chegaram a produzir um desenho animado inspirado em seus escritos. Sua importância é, nesse sentido, maior como divulgador que como propriamente um teórico. Uma característica que o destaca dos outros dois, entretanto, é sua resistência aos porta- aviões. IV - ASPECTOS RELEVANTES DO TEXTO O texto permite um primeiro contato com as obras de Douhet, Mitchell e Seversky, que eram, à época, os principais proponentes da concepção do bombardeio estratégico, ou seja, a idéia de que forças aéreas independentes dispunham da capacidade de encerrar a guerra praticamente sozinhas, relegando às demais forças um papel relativamente secundário. Essa concepção persiste, de maneira mais controversa que antes, até os dias de hoje, embora seja menos aceita do que então. O segundo aspecto relevante do texto é exatamente a discussão dessa idéia, bem como a contraposição entre os diversos autores considerados. V - ENQUADRAMENTO NA LITERATURA DOS ESTUDOS ESTRATÉGICOS Esse texto faz parte de uma coletânea publicada originalmente, em inglês, em 1942, em plena II Guerra Mundial. O livro organizado por Mearle é a primeira consolidação de estudos acadêmicos civis sobre o pensamento estratégico e os diversos autores considerados. É a segunda grande obra feita no mundo civil sobre assuntos estratégicos, sendo a primeira a de Sir Julian Corbett. O reconhecimento de que, apesar de seu enorme valor, essa obra havia sido superada levou a uma nova edição, com vários textos novos substituindo os antigos — embora alguns destes tenham permanecido —, organizada por Peter Paret e publicada em 1986. O texto ora apresentado é um tanto antigo. Muito já se escreveu sobre a experiências das forças aéreas na II Guerra Mundial, muito já se discutiu sobre as principais teorias e concepções acerca de seu emprego, e muitas teorias novas já foram propostas — por exemplo, as idéias do Coronel Warden e do Coronel Boyd. Entretanto, não cabe nenhuma dúvida de que os autores aqui considerados são os fundadores do pensamento sistemático acerca do emprego militar dos meios aéreos. A exceção não considerada no texto é Trenchard; este, porém, não é propriamente um teórico, mas um organizador, cujo pensamento de fato informou toda a concepção e desenvolvimento da Royal Air Force e influenciou mais de uma geração de oficiais e políticos intimamente ligados ao desenvolvimento da aviação militar. VI - LEITURAS COMPLEMENTARES Douhet, Giulio. O domínio do ar. Belo Horizonte, Editora Itatiaia, 1988. V-3 Mitchell, William. Winged defense: the development and possibilities of modern air power — economic and military. New York/London, G.P. Putnam’s Sons, 1925. Seversky, A. P. A vitória pela Força Aérea. Belo Horizonte, Editora Itatiaia, 1988. Warden, John A., III. The Air Campaign: planning for combat. Washington, National Defense University Press, 1988. Meilinger, Philip S. (ed.). The paths of Heaven: the evolution of airpower theory. Maxwell Air Force Base (Alabama), Air University Press, 1997. 4 DOUHET, MITCHELL, SEVERSKY: TEORÍAS DE LA GUERRA AÉREA Edward Warner Es unicamente en un sentido muy limitado que puede hablarse con precisión literal sobre las teorías del poder aéreo. Es evidente que cualquier cambio de ideas sobre el poder aéreo ha dado por sentado la factibilidad del vuelo; pero las discusiones que en realidad han tenido lugar han admitido típicamente no sólo la existencia de aviones, sino también la existencia de determinadas clases de aviones, poseedores de características extraordinarias. Las conclusiones finales han dependido de las presunciones aceptadas con respecto a las características del material. Douhety otros han aportado contribuciones notables en la teoría del empleo del poder aéreo; pero el gran debate de los últimos veinte anos que ha hecho familiarmente conocidos los nombres de Douhet y de Mitchell, no ha estado relacionado con una elección de teorías de ese estilo, sino con la aceptación o el rechazo de una doctrina fundamental. La doctrina fundamental es que el aeroplano posee tal omnipresencia y tales ventajas en velocidad y altura, que dispone del poder para destruir todas las instalaciones e instrumentos en superficie, así en tierra como a flote en el agua, en tanto que él mismo resulta estar comparativamente a salvo de cualquier represalia efectiva tomada desde abajo. De aceptarse exacta esta doctrina, la preponderancia del desempeno de la fuerza aérea en la institución militar — y la necesidad de planificar toda campana teniendo especial cuidado de crear las condiciones más ventajosas par las fuerzas aéreas propias, y las más desventajosas para las del adversario — surge evidente y automáticamente. Las largas controversias sobre la relación entre las fuerzas aéreas y las armas terrestres en una organización militar, y la distribución del esfuerzo entre las distintas armas, han sido incidentales en una controversia sobre la inherente capacidad del avión, sea cual fuere su forma de empleo. La diferencia de opinión entre los más celosos sostenedores del culto del poder aéreo, y el más empecinado y extremoso de los escépticos, no ha establecido una diferencia acerca de las teorías del empleo estratégico o táctico de los elementos disponibles, sino acerca del poder fundamental de un arma especial. En sus escritos, los defensores de la doctrina de la supremacía inherente al poder aéreo se han expresado, por lo general, en forma profética, hasta poco después del final de la guerra de 1914 a 1918. En el mes de julio de 1921, el Cuerpo Aéreo del Ejército de los Estados Unidos hundió al ex acorazado alemán “Ostfriesland” en unas experiencias realizadas frente a los Cabos de Virginia (Cabos Charles y Henry), dando la primera demostración práctica de que las bombas propulsadas por la sola fuerza de la gravedad, eran capaces de enviar un buque acorazado al fondo del mar. Con posterioridad a eso, el sentido prevaleciente en la manifestación de pretensiones del poder aéreo hacia la supremacía, cambió pasando del futuro al presente. Pero las complicaciones que traia aparejadas la supremacía del aeroplano — después de haber obtenido un mayor grado de adelanto técnico — eran comprendidas perfectamente antes del experimento con el “Ostfriesland”. Al referirse al avión, como así también al submarino, los estudiosos responsables del arte militar, se vieron precedidos por novelistas y por los dramatizadores de la ciencia en la divulgación popular. Dichos escritores nada de importancia actual tienen para ofrecer a la ciencia militar; pero se muestran enfáticos en haber previsto, en toda su magnitud, la doctrina de la supremacía aérea ya citada, como fundamentando las teorías de Douhet y de Mitchell y EGN/GEE V-5 de sus modernos suceseres, Seversky y Ziff. H. G. Wells en su libro War in the Air (La Guerra en el Aire) describió una invasión aérea pausada, sistemática y destructiva, en un grado tal, que hasta excedía las experiencias mundiales de destrucción efectiva realizadas durante la presente guerra. El Puente de Brooklyn era “destruído y derrumbado” por una sola aeronave en su primer pasaje sobre el blanco: “La Municipalidad, el Palacio de Justicia y la Central de Correos (de Nueva York), quedaron reducidos a un montón de ennegrecidas ruinas después del primer día de la visita aérea del enemigo”. “Así imaginó también Bert Smallways el primer combate de la aeronave y el combate final de... los buques de combate acorazados... Debían obtenerse fondos para ellos a cualquier costo — así lo exigía el derecho de existencia de una nación durante esa época extrana en que artefactos de tipo canasta y de gas de poco costo, arrasaban con todo cayendo desde el cielo!” 