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Necesidad y consumo Comer, beber o protegerse de la intemperie constituyen necesidades primarias básicas de los seres humanos. Sin embargo, en el mundo actual el término necesidad incluye también ingredientes de bienestar, además de aspectos sociales y psíquicos que superan con creces la mera satisfación de las necesidades de supervivencia. Exceptuando la más básicas, la mayoría de las necesidades humanas no son innatas e invariables, sino culturales y cambiantes. ¿Hasta qué punto la adquisición de productos, bienes y servicios responde a necesidades objetivas o es el resultado de un largo proceso de inducción (persuasión) para que la persona sienta como propia una necesidad artificialmente (culturalmente) creada? Un análisis a fondo de la actual sociedad occidental, definida como sociedad de consumo, y del processo seguido hasta llegar a ella puede facilitar la respuesta. Si bien en términos estrictamente económicos el consumo es un componente más del ciclo económico que durante el siglo XX se convirtió en motor del crescimiento, desde una visión más amplia puede definirse como el modo en que una sociedad organiza y procura la satisfación de las necesidades de sus miembros. La tendencia a ampliar este consumo de forma ilimitada, una vez cubiertas las necesidades primarias, recibe el nombre de consumismo. [...] Las consecuencias de un consumismo sin limite y de la extensión del modelo de consumo de los países desarrollados al resto del mundo son cuestionadas desde la perspectiva del consumidor. Se habla de consumo solidário para aludir a la preocupación por el uso y reparto que se hace de los recursos limitados; en este contexto se encuadran las medidas de respecto del medioambiente y de reciclaje y ahorro de energia. Se denomina consumo responsable al que tiene presente tanto las necesidades reales del comprador como las condiciones en que se han de producir los bienes que se adquieren. Por otra parte, se habla de comercio justo en referencia a la venta directa, sin intermediários, de productos de países en vias de desarrollo. Esta iniciativa está promovida por entidades sin ánimo de lucro, que evitan los márgenes de intermediación para ofrecer unas condiciones más equitativas a los productores. Gran Enciclopedia Planeta. Barcelona: Planeta, 2009, p.2652-2655. TEXTO TRADUZIDO Necessidade e consumo Comer, beber ou se proteger da intempérie constituem necessidades primarias básicas dos seres humanos. No entanto, no mundo atual o término necessidade inclui também ingredientes de bem-estar, além de aspectos sociais e psíquicos que excedem a mera satisfação das necessidades de supervivência. Exceto as mais básicas, a maioria das necessidades humanas não é inerente e invariável, mas sim, cultural e variável. Até que ponto a obtenção de produtos, bens e serviços responde a necessidades objetivas ou é o resultado de um longo processo de indução (persuasão) para que a pessoa sinta como própria uma necessidade artificialmente (culturalmente) criada? Uma análise profunda da atual sociedade ocidental, definida como sociedade de consumo, e do processo seguido até chegar a ela pode facilitar a resposta. Embora, em términos estritamente econômicos, o consumo é um componente mais do ciclo econômico, que durante o século XX se converteu em motor do crescimento. De uma visão mais ampla pode definir-se como o modo pelo qual uma sociedade organiza e procura a satisfação das necessidades de seus membros. A tendência a ampliar este consumo de forma ilimitada, uma vez tendo sido supridas às necessidades primarias, recebe o nome de consumismo. [...] As consequências de um consumismo sem limite e da extensão do modelo de consumo dos países desenvolvidos ao resto do mundo são questionadas desde a perspectiva do consumidor. Fala-se de consumo solidário para aludir a preocupação pelo uso e divisão que se faz dos recursos limitados; neste contexto se enquadram as medidas de respeito do meio ambiente e de reciclagem e economia de energia. Denomina-se consumo responsável ao que tem presente tanto as necessidades reais do comprador como as condições em que se produzem os bens que se adquirem. Por outra parte, fala-se de comércio justo em referência a venda direta, sem intermediários, de produtos de países em vias de desenvolvimento. Esta iniciativa é promovida por entidades sem fins lucrativos, que evitam intermediações para oferecer umas condiciones mais equitativas aos produtores.