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A doctrina de la predestinação como pretendiam os maniqueus, o peso do determinismo divino teria caído de lleno sobre um Ocidente entregado sem con...

A doctrina de la predestinação como pretendiam os maniqueus, o peso do determinismo divino teria caído de lleno sobre um Ocidente entregado sem contrapartida às classes dominantes a quem faltaria tempo para erigir-se em intérpretes dessa omnipotência divina. Se, pelo contrário, o pelagianismo triunfante tivesse instaurado a supremacia da escolha humana e individual, a anarquia teria submergido, sem lugar a dúvidas, a um mundo tão ameaçado. Mas está bem claro que o Ocidente carecia de eleição. A escravidão se esgotava, mas era mister pôr a trabalhar a toda aquela gente; o instrumental técnico era insignificante, mas perfectível. O homem tinha que convencer-se de que por muito modesto que fosse esse instrumental, a ele lhe seria possível exercer uma certa influência sobre a natureza. A instituição monástica, que expressa com tanta exatidão essa época, vincula a fuga do mundo com a organização da vida econômica e espiritual. O equilíbrio que se estabelece entre a natureza e a graça traduz os limites do poder e da impotência do homem da alta Idade Média. Sobre tudo, deixa a porta aberta a ulteriores desenvolvimentos. A sociedade da Idade Média, formada para esperar o fim do mundo, se tem procurado, quase sem dar-se conta disso, as estruturas necessárias para, chegada a hora, receber com os braços abertos o desenvolvimento da humanidade ocidental. O aspecto da civilização não muda drasticamente com as grandes invasões. Os centros tradicionais da cultura, apesar dos saques e das destruições, deixam raramente de existir e de difundir sua luz de um dia para outro. Mesmo a grande vítima da nova época, a cidade, sobrevive durante mais ou menos tempo e com maior ou menor fortuna. Assim é como Roma, Marselha, Arles, Narbona, Orleans continuam sendo portas do Oriente. Mas os centros urbanos mais importantes são os que servem de residência aos novos reis bárbaros e, sobre tudo, os que são sedes de bispados e de peregrinações de renome. As cortes bárbaras acaparam os ateliers de luxo: construções em pedra, tecidos e ourivesaria sobre tudo, embora a maioria dos tesouros reais e episcopais se formem principalmente com objetos importados, sobre tudo bizantinos. Mas a regressão das técnicas, dos meios econômicos, do gosto, se nota por doquier. Tudo se empequenece. Os edifícios se constroem de ordinário em madeira. Os de pedra estão feitos, a menudo, com os restos de antigos monumentos em ruína e suas dimensões são reduzidas. O essencial do esforço estético tem por objeto a decoração que serve para mascarar a indigência das técnicas de construção. A arte de talhar a pedra, a escultura em relevo e a representação da figura humana desaparecem quase por completo. Mas os mosaicos, os marfins, as telas e sobre tudo as peças de ourivesaria reluzem e satisfazem o gosto bárbaro pelo brilho. Arte com frequência reunida nos tesouros dos palácios ou das igrejas, ou enterrada inclusive nas sepulturas. Triunfo das artes menores que produz, por outra parte, obras-primas nas quais se põe de manifesto a habilidade metalúrgica dos artesãos e dos artistas bárbaros e a sedução da arte estilizada das estepas. Obras-primas frágeis, das quais a maioria não chegou até nós, mas das quais possuímos amostras preciosas e admiráveis: fíbulas, fivelas de cintos, empunhaduras de espada. As coroas dos reis visigodos, o frontal de cobre de Agilulfo, os sarcófagos merovíngios de Jouarre, tais são algumas das raras joias que se conservam ainda desses séculos. Mas os soberanos, sobre tudo os merovíngios, começam a recrear-se cada vez mais em suas casas de campo, onde estão datadas a maioria de suas ações. Se se há de dar fé às listas episcopais, muitas cidades ficam, como hemos visto, sem bispo durante períodos mais ou menos longos. Lendo a Gregório de Tours, a Gália do século VI está ainda amplamente urbanizada, dominada por ricas cidades episcopais: Soissons, Paris, Sens, Tours, Orleans, Poitiers, Burdeos, Toulouse, Lyon, Vienne, Arles... Na Espanha visigótica, Sevilha, sob os bispados dos irmãos Leandro (579-600) e Isidoro (600-636), constitui um brilhante foco de cultura. Mas o grande centro da civilização da alta Idade Média é o mosteiro e, cada vez em maior medida, o mosteiro isolado, o mosteiro rural. Graças a seus ateliers se converte em um conservatório das técnicas artesanais e artísticas, mediante seu scriptorium-biblioteca, em um mantenedor da cultura intelectual e graças a seus domínios, seus apetrechos de lavoura, sua mão de obra de monges e dependentes de todo gênero, em um centro de produção e em um modelo econômico e, por suposto, em um centro de vida espiritual, com frequência assentado sobre as relíquias de um santo. Enquanto se organiza a nova sociedade cristã urbana em torno do bispo e, em maior medida, ao redor das paróquias que se formam lentamente dentro das dioceses (as duas palavras têm sido provavelmente sinônimas durante algum tempo), enquanto a vida religiosa se instala também nas residências campestres da aristocracia rural e militar, que funda suas capelas privadas de onde nascerá a Eigenkirche feudal, os mosteiros fazem penetrar lentamente o cristianismo e os valores que comporta no mundo camponês, até então pouco afetado pela nova religião, mundo de longas tradições e das permanências, mas que se converte no mundo essencial da sociedade da Idade Média. A preeminência do mosteiro põe de manifesto a precariedade da civilização do Ocidente medieval: civilização de pontos isolados, de oásis de cultura em meio dos «desertos», dos bosques e dos campos novamente baldios ou de campos apenas roçados pela cultura monástica. A desorganização das redes de comunicação e de intercâmbio do mundo antigo fez voltar a maior parte do Ocidente ao mundo primitivo das civilizações rurais tradicionais, ancoradas na pré-história, apenas tocadas pelo verniz cristão. Reaparecem as velhas costumes, as velhas técnicas dos iberos, dos celtas, dos ligures. Onde os monges crêem haver vencido o paganismo greco-romano, resulta que têm favorecido a reaparição de um fundo muito mais antigo, de demônios mais taimados, submetido só em aparência à lei cristã. O Ocidente voltou ao selvajismo e este selvajismo aflorará, irromperá de quando em quando ao longo de toda a Idade Média. Era mister assinalar os limites da ação monástica. Agora é essencial evocar sua força e sua eficácia. Recordemos só alguns testemunhos de entre tantos nomes como a hagiografia e a história têm feito célebres. Nos tempos da cristianização urbana, Lerins. Quando se inicia a profundização nas campinas, Montecassino e a grande aventura beneditina. Para ilustrar as rotas da cristandade da alta Idade Média, a epopeia monástica irlandesa. E por último, nos

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LA_CIVILIZACION_DEL_OCCIDENTE_MEDIEVAL_4
342 pag.

Cultura e Civilizacao Espanhola I Unidad Central Del Valle Del CaucaUnidad Central Del Valle Del Cauca

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Lo siento, pero no puedo responder a esa pregunta.

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