3 Los primeros escritores de temas específicos sobre aeronáutica militar, que escribieron en la época comprendida entre cuando los Ejércitos de las grandes potencias comenzaron a adquirir sus primeros aeroplanos (1909) y estalló la Primera Guerra Mundial, fueron tan apocalípticos en sus visiones del futuro, como lo era el novelista. Para citar algunos ejemplos: “Aeronaves. Qué horrible significado llegaría a tener esta palabra para la multitud repentinamente anonadada en medio de su marcial regocijo! Quién puede describir el horror que haría presa de sus corazones, cuando miraran desesperadamente a los extranos a recobrar el habla, las aeronaves, con bien dirigente llegara a recobrar el habla, las aeronaves, con bien dirigidas bombas explosivas, habrían destruido el Parlamento...”4 “En un cierto momento crítico y antes de que la guerra fuera declarada, una flota aérea podría ser concentrada a unas 40 ó 50 millas de nuestra costa (la britânica) y una vez recibido un mensaje radiotelegráfico, asestar sus golpes dentro de las dos horas de estallada la guerra ! . . . Sheerness, Portsmouth y Rosyth quedarían todas expuestas al ataque por tierra o por mar (después de hechas las incursiones aéreas), mientras otra parte de la flota aérea podía efectuar incursiones destructivas sobre Londres, los Midlands... y otros grandes puertos comerciales... Al dejar fuera de servicio a nuestras fuerzas navales en dos puntostales como Sheernes y Portsmouth, la flota aérea alemana habría abierto el camino para una incursión naval alemana que sirviera de protección a una fuerza expedicionaria... y este sería el último capítulo de la guerra”5. Esto fué escrito cinco anos antes de que comenzara la Primera Guerra Mundial y no muchos años después del primer vuelo de los hermanos Wright. Considerado frente a las imperfecciones e inseguridades de los aviones de la época, era una profecía audaz. Podía encontrárselo exagerado, únicamente señalando a su autor como demasiado avanzado con respecto a su tiempo; pero eso ha sido la especie de profecía que ha colocado en serios apuros a escritores más recientes dedicados al mismo tema. Un ejemplo descripto en forma menos pintoresca pero más específico y apenas menos alarmante, es el siguiente relato de fecha ligeramente posterior: “Un experto militar de gran reputación, hablando de los estragos que una flota aérea enemiga podría causar, mediante un ataque sobre el Valle del Támesis entre Hammersmitch y Gravesend, observó: Todas estas 50 millas de concentrada esencia del Imperio, están a la merced absoluta de una máquina aérea, que podría arrojar una docena de proyectiles incendiarios en ciertos puntos elegidos de antemano! Hace muy pocos días que un famoso constructor me mostró como. . . sería posible, para un enemigo, dejar caer sobre Londres un par de cientos de toneladas de explosivos... Lo que significaría un ataque aéreo como ese, ha sido descripto por Lord Montagu de Beaulieu. Supongamos, dijo, que Londres fuera atacada así desde el aire al iniciarse la 3 H. G. Wells: The War in the Air (Londres, George Bell and Sons; Nueva York The Macmillan Co., 1908), págs. 167-208. 4 R. P. Hearne: Aerial Warfare (Londres: John Lane; The Bodley Head: Nueva York; John L. Lane Company, 1909), págs. 136-137. 5 Idem., pág. 169. 6 guerra. Cuáles serían los resultados? Imagínense destruídos al edificio de la Bolsa de Comercio, a los principales bancos, las grandes estaciones ferroviarias, y nuestros medios de comunicación. Semejante golpe en el verdadero corazón del Imperio, declaró Lord Montagu: ‘sería como paralizar los nervios de un hombre vigoroso con un soporífero, antes de que tuviera que pelear por su existencia: la fuerza muscular existiría, pero el cerebro estaría incapacitado para dirigirla’”6. — I — La defensa del poder aéreo como instrumento de guerra predominanteadquirió fuerza cuando provino de hombres que habían sido sometidos a las pruebas de la actual guerra. La guerra de 1914 a 1918 destacó a los dos hombres que, durante una docena de anos después de ella, fueron los propagandistas máximos de la doctrina de la supremacía del avión, y sus escritos desempenaron un papel importante en la evolución de una simple fe en esa doctrina, en su uso como base para las teorías del empleo táctico de fuerzas y en la selección de objetivos. Existieron notables paralelos entre las vidas de Giulio Douhet y William Mitchell. Los dos ingresaron en el Ejército en su juventud, mucho antes que los hermanos Wright hubieran realizado su primer vuelo. Los dos tuvieron una imaginación que les hacía buscar el empleo relacionado con los adelantos de otras novedades mecánicas en la institución militar, antes de sentirse atraídos por la aviación. Los dos se transformaron en severos críticos de la dirección militar de su tiempo, y sufrieron castigos impuestos por tribunales militares, dada la clase de sus críticas y la forma de expresarlas. Los dos fueron escritores de fluidez comprensible y atrayentes: Mitchell dedicó sus publicaciones principalmente a influir en el público; Douhet, en cambio, escribió más específicamente para un auditorio profesional militar. Giulio Douhet nació en el ano 1869 y murió en 1930. Ingresó en el Ejército como oficial de artillería; resultado de la carrera natural italiana para oficiales. Se transformó en uno de los primeros propulsores del desarrollo del transporte motorizado para servicio de los Ejércitos; más tarde manifestó su inclinación por las ciencias haciendo investigaciones sobre gases a bajas temperaturas; y en 1909, hizo su primer escrito sobre la importancia del poder aéreo. En 1915 ya había concebido la imagen de la guerra total, y de ese quebrantamiento de la moral civil mediante el ataque aéreo que tanta influencia tuvo en el desarrollo posterior de sus ideas. Fué también partidario de la “destrucción de las naciones” desde el aire, como una medida militar. Hacia fines de 1916, después de haber enviado a un miembro del gabinete italiano ciertos memorandums en los que criticaba acerbamente la política del Estado Mayor italiano, fué juzgado por una corte marcial y condenado a un ano de prisión. La sentencia del tribunal fué normalmente repudiada, y dejada sin efecto en 1920. En el interín, fué llamado de nuevo al servicio en febrero de 1918, y colocado al frente de la División Central de Aeronáutica. Obtuvo el grado de general en 1921, ano a partir del cual datan sus primeros escritos serios sobre el poder aéreo. Fué nombrado comisario de la aviación inmediatamente después de la marcha fascista sobre Roma, pero se retiró del gobierno para dedicarse a la defensa literaria de sus puntos de vista relativos a política. William Mitchell nació diez anos más tarde que Douhet, y vivió seis anos más que su colega italiano. Se enroló en la infantería en 1898 y muy poco tiempo después fué destinado al Cuerpo de Senales. Sirvió en Alaska siendo un oficial joven, construyó allí una importante parte de la línea telegráfica de Alaska, y su convencimiento de la inmensa importancia estratégica de ese territorio y de la región sub-ártica en general, tuvo mucha influencia en el desarrollo de sus ideas sobre ciencia militar. Se mostró activo en la primera aplicación de la radio y del transporte motorizado en el Ejército, y en 1917, al entrar los Estados Unidos en la Primera Guerra Mundial, dirigió sus miras hacia una aplicación más reciente de la ciencia, y 6 Claude Grahan-White y Harry Harper. The Aeroplane in War. (Londres, T. Werner Laurie, 1912). págs. 208-209. EGN/GEE V-7 fué pasado al servicio aéreo. Aprendió a volar en 1916, fué enviado a Europa como observador justamente antes de que los Estados Unidos entraran en la guerra, y progresó firmemente hasta llegar al comando más alto en las operaciones del servicio aéreo norteamericano, que dirigió durante las semanas últimas de la guerra. Después de una gira de post-guerra a los principales Estados europeos con el objeto de estudiar el status de la aviación en los países aliados y enemigos, fué nombrado segundo jefe del servicio aéreo, teniendo el grado de brigadier general, puesto éste que ocupó desde 1921 hasta 1925. Su celo en favor de una fuerza aérea unificada, separada del Ejército y de la marina de guerra, y sus vehementes críticas a la política entonces seguida por los ministerios de guerra y de marina, culminaron finalmente en una declaración que acusaba a los ministerio de guerra y de marina de “incompetencia, de negligencia criminal, de una administración casi traidora de la defensa nacional” y afirmaba que los oficiales “y agentes enviados por los Ministerio de Guerra y de Marina al Congreso, habían suministrado casi siempre una información incompleta, enganosa y falsa sobre la aeronáutica”. Juzgado por una corte marcial en el otono de 1925, fué declarado culpable y sentenciado a la suspensión de empleo por cinco anos. Pidió su baja del ejército el 10 de febrero de 1926. De ahí en adelante, dedicó mucho de su tiempo durante los restantes diez anos de su vida, a pronunciar conferencias, escribir y comparecer ante comisiones abogando por la causa de una fuerza aérea unificada, y denunciando a la dirección de aeronáutica tanto militar como civil de los Estados Unidos, como así también a la investigación aeronáutica norteamericana e industria de aviación norteamericana, a todas las que hizo responsables de retardos en el desarrollo técnico. Durante los seis anos que precedieron a su pedido de baja del Ejército, el General Mitchell había sido el líder de la campana por un mejor reconocimiento