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Comenzando por mi formação inicial, devo dizer que em meu aprendizado influenciou muito minha mãe, da qual acredito que todos os irmãos aprendemos ...

Comenzando por mi formação inicial, devo dizer que em meu aprendizado influenciou muito minha mãe, da qual acredito que todos os irmãos aprendemos muito. Também foi mestre meu avô (o pai de meu pai) e meu bisavô. Em minha família há muitas pessoas dedicadas ao ensino (irmãos, cônjuges destes, sobrinhos etc. Eu acredito que isso nos marcou a todos os irmãos, nos imprimiu uma forma de ser, uma forma de enfrentar as situações etc. Depois fiz Magistério devido à situação da época. Creio que me afetou mais aí ser mulher do que depois. Éramos sete irmãos, eu era a 5ª, os demais irmãos iam saindo adiante e os rapazes tinham que ir para a Universidade, eu queria fazer Medicina, mas o irmão que vinha atrás, vinha pisando forte e claro, meus pais acreditavam que o que deveria ir para a Universidade era ele, a economia não dava para tanto naquela época. A mim me disseram: olha que a Medicina é muito dura, faz primeiro Magistério e depois já podes ir. Bom, isso me privou de fazer uma carreira mais longa. Eu aceitei, porque então aceitavas o que te diziam os pais. De fato, quando comecei a fazer Humanidades era para tirar a espinha. Depois conheci meu namorado, casei jovem, já vivia muito bem e fui esquecendo de ir para a Universidade. ... (ainda meu pai me recordou em meu casamento que não esquecesse meu projeto de estudar outra carreira, embora tivesse me casado). Quando fiz Magistério, comecei com o plano Novo de 67, foi um plano movimentado. Chegaram alunos maiores, em relação aos que chegavam até então, alguns vinham de outros estudos da universidade, foi muito interessante. A nível de Pedagogia e Didática não aprendi nada, ou muito pouco. Não recordo nada que me marcasse realmente. Essa promoção de 67 foi especial porque fazíamos um ano inteiro de práticas, recebendo inclusive. Fiz as práticas em um Colégio perto de casa e lá estive com uma freirinha muito agradável. Gostei muito de seu estilo de trabalho, era muito entregue, talvez demasiado. As demais normais, nós íamos à aula e olhávamos, olhávamos, mas quase não participávamos, se demos alguma aula foi algo excepcional, ajudávamos a corrigir. À tarde íamos à Escola Normal e completávamos a formação. Quando acabei, imediatamente me deram vaga por acesso direto, me incorporei ao primeiro povoado com 20 anos e pois isso.....a pôr em prática o que acreditava que sabia. Eu no primeiro mês tinha dado todo meu temário e me perguntei o que fazer .... Era um povoado muito pequeno, tinha que ir 15 Km. andando. Lá tinha todos os cursos. Não havia nem padre nem nenhum funcionário, só a mestra. Não tinha nem luz no quarto à noite, tinha que me deitar às 9. Depois estive dois anos em umas cátedras de Seção Feminina, onde havia uma equipe dedicada a dar cursos a mulheres e meninas nos povoados e necessitavam uma mestra como diretora. Depois disso me apresentei a umas oposições de Pré-Escolar e as aprovo. Também me casei então. E posteriormente me incorporei à primeira escola por pré-escolar. Lá me passou igual que na unitária. O primeiro mês já dei todo o temário que tinha estudado para o exame. Embora na realidade o que tinha estudado não me servia muito porque depois chegavas à aula e necessitavas de outros recursos, outras coisas para sair adiante de situações muito concretas; como acender uma estufa ao redor da qual se situavam as crianças para evitar o intenso frio que fazia, inclusive choravam de frio e tinham que estar com o casaco posto. Era um quarto escuro, que parecia uma toca. Hoje é muito difícil entender estas coisas e creio que embora seja maior, tampouco passaram tantos anos como para que tenham ocorrido tantas mudanças. Aí estive 6 meses porque adoeci de uma nefrite. Depois tive meu destino em propriedade definitiva em P., onde estive quatro anos, mas tive muitas dificuldades de tipo logístico, para a moradia, para encontrar uma pessoa que me cuidasse da menina etc. O carro o tinha o homem, como era normal e ele estava em B. e ia nos ver a e cigana. De uma população escolar de 250 alunos payos e 40 ciganos se foi evoluindo até chegar a só 40 alunos no total e a maioria ciganos ou procedentes da Residência de Proteção de menores, situada nas proximidades do Colégio, ou seja uma mistura complicada. Eu os primeiros anos dessa época tive 8 ou 9 crianças ciganas e outros tantos payos, mas depois os payos começaram a ir embora. Com o qual passei de ter 35 de um só curso a ter 17 dos dois cursos, porque suprimiram uma das duas unidades de Pré-Escolar. Esses anos foram muito duros, porque além disso havia muito absenteísmo. Além para mim supuseram muito contraste com os cursos que tinha tido anteriormente, o que me levava a viver uma grande frustração. Começaram a haver problemas na direção e começaram os companheiros a me animar para que assumisse a direção. Eu nesse momento me coloquei a situação a nível pessoal como um desafio, como uma forma de me ilusionar de novo por algo, pois me via em declive quanto à minha profissão. Meus filhos já eram maiores e isso me permitia uma maior dedicação ao Centro. Sabia que contava com o apoio de meus companheiros e além disso se mantinham o mesmo Secretário e Chefe de Estudos. Todos os problemas se resolviam graças à magnífica relação que existia. “Era diluir os problemas na hilaridade, na risada, em nos ajudarmos com aqueles alunos mais difíceis”. E me decidi. (Eu como era especialista em Pré-Escolar não tinha tido que utilizar até esse momento os livros de escolaridade, mas todos me ajudavam e me orientavam). O diretor que tinha estado até que eu comecei tinha vivido a época gloriosa do Colégio e a mudança que se produziu o desanimou. Ao igual que a mim tinha ocorrido com a aula a ele ocorreu com o colégio. Quando eu assumia a direção nos demos conta que com estes alunos tínhamos que trabalhar de outra maneira, então apresentei um projeto muito interessante, consensuado com os companheiros. Consistia basicamente em organizar oficinas para os alunos na hora do almoço e pelas tardes, já que era muito difícil trabalhar em outras áreas do Currículo. Para levar adiante o Projeto, já que só tínhamos financiamento para material, necessitávamos pessoas que levassem as oficinas de forma voluntária e eu pensei que não nos seria difícil encontrá-las, já que supunha uma experiência muito valiosa. Para isso, acudi a uma academia onde se preparavam para Oposições os alunos que tinham terminado Magistério, mas ali sofri minha primeira decepção, pois não só não encontrei apoio, mas uma professora que conhecia muito e que me tinha animado a me apresentar à Direção desanimou os alunos, dizendo que os iam explorar. Por então, vieram de Madrid umas pessoas do Programa de Educação Compensatória e nos incluíram em um projeto. Isso supunha que íamos poder ter duas pessoas trabalhando nas oficinas, embora foi necessário realizar muitíssimos trâmites (papéis) para apresentá-lo e consegui-lo. Começaram a trabalhar um aluno, estudante de Magistério, que tinha muita ilusão

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La cultura de género investigación 2004MV
577 pag.

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