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no era el centro de la Tierra, ni del universo, ni tampouco del Sol. Por outra parte, a estabilidade do movimento dessas luas ao redor de um planet...

no era el centro de la Tierra, ni del universo, ni tampouco del Sol. Por outra parte, a estabilidade do movimento dessas luas ao redor de um planeta que se supunha em movimento, constituía uma forte razão para aceitar a estabilidade física de uma Terra móvel: se as luas de Júpiter podiam acompanhar seu movimento e não ficavam para trás, o mesmo valeria para nós na Terra e os pássaros no ar. Em quarto lugar, observou que Vênus mostrava fases como a Lua e que, assim como a Terra, também refletia a luz do Sol de forma variável segundo sua posição em relação a ele. Isso não poderia ser explicado a partir da proposta ptolemaica em que os planetas internos nunca se encontravam atrás do Sol. Finalmente, observou os anéis de Saturno, o que também contribuía para descartar a ideia de que todos os astros são esferas ou têm uma forma esférica (ideia que até mesmo Copérnico aceitava). Galileo e a relatividade do movimento. Até aqui nos concentramos nos desenvolvimentos astronômicos e cosmológicos vinculados à denominada Revolução copernicana. Estes puderam ser suficientes para quebrar por completo o esquema aristotélico ptolemaico e abandonar a ideia de que a Terra é um astro privilegiado que se encontra em repouso no centro do universo. A simplicidade das explicações astronômicas de Kepler que supunham uma trajetória bastante simples para os corpos celestes, a Terra e os outros planetas eram um argumento demasiado eloquente para ser ignorado. O sistema de Kepler, ao contrário do proposto por Copérnico, era indiscutivelmente superior a qualquer outro sistema astronômico nunca antes conhecido. Por outra parte, a virtude propagandística e a argumentação convincente de Galileo pôs ao alcance da burguesia e da sociedade educada (que sabia ler e escrever), a ideia de que a Terra era um astro não muito distinto dos demais (ideia que não era nova, já Leonardo da Vinci e outros pensadores a tinham sustentado). Um capítulo mais, sem embargo, nos resta por percorrer: o caminho que vai desde a ideia de “lugar natural” de Aristóteles (apartado 1.4. A ciência aristotélica, cosmologia e física) até a ideia de uma física inercial. Suponhamos que estivéssemos em um trem muito longo que vai em linha reta a uma velocidade constante em uma zona plana (por exemplo, 60 km/h) e tivéssemos um arco e duas flechas. Disparamos uma na direção da locomotiva e a outra na direção contrária. O que observaremos? Aristóteles diria: observaremos que as flechas caem. Ele não daria mais precisões nem as necessitaria. Sua explicação causal é satisfatória: por que caíram? Porque são graves, sua constituição é mais densa que a do ar que as circunda e buscam seu lugar natural no centro da Terra. Agora bem, se quiséssemos calcular as distâncias a que caem, Aristóteles não teria muito que dizer, não era o tipo de problemas a que originalmente se enfrentava. Ele pretendia responder à pergunta: por que a flecha cai? e não a: como é que cai ou se move a flecha?; muito menos a: como podemos descrever matematicamente a trajetória da flecha? Os físicos posteriores a Aristóteles e anteriores a Galileo, mais interessados neste tipo de problemas, teriam respondido provavelmente do seguinte modo: se o trem vai a 60 km/h e a flecha na mesma direção (por exemplo, a 120 km/h) e cai depois de um minuto, esta percorreu uma distância de 2 km. Nesse tempo, o trem avançou 1 km. Portanto, para recolher a flecha só teríamos que caminhar 1 km dentro do trem, já que enquanto ela avançava 2 km, o trem nos aproximou 1 km. A flecha atirada na direção contrária, diriam os físicos postaristotélicos e pregalileanos, se afastará em um minuto no ar, 2 km de nós. Nesse tempo, o trem avançou 1 km. Portanto, para recolher a flecha teríamos que caminhar 3 km dentro do trem, já que enquanto ela avançava 2 km, o trem nos afastou 1 km mais. Imaginemos que a explicação recém