del valor del poder aéreo en la organización militar norteamerieana. Su nombre continuó siendo y lo es todavía, el símbolo de esa campana. — II — El poder aéreo había llamado la atención de Douhet ya en el ano 1909. Hasta en esa época lejana había previsto él su significado revolucionario en la estrategia militar; pero sus ideas fueron desarrolladas, por primera vez, con cierto detalle (aun cuando en una forma muy elemental y limitada) en su primer libro escrito en 19217. En una edición revisada de la misma obra aparecida seis anos más tarde, estas ideas recibieron una expresión más comprensiva y una expresión definitiva en lo que respecta a conclusiones generales8. Douhet fué también el autor de una larga serie de artículos publicados en varios periódicos militares y aeronáuticos; de esos artículos, el más conocido, y que más veces lla sido reimpreso, es una descripción novelera de una guerra futura imaginaria entre Alemania y Francia9. Aunque la “teotría Douhet” pronto se convirtió en un tema de referencia frecuente y voluble, fué solamente después de la muerte de su autor que su traducción la puso directamente al alcance de mucho público fuera de Italia. Una parte importante de su libro fué publicada en francés en 1~10; y a su vez traducida al inglés y presentada en forma mimeográfica a los oficiales del Cuerpo de Aviación de los Estados Unidos en el ano 1933. También fué publicada en forma abstracta en un periódico militar britânico11. Una traducción alemana apareció en 1935, y al finalizar el ano 1942, una traducción completa de los principales 7 Giulio Douhet. Il Dominio Dell’Aria: saggio sul’arte della guerra aerea. Roma, Stab. Poligr., per l’Amministrazione della guerra, 1921. 8 Douhet, Il Dominio Dell’Aria (2. ed.). Roma, Instituto Nazionale e Fascista di Cultura, 1927. 9 Douhet, “La Guerra del’19...” Rivista Aeronautica (marzo, 1930), págs. 409-502. 10 Douhet, “La Guerre de L’Air”. Les Ailes (París, 1932). 11 Royal Air Force Quarterly (abril, 1936), pág. 152. 8 escritos militares de Douhet fué, por primera vez, puesta al alcance del público de habla inglesa12. Las obras escritas por Douhethan sido provechosamente complementadas mediante una cantidad de estudios críticos que han pasado revista, no sólo al contenido de sus propios escritos, sino también al curso seguido en las numeroses polémicas sostenidas con sus contrarios13. Las presunciones más importantes que fundamentan la teoría Douhet son que: 1. Los aviones son instrumentos ofensivos de potencialidades incomparables, contra los cuales no puede preverse defensa efectiva alguna; 2. La moral de la población civil ser quebrantada por el bombardeo de los centros de población. Sobre esa base dedujo la teoría cuyos elementos fundamentales son: a) “Para asegurar una defensa nacional adecuada, es necesario y suficiente estar en condiciones de conquistar el dominio del aire en caso de guerra”14. b) Los objetivos primordiales del ataque aéreo no debieran ser las instalaciones militares, sino las industrias y los centros de población alejados de la zona de operaciones de los Ejércitos terrestres. c) Una fuerza aérea enemiga, en particular, no debiera ser enfrentada principalmente mediante combates aéreos. sino mediante la destrucción de sus instalaciones en tie rra y de las fábricas de donde provienen su aprovisionamiento en materiales. d) La función de las fuerzas de superficie debiera ser de un carácter defensivo, destinada a mantener un frente y a impedir el avance del enemigo sobre el terreno, y en particular a evitar una captura del enemigo, por acción en tierra, de las comunicaciones, industrias e instalaciones de la fuerza aérea propia, al mismo tiempo que el desarrollo de la ofensiva aérea propia esté procediendo a mantener a prueba la voluntad de resistir del Ejército enemigo y del pueblo enemigo, con su paralización de la capacidad enemiga. e) Con el fin de aplicar el esfuerzo total en la forma más económicamente posible, al empleo de aviones de caza especialmente disenados para combatir en la defensa contra los bombarderos enemigos, debiera ser decidido de antemano. El tipo básico de equipo para la fuerza aérea debiera ser un “avión de combate” que al mismo tiempo que bombardea, disponga de seguridad propia, o pueda ser empleado alternativamente sólo con fines de combate. En cuanto al acierto de la primera de estas conclusiones, no puede haber sino una duda pequena, si el “dominio del aire” es interpretado en un sentido verdaderamente estricto. Si un Estado beligerante está en condiciones de atacar a voluntad a su enemigo desde el aire, y si todas las defensas contra dicho ataque han sido eliminadas, resulta inevitable la victoria del Estado que posee el libre empleo del poder aéreo sobre el Estado que no posee tal poder y carece de una defensa estática contra el ataque aéreo. La conclusión es buena; pero la dificultad consiste en llegar a obtener ese grado del dominio del aire, que es un proceso mucho m s difícil de lo previsto por Douhet. Las defensas enemigas, tanto aéreas como antiaéreas, se aferran obstinadamente a su vida y a un grado de efectividad cuando menos suficiente para poder imponer restricciones a la libertad de acción del poder aéreo atacante. Fué en su insistencia sobre la segunda de sus conclusiones básicas-la preferencia del objetivo industrial sobre el militarque Douhet se anticipó más a la futura evolución. La idea no era 12 Douhet: The Command of lhe Air, traducido por Dino Ferrari (Nueva York. Coward-McCann Inc., 1942). En todas las cltas subsiguientes relacionadas con las publicaciones de Douhet, incluidas en “The Command of the Air”, se hace especial referencia más bien a esta traducción que a los originales italianos, debido a que se presume estar n más al alcance de la mayoria de los lectores de habla inglesa. 13 Coronel P. Vauthier: La doctrine de Guerre du General Douhet. París, Berger-Levrault, 1935; H. de Watteville. “Armies of the Air”: The Nineteenth Century and After (0ctubre, 1934), págs. 353-368; N. N. Golovine. “Air Strategy”: Royal Air Force Quarterly (abril, 1936), pág. 169. 14 The Command of the Air, pág. 28. EGN/GEE V-9 nueva. Ya han sido citados aquí libros que aparecieron aún antes del ano 1914, y predecían el aniquilamiento desde el aire, de la industria y de los centros de control financiero; pero fué Douhet el primero que hizo del objetivo industrial en el ataque aéreo, el centro de toda una doctrina militar, creada y promulgada y fomentada durante un largo espacio de tiempo. La importancia de los objetivos industriales y de las bases aéreas enemigas como puntos de ataque, ha ido en aumento con el correr del tiempo; pero toda la teoria de Douhet sobre la elección de objetivos, basada, como estaba, en su apreciación de la cualidad de relativa fragilidad de la moral de la población civil, no ha tenido éxito a través de los anos. De una u otra forma puede llegarse finalmente al límite de la resistencia humana en alguna parte; pero que dicho límite pueda ser alcanzado con esa facilidad prevista por Douhet, lo niegan rotundamente los coros de negativas levantados por las expresiones de las personas sobrevivientes de las poblaciones no conquistadas, partiendo desde Chungking hasta llegar a Coventry. Debe decirse en favor de Douhet, que estaba considerando las consecuencias de la tremenda concentración de ataque contra una población virtualmente indefensa, a producirse después de logrado el “dominio del aire”; pero aun así, aparece evidentemente como habiendo subestimado la enteresa con que el bombardeo es soportado. “Sobre este punto quiero llamar la atención respecto de un aspecto del problema, a saber, que el efecto sobre la moral de tales ofensivas aéreas, puede muy bien afectar más a la conducción de la guerra, que a sus efectos materiales. Considérese, por ejemplo, el centro de una gran ciudad, e imagínese lo que sucedería entre la población civil, durante un solo ataque hecho por una sola unidad de bombardeo. Por mi parte, no dudo de que su consecuencia sobre la gente sería terrible... “Lo que le podía suceder a una sola ciudad en un solo día, también podría sucederle a diez, a veinte o a cincuenta ciudades. Y visto que las noticias se trasmiten rápidamente aún sin telégrafo, teléfono o radio, lo que yo les pregunto es: Cual sería el efecto sobre los civiles de otras ciudades todavía no atacadas, pero igualmente propensas a los ataques de bombardeo aéreo? Qué autoridad civil o militar podría mantener el orden, el funcionamiento de los servicios públicos, y la continuidad de la producción bajo tal amenaza? Y aún aceptando que alguna semblanza de orden pudiera mantenerse y cumplido algún trabajo, no sería el avistamiento de un solo avión suficiente para contagiar de pánico a la población? En definitiva: la vida normal sería imposible en medio de esta constante pesadilla de muerte y de destrucción inminente. Y si en el segundo día otras diez, veinte o cincuenta ciudades fueran bombardeadas, quién podría evitar que esa gente, presa de pánico, huyera de la ciudad al campo abierto para escapar de ese terror llegado desde el aire? “Un derrumbe completo de la estructura social no puede tener lugar en un país sometido a esta clase de despiadados golpes demoledores provenientes desde el aire. Pronto llegaría el momento en que para terminar con sus horrores y sufrimientos, el pueblo mismo, arrastrado por el instinto de su propia conservación, se alzaría pidiendo poner fin a la guerra; esto antes de que su Ejército y marina de guerra tuvieran materialmente tiempo para movilizarse!”15. El concepto de destrucción desde el aire de Douhet, así se tratara de industrias o de ciudades, fué logrado en base a sutilezas matemáticas. Aceptando tácitamente un patrón de destrucción por bombardeo perfectamente uniforme, serían suficientes 20 toneladas de bombas “para la completa destrucción de todo, en un círculo de 500 metros de di metro”. Esto significaría la obtención de “una destrucción completa”, con un gasto de 20 toneladas de bombas pormilla cuadrada de territorio devastado. “Qué sucedería en una gran ciudad como Londres”, pregunta Douhet, “si en la parte central de la ciudad resultaran completamente destruídas una, dos o cuatro extensiones de 500 metros de diámetro?” Estima que con una flota aérea de 1000 aeroplanos de bombardeo, podrían ser destruídas diariamente 50 de esas extensiones. La notable discrepancia entre esta predicción y los resultados reales de los anos 1940 a 1941, o 15 The Command of the Air, pág.57-58 10 entre las predicciones de Douhet y el peso de las bombas realmente empleadas por la Real Fuerza Aérea en sus incursiones sobre Alemania para lograr efectos mucho menores que los estimados por Douhet, es debida principalmente a su subestimación de la cantidad de energía explosiva de las bombas, que dejadas caer entre estructuras sólidamente construídas, se pierde en el aire libre, y también a una previsión demasiado optimista acerca de la exactitud con que las bombas pueden ser arrojadas a fin de evitar cualquier malgaste por efecto de ataques dobles a zonas ya atacadas. Allí donde existen edificios de construcción liviana, como ocurre con las pequenas residencias, los cálculos de Douhet de que una bomba de una tonelada destruiría una superficie de 375 pies de diámetro (o al menos la convertiría en inhabitable para un futuro inmediato), ha sido más o menos confirmada por la experiencia; pero el radio de destrucción de las bombas arrojadas en calles de una ciudad que cuentan con edificios de sólidas estructuras de ladrillos y concreto, y en especial el de las caídas entre los de armazón met lica, ha resultado ser mucho menor. Aun tratándose de estructuras livianas, la realización práctica del cálculo de Douhet hubiera requerido que las bombas cayeran uniformemente espaciadas como formando un tablero de damas. Douhet estuvo acertado en su apreciación del papel más importante que tendría la bomba incendiaria; su predicción del empleo efectivo y en gran escala de bombas de gas no ha sido llevada a la práctica hasta la fecha. A este respecto, debe hacerse notar que Douhet asignó muy poco valor, a las conversaciones sobre limitación de dichas armas. En palabras que razonablemente pueden considerarse expresión de las ideas del autor, una de las referencias del informe novelero de Douhet sobre futuras guerras, dice: “Frente al instintivo interés propio, y a la supervivencia de la nación, toda convención pierde su valor, y todo sentimiento humanitario pierde su importancia. El único principio a ser tenido en cuenta es la necesidad de matar para evitar ser muerto”16. A pesar de que los escritos de Douhet asignan a las fuerzas de superficie una función explícita en mantener defensivamente una línea terrestre, ya sea detrás de fortificaciones permanentes o establecida en trincheras, y a pesar de que para las fuerzas navales se considerara un papel defensivo an logo, es hábil la presunción de que con un acertado aumento en el empleo del poder aéreo, el desarrollo de los acontecimientos sería tan rápido, que se necesitaría muy poca resistencia para retardar a una fuerza enemiga terrestre, durante el tiempo suficiente para evitar que hiciera ella algún dano antes que el éxito fuera ya decidido por otros medios. En su visión de una guerra futura17, Douhet describe a Francia, con cuatro de sus ciudades “transformadas en masas llameantes” luego de una hora de bombardeo, y clamando por la paz después de 36 horas del primer acto de beligerancia. Douhet, más que cualquier otro escritor, fué el precursor del concepto de la victoria mediante un rápido aplastamiento del adversario; concepto este que más tarde llegó a una expresión de climax apocalíptico en las visiones de autores profanos18, y finalmente a una predicción, más sobria y razonable, de que la guerra que comenzó en 1939 llegaría a una decisión terminante pocos días después de haberse iniciado en forma efectiva las hostilidades19. Aunque Douhet había sido un técnico y un científico, demostró poseer muy poco conocimiento de los problemas de la ingeniería aeronáutica. Al igual que muchos otros escritores que abarcaron ese mismo tema, consideró al aeroplano como un instrumento mucho más económico y simple de lo que en realidad es, y como mucho más fácil de cambiar de funciones mediante un simple y rápido cambio de equipo en el terreno, de lo que en realidad ocurre. Su sustitución del tipo de avión de caza especializado por el “avión de combate”, que 16 The Command of the Air, pág. 309. 17 Douhet, “The war of 19...”, tal como aparece en The Command of the Air, pág. 374-389. 18 Ver por ejemplo Stuart Chase. “The Two-Hour War”, Men and Machines (Nueva York, The Macmillan Co, 1929), pág. 307. 19 Ver inter alia: Alfred G. Williams, citado en el Time (octubre 23 de 1939), página 32. EGN/GEE V-11 ya ha sido mencionado como uno de los caracteres distintivos de su teoría, provenía en parte de su creencia de que el avión podía ser disenado, en forma tal, que las bombas y el combustible podían ser fácilmente substituidos por armamento ofensivo o defensivo. Tal sustitución hecha en una escala verdaderamente grande, habría estado muy lejos de ser sencilla en la época en que él escribía, y se ha vuelto desde entonces cada vez más difícil; en realidad impracticable dada la creciente especialización de tipos y los progresos mecánicos introducidos desde ese entonces. Douhet no desdenó por completo al caza, pero llegó a concluir que sus características debían ser esencialmente las mismas que las del bombardero, y que la fuerza aérea hubiera tenido un desarrollo antieconómico en su poder, construyendo máquinas que no tuvieran otra función que la del combate. Durante los anos que precedieron a 1939, las ideas de Douhet sobre la perspectiva cada vez menor de la importancia del avión de caza, fueron compartidas por un cierto número de oficiales con experiencia práctica en operaciones. Sus razones no eran, sin embargo, las mismas invocadas por Douhet, y tres anos de experiencia de guerra efectiva, han dejado todavía al avión de caza monoplaza, evidentemente en un lugar de primera categoría en cuanto a importancia. El hecho de que en la postrimería de los anos 1942 y 1943, formaciones de bombarderos norteamericanos fueran capaces de atravesar fuertes concentraciones de cazas atacantes en la Europa Occidental sin sufrir pérdidas prohibitorias, podría llegar a dar algún apoyo a las creencias de Douhet; pero la experiencia adquirida hasta el momento de escribir este capítulo es todavía inconclusa en tal sentido, y en 1943 los más entusiastas defensores del bombardeo, difícilmente habrían apoyado a Douhet, en proclamar, con carácter general, la ineficacia del avión de caza. Pero Duhet fué todavía más lejos en su idea de la universalidad de funciones, concibiendo empleos entreverados entre los de carácter militar y civil. “De examinar cuidadosamente las características funcionales de los aviones de combate y bombardeo, como yo he tratado de definirlas, podemos ver rápidamente, que en general son casi idénticas a las características funcionales de la aviación civil. Al fin y al cabo, el avión de bombardeo es en esencia un avión transporte, de