apresentada fosse correta. Pensemos, agora, que em lugar de viajar em um trem a 60 km/h, o fazemos em nosso planeta a 60.000 km/h. Se atiramos a flecha na Terra na direção do movimento terrestre (para a locomotiva), a flecha avançaria os mesmos 2 km. Nesse tempo, a Terra teria avançado 1000 km. Segundo o raciocínio anterior, a flecha teria que cair 998 km atrás de nós. No caso de apontar a flecha na direção contrária, por raciocínio análogo, a flecha cairia a 1002 km atrás de nossa posição. Evidentemente, isso último não acontece. Quando jogamos futebol, não reparamos se estamos chutando a bola na direção do movimento terrestre ou na direção contrária. Se atiramos uma flecha com uma força determinada, sabemos que cai a mesma distância, não importa em que direção apontemos. Assim, há duas possibilidades: ou a Terra não se move, ou algo na explicação que acabamos de apresentar está errado. Os físicos que se opunham ao movimento da Terra, confiados nessa classe de explicações, descartavam as ideias copernicanas com argumentos baseados na física. Galileo, que aderia ao copernicanismo, teve que encontrar uma nova explicação física para a queda dos corpos e a indiferença que existe entre as distintas orientações de nossos disparos (com flechas, balas de canhão ou bolas de futebol). O modo como formulou esta ideia foi o princípio de relatividade do movimento, que seria uma das bases da “Lei de inércia”, enunciada posteriormente por Isaac Newton. Galileo argumentou razoavelmente o seguinte: quando estamos em um barco (poderia ter dito em um trem, mas não havia trens naquela época), agimos do mesmo modo que quando estamos em nossas casas. O fato de o barco estar se movendo não faz com que as coisas caiam atrás de nós. Nós, assim como as coisas no barco, compartilhamos o movimento do barco e não experimentamos sua velocidade. Ao estar em um barco fechado, na cabine de um barco, não poderíamos saber se este se move ou não com respeito a um porto próximo. Não há nenhum experimento que poderíamos realizar dentro do barco que nos permitisse estabelecer se este se move ou não. E o mesmo ocorre com a Terra. Como estamos sobre ela, compartilhamos seu movimento, chamemos-lhe movimento inercial, e, por isso, quando saltamos, não caímos atrás, apesar de que no segundo em que estivemos no ar, a Terra se moveu vários quilômetros com respeito ao Sol. Viajamos na Terra como em um barco, sem notá-lo. Vejamos agora como explica Galileo o experimento das flechas. Repassemos, o trem vai a 60 km/h e a flecha na mesma direção (120 km/h), cai depois de 1 minuto, a flecha percorreu uma distância de 2 km. Nesse tempo, o trem avançou 1 km. Para recolher a flecha temos que caminhar 2 km. Por quê? Porque ao ser disparada, a flecha já compartilhava o movimento do trem de 60 km/h. Essa quantidade de movimento é um extra, assim que a flecha avançou 2 km pelo disparo e 1 km por seu movimento inercial inicial compartilhado com o trem. A flecha atirada na direção contrária, se afastará, em seu minuto no ar, 2 km de nós. Nesse tempo, o trem avançou 1 km. Sabemos que teremos que caminhar 2 km para recolhê-la. Por quê? Porque ao ser disparada, a flecha já compartilhava o movimento do trem de 60 km/h. Essa quantidade de movimento contrária ao do disparo se subtrai, assim que a flecha se afastou para o fundo do trem em 2 km pelo disparo, mas por seu movimento inercial inicial compartilhado com o trem nesse tempo, também avançou um quilômetro na direção em que avança o trem, compensando o movimento que realizou o trem enquanto ela estava no ar. Considerado por alguém que vê o trem passar de uma estação, a flecha atirada na direção da locomotiva se moveu três quilômetros se afastando da estação; a flecha atirada para trás se moveu um quilômetro se aproximando dela. Do nosso ponto de vista, no trem ambas fle

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Teorías de la ciencia - Ginnobili
321 pag.

Pensamento Científico Universidad de Buenos AiresUniversidad de Buenos Aires

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