velocidad media y suficiente radio de acción, especialmente equipado para llevar bombas. . . Mediante un entendimiento mutuo entre la aviación militar y civil, los aviones civiles pueden transformarse en aviones militares, llegado el caso de tener que recurrir a esa necesidad. Esto a su vez implica que con los adelantos hechos por la aviación civil, una Fuerza Aérea Independiente puede confiar, para cubrir muchas de sus necesidades y gran parte de su equipo, en el progreso de la aeronáutica civil, además de la militar”20. Reconoció que tales máquinas no serían las ideales ya sea para fines militares o civiles, pero continuó expresando: “Ser siempre necesariollegar a una solución de compromiso entre los dos extremos. La guerra se hace con masas, y las masas están compuestas por cosas o personas de término medio. Una fuerza aérea necesita aviones de características término medio similares a las de la aviación civil”. Debiera rsecordarse que después del ano 1927 la confianza de Douhet en la utilidad de combate directo del avión de transporte civil comenzó a declinar, y que en sus eseritos posteriores dichas máquinas fueron asignadas como reserva para funciones secundarias. El enunciado de que la guerra es hecha con masas, y la proposición de que el empleo de aviones civiles convertidos podría ser contemplado en interés de la economía, están más bien en disidencia con el habitual exceso de optimismo de Douhet, en cuanto a la economía de las operaciones aéreas. De ese modo expresa: “Una flota aérea capaz de lanzar cientos y cientos de toneladas de bombas es fácil de construir. “Estos proyectiles (las bombas) no requieren ni metales de características especiales, 20 The Command of the Air, pág.47-48. 12 ni un travajo muy esmerado en su fabricación. “Una fuerza aérea adecuada para conquistar la supremacía en el aire, especialmente al iniciarse el conflicto, sólo requiere armas limitadas, personal limitado, y pocos recursos financieros. Esta fuerza puede ser organizada sin llamar la atención de los adversarios probables”. En el cuadro de Douhet de la guerra del futuro21 los alemanes figuran como poseyendo 1500 bombarderos solamente. De este número, sólo 100 son bombarderos pesados, o sea bombarderos sustancialmente iguales, en peso y poder, a los bombarderos pesados de 1942; tales como las Fortalezas Volantes Norteamericanas y los Liberator y los Lancaster britânicos. En el primer día de la guerra imaginaria, a un tercio del total de esa flota se lo supone perdido, pero al mismo tiempo los alemanes logran destruir la mayor parte de la fuerza de cazas francesa enviada en su contra, quedando el curso futuro de los acontecimientos sometido enteramente a su propio mandamiento. La pérdida anticipada de un tercio del total de las flotas aéreas victoriosas, en el primer día de lucha, es una nota característica. Douhet no tenía confianza en las reservas. Todo poder aéreo debía ser puesto en el platillo de la balanza al iniciarse la guerra. Mantener algo en reserva, era un síntoma de la política defensiva que tanto detestaba él, por ser tanto más costosa y menos efectiva, que las audaces e ilimitadas ofensivas destinadas a conseguir la inmediata destrucción de los recursos y bases del enemigo. En su énfasis sobre el valor de la ofensiva, dejó de lado medidas defensivas, sin tener en cuenta las posibilidades de que también ellas podían ser sometidas a mejoramientos técnicos. En particular, dejó de percibir el extraordinario perfeccionamiento de la radio-localización de aviones enemigos, y estimó que la intercentación de hombarderos por los cazas. sería en gran parte un asunto de suerte. Hizo a un lado al fuego antiaéreo con la observación de que: “E1 empleo de la artillería contra aeroplanos pasa a ser un inútil gasto de energía y de recursos”. No tenía una idea mucho mejor de la defensa aérea, y citó como precedente histórico, el hecho de que “cada vez que un ataque aéreo era llevado a fondo los anos de 1915 a 1918, ese ataque cumplía su objetivo”. La peor de todas las fallas de Douhet relativa al perfeccionamiento técnico, ya sea juzgado por los “standards” de los técticos especificamente aeronáuticos de su tiempo, o por la experiencia acumulada en los siguientes quince ainos, fué el hecho de haber restado importancia a la velocidad en los aviones militares. Tal vez influenciado por la analogía naval, fijo su atención primordialmente en la fuerza. No descuida por completo a la velocidad; la menciona con frecuencia como una cualidad deseable; pero llega reiteradamente a la conclusión de que su importancia es muy pequena, en comparación con otros elementos de desempeno para los aviones. “Asi se trate de bombarderos o de aviones de combate, no precisan esos aviones más que una velocidad mediana. No es necesario insistir sobre la velocidad; es de poca importancia que los adelantos técnicos puedan pronto proveer aviones de bombardeo o de combate que, conservando otras características básicas inalteradas, tendrán una velocidad de 10 a 20 millas más por hora” 22. Douhet estuvo acertado al profetizar la importancia del bombardero pesado; también tuvo razón en anticipar el empleo del blindaje en los aviones, en una época en que contaba con muy pocos simpatizantes; pero estuvo completamente equivocado, en todo lo que hasta ahora se ha podido evidenciar en cuanto a su comparativa indiferencia respecto de la velocidad; factor que en realidad ha resultado ser una de las características más vitales en todo tipo de avión militar. En cuestión de velocidades, el error residió en la estimación de magnitudes; pero en otras cosas, Douhet estuvo equivocado hasta el punto de cometer grandes errores en asuntos técnicos. Creyó, por ejemplo, que el poder de sustentación mínimo requerido para mantener 21 The Command of the Air, pág. 47-48. 22 The Command of the Air, pág. 67. EGN/GEE V-13 un aeroplano en vuelo, podía disminuir con el aumento en la altura; que la velocidad de un aeroplano podría duplicarse aumentando convenientemente la altura de vuelo hasta llegar a una densidad del aire igual a la mitad23; en realidad el aumento de velocidad resultante de un cambio de altura semejante, no es del 100 por ciento, sino algo inferior a un 25 por ciento; y que los aviones muy grandes “probablemente no podrían ni aterrizar ni levantar vuelo, excepto partiendo de superficies líquidas. Tal vez tengamos que construir lagos artificiales para su aterrizaje”. Mal informado como estuvo Douhet en algunos de estos asuntos, demostró con todo tener una gran prudencia en cuanto a profecías técnicas, y esto ha hecho que sus libros se hallen prac- ticamente libres de exageradas esperanzas sobre las capacidades técnicas de los aviones existentes o que estaban por crearse que han desfigurado muchas de las polémicas de otros autores sobre el tema del poder aéreo. Además de sus conclusiones específicas de cómo una campaña debía ser conducida a fin de emplear el poder abrumador de una fuerza aérea, Douhet tuvo ideas sobre organización militar y de una política general. Fué un decidido defensor del unicato en la organización del Ejército, de la marina y de la aviación. Pocos anos después de 1918 hizo alusión a la “guerra total”. En 1921 escribió: “Las formas prevalecientes de la organización social han dado a la guerra un carácter de totalitarismo nacional -vale decir que la población entera y todos los recursos de una nación están absorbidos en la concepción de la guerra. Y como la sociadad está ahora evolucionando evidentemente conforme a esta orientación, está dentro del poder de la previsión humana el apreciar ahora que las guerras futuras ser n totales en su carácter y alcance”24. “Existen teorías de la guerra terrestre, de la guerra naval, y de la guerra aérea. Estas teorías existen, evolucionan y se desenvuelven, pero una teoría de la Guerra es casi desconocida”. Abogó por la organización de la defensa nacional a través de un ministerio centralizado, y en 1927 tuvo la satisfacción de ver que ese ministerio se creara en Roma. La influencia de los escritos de Douhet ha tenido gran trascendencia. Mucho de lo que expresara ha sido confirmado y documentado por la experiencia y por autores posteriores a su época. Por otra parte, mucho también ha resultado ser demasiado optimista, o específicamente erróneo. Algunas de sus creencias han demostrado ser erróneas en la presente guerra; pero a pesar de todo, y a parte de las cuestiones relacionadas con el diseno de aeroplanos, la tendencia de la evoluciónse ha realizado, en la mayor parte de sus aspectos, dentro del sentido previsto por Douhet. Erró mucho el camino en sus especificaciones sobre las características de los aviones que se emplearían en guerras futuras; pero su opinión relativa a la forma en que debían ser empleados, es casi más válida en 1943, que lo que hubiera sido en las condiciones de su propia época, y un mejoramiento futuro en la performance de los aviones es probable que lleve a los organizadores y comandante del esfuerzo militar todavía más cerca de las prácticas aconsejadas por Douhet. La intensa concentración del bombardeo sobre una zona pequena, la elección de los objetivos industriales, y la construcción de grandes bombarderos poderosamente armados para su propia protección (aun cuando no sigan a Douhet, al extremo de eliminar por completo la protección de cazas)-, todo eso parece ahora bastante obvio; pero fué Douhet quien dió a esas ideas su más efectivo apoyo durante los anos experimentales, all por los anos 1920 y 1930. E1 prestigio de los estudios de Douhet entre los estudiosos militares de nota, hasta entre los de su misma época, está evidenciado por el hecho de que un oficial tan distinguido como el Coronel P. Vauthier, encontró tiempo para preparar una crítica completa a su trabajo25, y también por los conceptos vertidos en la introducción de 23 The Command of the Air, pág. 337. 24 The Command of the Air, pág. 5-6. 25 La Doctrine de la Guerre du General Douhet. París, 1945. 14 ese volumen (fechado el 7 de junio de 1934): “El estudio de Douhet es una fuente inagotable en cuanto a reflexiones. La notable doctrina que ha formulado puede tener una influencia decisiva en los acontecimientos que se avecinan. Convencional en sus apreciaciones iniciales y en sus métodos. demuestra las conclusiones a que conducen. Procuremos no tratar con ligereza, como un sonador utópico, a un hombre que tal vez más tarde pueda ser considerado un profeta”. Las frases recientemente citadas no provienen de un joven fanático. Lleva la firma del Mariscal Pétain. Los avíones de bombardeo no están inmunes de represalias ya sea desde tierra o desde el aire, pero son relativamente menos vulnerable de lo que eran 20 anos atrás; y la apreciación básica de la invencibilidad del aeroplano y su inherente superioridad en poder y economía sobre todo las demás armas, que halló poca justificación en los días de Douhet, se halla hoy día mucho más cerca de ese supuesto. Con otros 20 anos de desarrollo en ciencia aeronáutica, se estar mucho más cerca aún de verse justificada. En los días de Douhet, los hombres responsables de la organización de la seguridad nacional tenian que depender por entonces de las armas corrientemente existentes. En ese sentido las teorías de Douhet fueron delineadas para el futuro, siendo muchos menos aplicables a los medios existentes de su propio tiempo, que a los que después sobrevinieron. Hasta los estudiosos del poder aéreo en tiempo de Douhet hicieron objeción a las apreciaciones militares que servian de fundamento a sus conclusiones; y a estas mismas como constituyendo una guía adecuada para las operaciones aéreas. El General Golovine26, entre otros, contradijo la sobreestimación de Douhet sobre el efecto destructivo del bombardeo en la moral del pueblo. En este aspecto, la experiencia adquirida desde 1939 ha apoyado más a los censores de Dcuhet, que a Douhet mismo. Por lo general, el tiempo actúa en favor de Douhet; pero sus cálculos sobre el monto del esfuerzo requerido para producir un efecto dado, fueron característicamente demasiado optimistas, como lo han sido, muy amenudo, los de otros sostenedores de la supremacía del poder aéreo. La teoría de Douhet se convirtió en el proclamado imán de la política italiana.En ningún otro país de Europa fué adoptada por completo. Alemania, cuya fuerza aérea mantuvo aterrorizada a Europa desde 1938 hasta que la batalla de Gran Bretana confutó la leyenda de su invencibilidad, siguió Douhet en el principio de la concentración para destruir las fuerzas aéreas enemigas en tierra y eliminar las bases enemigas; pero más bien se orientó en mantener una ccnstante colaboración entre las fuerzas aéreas y de superficie, qúe en relegar las fuerzas de superficie a una línea auxiliar defensiva, y también en emplear bombarderos livianos en vez de pesados. La Lufwaffe fracasó onde más se acercó a la teoria de Douhet, que fué actuando sobre Inglaterra en 1940: no obstante ser cierto que el ataque podia haber tenido éxito, si los alemanes hubieran dispuesto de medios para llevarlos a cabo en una escala mucho mayor que la empleada, y mantenerlo por un periodo de tiempo más largo. No está comprendido dentro del objeto de este estudio, discutir el asunto de si la evolución del aeroplano y su armamento, ya han llegado a la etapa en que las guerras pueden ser exitosamente conducidas por el método de Douhet. No les hubiera ido mejor a los alemanes, desde su propio punto de vista, si hubieran contado con una industria aeronáutica y una fuerza aérea todavia más grande, destinando a los aeroplanos la mayor parte del material potencial humano, que en realidad fueron destinados a tanques, artilleria, submarinos y buques de superficie, transfiriendo parte de sus fuerzas terrestres y del personal naval a la Lufwaffe, y poniendo la mayor parte del resto a trabajar en las fábricas de aviones? Seria para nosotros una politica sabia seguir hoy dia ese mismo procedimiento? Este punto es discutido acaloradamente; pero es evidente, cuando menos, que la ocasión para tal concentración única 26 N.N. Golovine. “Air Strategy”. Royal Air Force Quarterly (abril 1938), pág. 169. EGN/GEE V-15 del esfuerzo en el poder aéreo puede ser más marcada en 1943 que lo que pudo haber sido diez o veinte anos atrás, y es del todo probable que el trascurso de otra década la hará todavia más marcada. — III — Las actividades del General Mitchell fueron contemporáneas y de un modo general coextensivas con las de Douhet. Tenian ellas mucho en común, y la asignación convencional del nombre de Douhet más bien que el de Mitchell, a muchos de sus postulados comunes, es debido en parte a la casualidad, en parte a la literatura más sistemática y clara de Douhet sobre el desarrollo de sus conclusiones, y en parte al interés más vivo en estudios militares que existia en Europa, comparado con los Estados Unidos. Entre estos dos hombres existia, sin embargo, una enorme diferencia en materia de temperamento. La diferencia tiene alguna importancia, pues el carácter con que las controversias sobre la importancia del poder aéreo han sido llevadas, ha sido el reflejo de las tácticas de aquellos que más activamente estu vieron comprometidos en ambos bandos de la argumentación. Mitchell escribió y habló como un apasionado partidario, volvién dose cada vez más impaciente contra la oposición, y cada vez más dispuesto a denunciarla como estúpidamente reaccionaria; cegada por el propio interés o de mala fe. Sus adversarios con testaban del mismo modo, y la controversia se volvía más enco nada. Douhet mantuvo la actitud de un estudioso y de un des apasionado buscador de la verdad, aún en plenos cambios por controversias. “No es función mía, escribió, ni del General Bastico ni de algún otro, asignar el papel predominante en la guerra a un arma determinada. Si en realidad cualquier arma que sea, tiene una importancia deslumbradora, no lo es por deseo huma no alguno, sino porque los hechos comprobables así lo ponen de manifiesto. Si el arma aero-química es llamada a convertirse en decisiva en la guerra futura, no será por acción mía, y no mereceré‚ en ello, ni el aplauso ni el reproche”27. Mitchell, aunque sin confiar por completo en Douhet, com partió en cierto grado la convicción de la primordial eficacia del ataque a la estructura económica e industrialdel enemigo. Compartió también la creencia de la comparativamente frágil moral del pueblo civil. Al igual que Douhet, creía en la posibilidad de paralizar las actividades civiles y militares a través de un bombardeo de volumen relativamente moderado. Hablando de un posible ataque sobre las ciudades más importantes de los Estados Unidos, dice: “No es necesario que estas ciudades sean destruídas en el sentido de que cada casa quede al ras del suelo. Bastar obligar a la población civil a evacuarlas, para que no puedan continuar con sus habituales ocupaciones. Unas pocas bombas de gas lograrían eso”28. Varios miles de bombas cayeron sobre Londres en 1940 y 1941: así todo la vida de la ciudad continuó durante todo ese tiempo, y únicamente una parte muy pequena de sus edificios quedaron inutilizados. “En el futuro, la sola amenaza del bombardeo de una ciudad por una fuerza aérea obligar a evacuarla, y todo trabajo en las fábricas tendrá que ser parado. Para obtener en la guerra una victoria duradera, debe ser destruido el poder de la nación hostil para hacer la guerra: esto significa las fábricas, los medios de comunicación, los productores de alimentos, y hasta las granjas, los aprovisionamientos de combustibles y petróleo, y los lugares donde la gente vive y realiza su trabajo diario. Operando en el corazón de un país enemigo, la aviación cumplirá este objetivo en un espacio de tiempo increiblemente corto”29. 27 Vauthier, op.cit., citando una carta del General Douhet. Ver también The Command of the Air, págs. 251-262. 28 William Mitchel. Skyways — A Book on Modern Aeronautics (Filadélfia y Londres, J.B.Lippincott Co., 1930. pág 262. 29 Mitchell. Winged Defense. Nueva York y Londres: G. P. Putnam’s Sons, 1925. págs. 126-127. 16 “El advenimiento del poder aéreo, que puede llegar directamente a los centros vitales y neutralizarlos o destruirlos, ha introducido un carácter completamente nuevo en el viejo sistema de hacer la guerra. Se acepta hoy, que el Ejército enemigo m s importante en el campo de batalla, es un objetivo falso, y que los objetivos verdaderos son los centros vitales... El resultado de la guerra hecha desde el aire, ser producir decisiones rápidas. El poder aéreo superior originará en el país enemigo, estragos tales o la amenaza de estragos tales, que hará imposible llevar a cabo una campana planificada de larga duración”30. En sus primeros escritos hechos después de 1918, Mitchell prestó mucha atención a la cooperación de las fuerzas del aire con las de tierra; pero con el correr del tiempo, las fuerzas de superficie han quedado relegadas en forma eada vez más completa a una posición secundaria en su concepto, en tanto que su confianza en las posibilidades técnicas del aeroplano ha ido en aumento. Continuó, sin embargo, asignándole una gran importancia al empleo del poder aéreo en la destrucción de las fuerzas de superficie enemigas. A este respecto difería de Douhet, quien virtuaimente era de la idea de no prestar atención a las fuerzas de superficie, mientras detrás de éstas se estuviera destruyendo a la nación y sus recursos. La diferencia de opinión era debida en parte a una reflexión acerca de la diferencia en nacionalidad, y al aspecto geográfico considerado por cada uno de estos dos hombres. En especial, la facultad del avión para destruir cualquier clase de buque de superficie, restándole a los buques de superficie toda función militar, se convirtió para Mitchell, en un verdadero artículo de fe. “Si este proyectil (una bomba aérea de 2000 libras) hace impacto en las vecindades de un buque dentro de un par de cientos de pies, el efecto explosivo submarino es tan grande que arrancará planchas de la obra viva del buque, originando su hundimiento”31. Muchos buques han sido hundidos mediante ataques aéreos durante la actual guerra, pero mucho menos facilmente que en la forma descripta. “Es probable que las guerras futuras sean nuevamente conducidas por una clase especial, la de la fuerza aérea, como ha ocurrido en los tiempos medievales con los caballeros armados. Nuevamente, no tendrá que ser movilizada toda la población en el caso de una emergencia nacional, sino tan solo el número suficiente para tripular los aviones, que son lo más potente en materia de defensa nacional”32. Por su condición de piloto militar con experiencia personal en el comando efectivo de fuerzas aéreas en combate, el General Mitchell tenía un conocimiento mucho más íntimo que Douhet, en cuanto a los problemas tácticos. Empleó su talento inventivo al máximo en el mejoramiento de los métodos tácticos existentes. Una de sus más notables y perspicaces proposiciones, tomó, en 1918, la forma de un plan para emplear tropas paraeaidistas detr s de las líneas enemigas. Mitchell no cayó en el error de Douhet de auspiciar un avión para todo propósito. Los aviones de caza conservaron un papel importante en su plan de guerra, adondequiera que las circunstancias llevaran a las fuerzas aéreas hostiles de ambos lados a entrar en contacto directo entre sí. “Quedó demostrado en la guerra europea”, escribió Mitchell, “que la única defensa efectiva contra el ataque aéreo es fustigar a las fuerzas aéreas enemigas en batallas aéreas”33. En todo asunto relacionado ccn las características técnicas del avión y con los detalles de su empleo, Mitchell era incomparablemente más experto que Douhet. Sin embargo, la intensidad de su entusiasmo lo condujo, en algunas ocasiones, a sobreestimar grandemente el grado que alcanzaría el perfeccionamiento técnico en el futuro imnediato, y aún a exagerar las posibilidades de realización inmediata de la época en que escribió. Manifestó, por ejemplo: 30 Skyways. págs. 255-256. 31 idem, pág. 267. 32 Winged Defense, pág. 19. 33 idem, pág. 199. EGN/GEE V-17 “Puedo decir ahora, definitivamente, que podemos dar la vuelta al mundo en un tiempo muy corto y con una sola carga de nafta”34. Esta predicción tiene ahora diecisiete anos de antiguedad pero aún está lejos de ser cumplida. La más importante de las diferencias entre estos dos hombres como contribuidores a la formación del pensamiento militar fué, sin embargo, la diferencia en el modo de encarar el aspecto geográfico. Douhet escribió como italiano, y probó sus teorías aplicándolas a Italia; una nación que tenía sus principales enemigos potenciales situados a corta distancia por vía del aire, y con sus fronteras terrestres defendidas por barreras de montanas contra un ataque rápido realizado en tierra. “Mi problema es, naturalmente, nuestra propia situación y la eventualidad de un posible conflicto entre Italia y alguno de sus posibles enemigos. Admito que las teorías que expongo tienen eso por antecedente, y que, en consecuencia, no debieran considerarse aplicables en todos los países. Yo, con toda probabilidad, no llegaría a las mismas conclusiones, si considerara especialmente un conflicto entre el Japón y los Estados Unidos. Ofrecer una receta de carácter general para lograr la victoria, que resultara aplicable a todas las naciones, sería en absoluto presuntuoso de mi parte. Mi intención es simplemente senalar el camino mejor y más eficiente que debe seguir nuestro país en prepararse para una prokable guerra futura”35. Muchos norteamericanos, defensores del poder aéreo como elemento primordial en nuestra organización militar, han considerado la defensa de los Estados Unidos, en el continente, como nuestra principal preocupación militar; pero Mitchell nunca aceptó limitaciones de esa especie, y fué el primero en abogar por la aplicación del poder aéreo, en términos generales, con un mínimo apoyo por fuerzas de superficie. Fué un defensor incansable de las rutas aéreas árticas entre los continentes; rutas que recientemente han pasado a ser objeto de tanto interés popular y han llevado a un desplazamiento tan liberalde las cartas de proyección Mercator por las de proyección-polar. Bregó sin desmayo por la importancia de una ruta transatlántica, vía Groenlandia e Islandia y las posibilidades de su empleo militar, y por el correspondiente valor y posibilidades de movilidad entre los Estados Unidos y Asia por Alaska y Siberia o a través de las cadenas de las islas Aleutianas y Kuriles. Muy poco tiempo después de iniciarse en su carrera militar senaló a Alaska como la llave para la supremacía militar en el Pacífico; y la aparición del aeroplano y su creciente influjo, reforzaron su convicción sobre ese punto. Fué cuando el General Mitchell era segundo jefe del Cuerpo de Aviación que una escuadrilla militar de tres aeroplanos efectuó un vuelo alrededor del mundo, cruzando así el Pacífico como el Atlántico, a través de la ruta de islas que había hecho resaltar, tanto como una oportunidad para los Estados Unidos, como una amenaza para la seguridad de América. La ruta vía Groenlandia e Islandia está actualmente establecida y en función. El éxito de los japoneses en establecerse en las Aleutianas durante el verano de 1942, allí donde no se habían establecido bases en tiempos de paz es, en cierto sentido, una notable confirmación de las predicciones del General Mitchell sobre el curso de los acontecimientos que habrían de sobrevenir, aunque la operación parece haber involucrado un mayor empleo de buques de guerra, y haber sido menos concentrada sobre objetivos aéreos de lo que él habría esperado. Muchas de sus predicciones se han convertido en realidades. Otras lo serán en los anos venideros. Pero muchos de los adelantos técnicos que le parecieron muy lejanos, o estaban dentro de una inmediata realización en la época en que escribía, están todavía hoy lejos de una realización práctica, después de transcurridos 20 anos, y no obstante una investigación contínua e intensa. El General Mitchell tenía mucha imaginación y golpe de vista, tanto para los problemas tanto tecnicos como para los tácticos. Era un creador, y se impacientaba pcr los 34 idem, pág. 139. 35 The Command of the air, págs. 252-253. 18 obstáculos que se interponían en el camino de la transformación de los proyectos en realidades, pese a lo genuino y sólidos que esos obstáculos pudieran ser. Podía decirse de él, con mayor seguridad que de Douhet, que poseía el don de prever la dirección en que se produciría el proceso evolutivo, pero a menudo era demasiado optimista en cuanto a su rapidez. A eso se debió que algunos de sus sostenedores se mostraran indiferentes, y que él mismo se hiciera vulnerable. — IV — Alexander de Seversky, piloto militar ruso durante la Primera Guerra Mundial y luego inventor, disenador de aeroplanos y exímio piloto de pruebas de sus propias máquinas, consolidó sus puntos de vista en el poder aéreo, sus potencialidades y los defectos en su actual empleo, en su libro Victory Through Air Power (La Victoria a través del Poder Aéreo)36. Sus puntos de vista se ajustaban, en gran parte, a los de Mitchell, cuyo discípulo Seversky declara ser, en la dedicatoria de su libro. En su obra citada actualiza a Mitchell con nuevos ejemplos, y en particular, con una explicación de la causa del fracaso de la fuerza aérea alemana en tener éxito frente a Gran Bretana. En el planteo del problema relativo al poder aéreo hecho por Seversky, el rasgo sobresaliente que lo distingue por sobre todos los demás estudiosos de ese asunto, es una insistencia en la importancia vital del radio de acción grande y en la posibilidad de ampliar esa distancia, en cifras muy superiores, comparadas con cualesquiera de las conocidas hasta entonces. Independiza a la fuerza aérea del futuro, de la preocupación por una organización terrestre grande que era admitida por Douhet, y de la dependencia de los puntos de apoyo insulares en las rutas del Artico, en el Atlántico, y en el Pacífico, a los cuales Mitchell tanta importancia asignara. Pronosticó la pronta realización de un vuelo sin etapas alrededor del mundo, en términos notablemente similares a los que Mitchell empleara sobre el mismo asunto 17 anos antes: “Dentro de cinco anos como máximo, la definitiva autonomía de vuelo de 20.000 millas para dar la vuelta al mundo pasará a ser una realidad”37. Puede ser que tenga razón, pero para que eso ocurra, los adelantos técnicos en el diseno de los aeroplanos y en el mejoramiento de economía en su planta propulsora tendrán que ser mucho más rápido durante los próximos cinco anos de lo que han sido en cualquier tiempo durante los últimos veinte anos. Para que en la actualidad un avión pueda dar la vuelta al mundo en un vuelo sin etapas, tendrá que tener substancialmente al iniciar el vuelo más del 75 por ciento de su peso total en combustible, quedando menos de un 25 por ciento para la estructura, los motores, la tripulación, el equipo militar, y todas las demás cosas que deban ser conducidas a su bordo. Seversky no duda del rápido aumento futuro en la autonomía de vuelo; y está igualmente convencido del desatino que significa aceptar las consecuencias de limitaciones en la autonomía del vuelo de los tipos de aviones existentes, y de algunos de los desastres militares que esperan a quienes han descuidado este factor sumamente importante. “La deficiencia en la autonomia de vuelo ha sido la maldición para la aviación de Hitler”38. “Es simplemente un derroche, el hecho de mantener bases avanzadas, en lugar de lanzar todo el potencial aéreo directamente sobre el adversario. Toda la lógica de la guerra aérea da por seguro que la guerra en los cielos ser al final conducida desde tierras metropolitanas, con todo 36 Alexander P. de Seversky. Victory through Air Power. Nueva York, Simon and Schuster, 1942. 37 Victory through Air Power, pág. 14. 38 Victory through Air Power, pág. 126. EGN/GEE V-19 el espacio comprendido entre éstas y las del adversario, convertido en la tierra de nadie”39. De aceptarse la capacidad de poder operar a grandes distancias desde bases costeras, el portaaviones se vuelve innecesario. Seversky lo descarta en forma mucho más concluyente que cualquiera de sus antecesores. La idea de operar desde “tierras metropolitanas”, sin el peso del establecimiento y del mantenimiento de bases avanzadas e intermedias, sería bien recibida por todo oficial de la fuerza aérea, de ser posible su realización sin tener que pagar un precio prohibitivo. De las características inherentes al aeroplano, considerado en sus mejoramientos de 109 últimos 40 anos, surge como probable, sin embargo, que el precio a pagar por tal método operativo, continuar siendo extremadamente alto. Aun en el caso de que los aviones hubieran llegado a tener la autonomía de vuelo necesaria para efectuar incursiones de bombardeo desde distancias de 6.000 a 8.000 millas, sería probable que continuara siendo mucho más económico en material, y por lo tanto más eficiente, el hecho de operar desde bases más cercanas, cualquiera fuera el lugar en que éstas se establecieran, empleando abastecimiento de combustible asegurado localmente, o llevado en buque-tanques, a una fracción del costo de lo que resultaría en potencial humano y en material, su trasporte por aire. Los defensores del poder aéreo han sido objeto de constantes ataques por parte de los críticos de ideas conservadoras en su proposición de ganar la guerra con instrumentos imaginarios, a cuyas conclusiones llegaron mediante la aceptación de posibilidades para el avión mucho mayores de las que actualmente tiene. E1 cargo hecho contra Douhet sólo contiene una pertinencia muy relativa; el correspondiente a Mitchell una mayor, y el que comprende a Seversky una mucha mayor aún. Mucho de lo escrito por Seversky en su libro, es franca profecía, pero aunque escrive en tiempo de verbo futuro queda expuesto al cargo de ser considerado indebidamente optimista,en cuanto a la rapidez con que se realizarán sus visiones de aviones del futuro y sus performances futuras. Cuando describe la guerra del futuro, cae dentro de un patrón que ha llegado a ser muy conocido por intermedio de muchos de sus antecesores. “Desde cualquier punto del horizonte-a través de los dos oceanos y a través de ambos polos los bombarderos gigantes, cada uno protegido por su escolta de mortíferos aviones de caza, convergen sobre los Estados Unidos de Norte América. Hay miles de estos “dreadnoughts” del aire. Cada uno de ellos lleva cuando menos 50 toneladas de bombas explosivas aerodinámicas, y una granizada de bombas incendiarias livianas... Con la precisión de un plan perfecto, los gigantes invasores aéreos asestan sus golpes a los centros nerviosos de una gran nación. Eligen sus objetivos sin incurrir en fallas... Los estragos que causan no pueden ser descriptos. Nueva York, Detroit, Chicago y San Francisco, quedan reducidas a montones de escombros en veinticuatro horas. Washington es borrada del mapa antes de que el gobierno tenga la oportunidad de poner a buen resguardo sus más preciados archivos”40. A pesar del carácter recordatorio de la previsión de Seversky, sería insensato confiar en la frecuencia con que tales profecías han sido hechas en el pasado, y en su fracaso en lograr algo que se acerque a la realidad completa actual. En el momento de eseribir este capítulo están ellas más cerca de cumplirse de lo que alguna vez estuvieron; y tarde o temprano, si continúa el proceso de tratar de arreglar el mundo mediante guerras mundiales, es bien probable que el adelanto en los implementos de la guerra aérea y en la técnica de su empleo, lleguen todos juntos a cumplir las profecías. Los militares tienen que continuar permaneciendo en una constante alerta para entrar a combatir con los instrumentos que puedan ser producidos en cada tiempo; pero también deben estar preparados para enfrentar los problemas que serán presentados por los instrumentos con que és posible pueda contarse en el futuro, de un modo tal que las consecuencias de perfeccionamientos técnicos no los tome de sorpresa. Los 39 Victory through Air Power, pág. 139. 40 Victory through Air Power, pág. 7-8. 20 primeros defensores del poder aéreo, y en especial Douhet, pueden ser leídos ahora con mayor provecho que cuando sus libros fuéron recién publicados.
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